UM DESTINO LIGADO AO NOME.
Gn. 35.16
Partiram de Betel, e, havendo ainda pequena distância para chegar a Efrata, deu à luz Raquel um filho, cujo nascimento lhe foi a ela penoso.
Vs.17
Em meio às dores do parto, disse-lhe a parteira: Não temas, pois ainda terás este filho. (Percepção da morte pela parteira)
Vs.18.
Ao sair-lhe a alma (porque morreu) deu-lhe o nome de Benoni; mas seu pai lhe chamou Benjamim.
Vs.19
Assim morreu Raquel, e foi sepultada no caminho de Efrata, que é Belém.
Este deveria ser um dos momentos mais sublimes na vida de Jacó, depois do nascimento de José, o primeiro filho biológico de sua amada Raquel.
Nada é mais reconfortante para um homem receber dos braços da mulher que tanto ama, o filho desejado por ambos.
Raquel, o grande amor da vida de Jacó, mulher que por amor ele trabalhou mais sete anos, novamente veio a dar à luz.
A história que começou bem entre ambos, não terminaria como imaginaram: Bem.
Depois de ter saído às escondidas da casa de Labão, Jacó foi perseguido e alcançado (Gn. 31.25) na montanha de Gileade.
Labão acreditava piamente que Jacó (Gn. 31.30) ou alguém da família de Jacó lhes havia roubado seus deuses do lar.
E na sua inocência, (Gn. 31.32) tomado de indignação Jacó lançou maldição sobre aquele que porventura tivesse roubado os deuses de Labão. Raquel os furtara. (Gn. 31.34,35).
E de volta para Canaã, partindo de Belém, perto de Efrata Raquel deu á luz a Benoni ou o “filho da minha dor”.
Era um momento bastante delicado, para todos; mesmo assim Jacó disse não a Raquel. Benoni não.
Não era do agrado de Jacó ter que chamar seu filho, de “filho da minha dor” ou “filho da dor”.
Benoni certamente ficaria marcado pelo resto de sua vida, pela morte da sua mãe. Ele era a resposta de uma oração. Gn30. 24.
Chama-lo de Benoni, certamente era o mesmo que profetizar derrota, infelicidade e amargura todos os dias de sua vida.
Benjamim “filho da minha mão direita” foi o nome dado por Jacó.
Jacó sabia a importância de ligar o nome á pessoa. A morte de Raquel durante o parto traria para a vida de Benoni situações desagradáveis e imagináveis.
Jacó sabia da importância de ter um novo nome, ele mesmo teve que lutar desesperadamente para mudar o seu.
Na sua luta para ser abençoado ele declarou: Não te deixarei se não me abençoares. (Gn. 32.24-31).
Gn. 32.28.
Já não te chamarás Jacó e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste.
Jacó (Yaaqob) aquele que agarra o calcanhar, o suplantador, o trapaceiro, o enganador; termo usado mais de 150 vezes para se referir à semente natural deste homem de Deus.
Jacó não pediu a mudança de nome e sim uma bênção e Deus entendeu que a bênção estava na mudança de nome.
De Jacó para Israel. De trapaceiro, ou enganador, ou agarrador de calcanhar para Campeão com Deus.
Então ninguém melhor do que Jacó sabia da importância de se mudar o nome de Benoni, para Benjamim.
Pois ele mesmo teve o seu nome mudado por Deus.
Jacó não estava rejeitando um nome e sim rejeitando um destino.
Sem a mudança do nome, Benoni certamente seria infeliz e visto (ainda que não fosse) como culpado da morte de Raquel.
Jacó acreditava em Deus e rejeitava passar a vida conhecido apenas como enganador ou trapaceiro; e obstinadamente buscou para si, em Deus, a mudança da história da sua vida.
E agora mesmo com os olhos cheios de lagrimas, mediante o desenlace que estava para acontecer da sua amada ele foi firme ao dizer: não. Pois seus olhos estavam abertos para o futuro.
Na visão futurística de Jacó não cabia um culpado; um filho sentindo-se eternamente culpado. Cabia sim: um filho forte, valente e conquistador um ajudador, um braço direito.
Pelos olhos da fé Benjamim era o filho da sua segurança na sua própria velhice, o varão valente e valoroso.
E já no leito da sua própria morte a visão espiritual de Jacó continuava aguçada e a benção impetrada sobre Benjamim dizia:
Benjamin é lobo que despedaça pela manhã, comerá a presa à tarde, repartirá o despojo. Gn 49.27.
Na guerra Benjamim seria um estrategista vitorioso; com um apurado espírito de liderança, e um senso de justiça viveria sua vida de vitória em vitórias.
Se o teu presente é delicado, quem sabe até, cercado de dores, e de incertezas e até desesperança diga não a qualquer sugestão de fracasso.
Tenha a visão futurística de Jacó e idealize para seus filhos um futuro de vitórias, idealize dias de grandes conquistas e bastantes felizes sob a proteção divina.
Têm pais que abrem a boca para amaldiçoar os próprios filhos; jogam pragas e desejam fracassos aos mesmos.
Faça como Jacó ponha abaixo toda e qualquer palavra ou idéia que venha a servir de fracassos e tropeços aos filhos que Deus te deu.
Diga não a toda e qualquer maldição hereditária que possa haver.
Confie em Deus e em nome de Jesus declare e veja um futuro glorioso e brilhante para o filho ou filha que vai te amparar na velhice.
O Deus de Jacó é o nosso Deus também e ainda hoje ele muda para melhor a historia de vida de nossos filhos como mudou a nossa.
Nos sete anos de fome que grassou o Egito, Benjamim foi o filho de Jacó usado por Deus para ir ao encontro de José.
Vendo José a Benjamin, ordenou: prepara um banquete para eles, pois estes homens comerão comigo ao meio-dia. Gn 43.16.
Deus que nos abençoe.
Guganic