UM ALTAR EM REFIDIM
Ex.17.14
Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num livro, e relata-o aos ouvidos de Josué; que eu totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo dos céus.
Vs.15
E Moisés edificou um altar, ao qual chamou: O Senhor é a minha bandeira.
Por doze vezes (até aqui) encontramos os israelitas reclamando ou contra Deus ou contra Moisés.
Procedentes de Mara (Ex.15.25) a fonte das águas amargas que foram curadas, eles chegaram a Elim (Ex.15.27) um oásis com águas de boa qualidade.
Interessante que Moisés chegou ás águas de Mara, seguindo, ou melhor, indo através do caminho indicado pelo Senhor.
Irmãos, experiências difíceis para o povo de Deus não têm a intenção de punir e sim de educar este povo.
Ao curar as águas de Mara, Deus firmou também com eles uma aliança de cura (Ex.15.26) sob quatro condições bem simples e específicas:
Ouvir atento a voz de Deus; Reconhece-lo como Deus; viver livre de toda e qualquer idolatria; e levar uma vida reta aos olhos de Deus.
Em Elim, as águas eram boas e fartas; setenta palmeiras e doze fontes que jorravam saúde e benefícios para todos. (Ex.15.27).
Uma fonte para cada tribo.
Nestas condições, não encontramos reclamações por parte dos israelitas; mas também não encontramos pessoas agradecidas.
Corações agradecidos é uma raridade em nossos dias também.
Neste clima de bonança eles partiram de Elim com a posse da aliança de cura e chegaram ao deserto de Sim. (Ex.16.1,2).
E neste deserto murmuraram contra Moisés e Arão, não pela água que deixaram para trás, mas pelo pão que perece.
Deus resolveu o problema do pão com a provisão do maná e das codornizes e do deserto de Sim, chegaram a Refidim.
Em Refidim, novamente o problema era a falta de água. Está escrito: Não havia água ali para o povo beber. (Ex.17.1).
Será que Deus não tinha um roteiro melhor para o seu povo?
Uma hora a água era amarga, outra hora a água era boa, mas não tinha pão. Outra hora tinha pão, mas faltava água.
O povo chegou a Refidim possuídos de grande esperança e boas expectativas, pois o significado do nome infundia esperança: Refrigério.
Refidim quer dizer: lugar de refrigério, lugar de descanso, lugar de restaurar as energias perdidas.
Mas a falta de água no lugar que deveria ter água virou lugar de contendas e desavenças e murmurações: Massa e Meribá.
Quem consegue descansar num lugar assim, onde a desavença, o disse medisse, e o leva e trás é uma regra de vida.
Coitado de Moisés e Arão; (Ex.17.2) coitada da igreja que tem um ambiente assim. Coitado de quem mora numa casa que tem um ambiente assim. (Ex.17.7)
O povo esqueceu da aliança da cura: Reconhece-lo como Deus.
Deus quando os enviou até Refidim sabia o milagre que ia realizar á vista de todos, para que o lugar fosse justificado pelo nome que tinha: Lugar de refrigério.
Mas a murmuração de cada um deles tirou deles o direito de ver o milagre acontecer.
Ex.17.5
Então disse o Senhor a Moisés: Passa diante do povo, e toma contigo alguns dos anciãos de Israel; e toma na tua mão a tua vara, com que feriste o rio, e vai.
Vs.6
Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirás a rocha, e dela sairão águas e o povo beberá. E Moisés assim o fez, diante dos olhos dos anciãos de Israel.
Murmurador não tem direito a ver as operações e os milagres de Deus em suas vidas.
Moisés sempre andava com a vara de Deus nas mãos; mas a última vez que ele a usou, o Mar Vermelho se abriu.
Agora o lugar fazia jus ao nome: Refidim: lugar de refrigério. E não mais Meribá: lugar de contendas.
Foi neste novo clima de uma vida de paz e descanso e refrigério das agruras do deserto que surgiu para afrontá-los um inimigo feroz: Amaleque.
E mais uma vez Moisés, (Ex.17.9) recorreu ao próprio Deus quando tomou a vara do mesmo em suas mãos.
Homens escolhidos entraram nesta peleja; Arão e Ur sustentaram as mãos de Moisés (Ex.17.12) que sentado sobre uma pedra as estendia para os céus.
Josué e os escolhidos para a peleja enfrentavam o inimigo no campo de batalha literal, sabendo que havia uma outra batalha que era de caráter espiritual.
E nesta batalha o Deus de Abraão Isaque e Jacó faria o que fez: vencer os amalequitas pela espada de Josué e a vara de Deus.
Só depois destes acontecimentos é que Moisés erigiu um altar em Horebe, o Monte de Deus.
O Senhor mesmo fez uma declaração de guerra contra Amaleque e uma promessa de riscar totalmente de debaixo dos céus (Ex.17.14) a memória do mesmo.
Isso se cumpriu cabalmente. Não há nenhum povo na terra hoje que se chama amalequitas.
Contra Amaleque Israel nunca mais pelejará. Pois a palavra de Deus é fiel.
Ainda hoje o Senhor quer ser a nossa Bandeira, Jehovah-Nissi.
Sempre que o Senhor te fizer vencedor corra até o altar da comunhão e agradeça pela paz e o refrigério de alma que sua palavra te proporciona.
Porque o Senhor e a nossa Bandeira.
Não é o lugar que santifica ao Senhor; é o Senhor que santifica o lugar e nos promove a paz e segurança que necessitamos.
Nunca se esqueça de ter em seu lar o altar do agradecimento.
Guganic