O FOGO DO ALTAR ARDERÁ...
Lv.6.8-13
Vs.13
O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará.
No livro do Gênesis, lemos sobre um povo escolhido por Deus; no livro do Êxodo temos um povo libertado por Deus.
No livro de Levítico lemos como este povo devia adorar a Deus. No livro de Levítico, santidade ao Senhor é a palavra chave.
Levítico quer dizer: concernente aos levitas; livro que contém o sistema de leis administradas pelo sacerdócio levítico sob o qual vivia a nação hebraica.
Os levitas ou descendentes de Levi (Gn.29.34) terceiro filho de Jacó, eram separados para o serviço divino.
Deus os tomou para este mister em lugar dos primogênitos de todo o Israel.
Deus reclamou para Si os primogênitos dos homens e também os primogênitos dos rebanhos de toda a nação.
A principal obrigação dos levitas era cuidar e também remover o Tabernáculo; e, mais tarde cuidar do templo de Deus construído por Salomão.
De uma família de levitas (no caso de Arão) saiam os sacerdotes;
Nas demais famílias, os assistentes da obra de Deus.
Músicos, mestres, escribas, oficiais e juízes a serviço de Deus eram levitas de origem.
Havia diversos tipos de ofertas; ofertas queimadas (holocaustos) de novilhos, carneiros, cabras, pombos e pombas.
Totalmente queimadas, estas ofertas significavam completa dedicação pessoal a Deus.
Havia também as ofertas de manjares, de cereais, farinha crua ou cozida, sem fermento.
Sempre um punhado (uma porção) da oferta era queimado e o restante pertencia ao sacerdote oficiante.
Ofertas pacíficas de: gado vacum, do rebanho ou de cabras, a gordura era totalmente queimada e o restante da oferta pertencia ao sacerdote.
Havia diferentes ofertas por diferentes pecados e culpas.
Todos os levitas por ordem de Deus, eram sustentados pelos dízimos, e pelas ofertas de libações, ofertas movidas, ofertas alçadas e outras ofertas suplementares.
Muita gente que temos nas igrejas hoje não serviria a Deus nesta época como também não servem gora com suas ofertas.
O altar era de Deus, e a oferta ficava na lareira do altar de Deus.
Não cabia a nenhum levita ou pessoa não autorizada colocar fogo no altar de Deus; pois só Deus é quem coloca fogo no Seu próprio altar.
Cabiam sim, aos levitas sacerdotes e assistentes manter o fogo aceso e acrescentar mais lenha no altar todos os dias.
Todo holocausto era colocado no altar sobre a lareira de Deus pelos sacerdotes ou assistentes autorizados.
Geralmente a lenha era colocada pelos levitas assistentes e o fogo mantido pelo sacerdote.
Como não havia mandamento específico para acender o fogo sobre o holocausto, Deus mesmo era quem acendia o mesmo.
A nossa parte não é acender o fogo na vida de senhor ninguém.
Mas manter aceso o fogo que Deus colocou na vida deste alguém.
A nossa parte é colocar lenha no fogo, ou seja: jejum, palavra, louvor e oração.
O profeta Elias sabia que podia colocar água sobre o altar, arrumar a lenha, o próprio altar... Mas nunca colocar fogo nele.
Fogo no altar, só o do Senhor, caso contrário é fogo estranho e quem sai queimado (morto) é o ofertante. (I Rs.18.30-38).
Nadabe e Abiú (Lv.10.1,2) colocaram fogo no incensário que não era do altar de Deus (fogo profano) e saiu fogo da presença do Senhor e os matou. - Morreram perante o Senhor.
Por causa da rebelião dos filhos de Jizar: Core, (Nm.16.3) Datã e Abirão, o povo se rebelou contra Moisés e Arão.
Arão fez o que Moisés ordenou (Nm.16.46-48.) e tirando fogo do altar do Senhor correu para o meio da assembléia e se pôs em pé entre os mortos e os vivos e a praga cessou.
Há um agora de pés no meio da congregação: Jesus Cristo, para fazer cessar a praga do desânimo, da frieza, da fofoca, da contenda, da doença.
Foi com uma brasa viva (Is.6.6) tirada do altar de Deus que Isaías começando pelos lábios teve sua vida purificada.
Quem põe brasa do incensário no altar de Deus morre; quem põe brasa do altar de Deus no incensário tem os lábios e a vida purificada: e vive.
O sistema de sacrifícios empregados naquela época era de origem divina, foi instituído e posto por Deus no centro exato da vida nacional judaica.
Qualquer que fossem as aplicações e implicações imediatas que tinham para os judeus, o incessante sacrifício de animais, tudo era designação de Deus.
O lampejo incessante do fogo altar dia e noite, e noite e dia, sem dúvida nenhuma, foi designado por Deus para inflamar na consciência do homem o senso de sua profunda pecaminosidade.
O fogo do altar permanentemente aceso (Hb. 8.5) era uma figura multissecular do sacrifício vindouro de Cristo, para quem os sacrifícios apontavam, e em quem tiveram seu cumprimento.
Foi por isto que João Batista disse: aquele que vem após mime mais poderoso do que eu; (Mt.3.11) ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
Nesta hora o altar de Deus continua aceso, pois Jesus ainda batiza com o Espírito Santo e com fogo.
Pois o fogo arderá continuamente no altar; não se apagará.
Esta é a ordem divina.
Guganic