MOVIDOS PELA GRAÇA
At.4.32-35
Vs.33
“E em todos eles havia abundante graça”.
Graça é a motivação certa para quem quer ser uma bênção nas mãos de Deus; para quem quer servir bem a Deus, servir bem à sua obra, servir bem aos irmãos, servir bem ao próximo e a família.
A graça é justamente o exercício da benevolência e da misericórdia para quem não merece nenhum beneficio ou nenhuma misericórdia.
Por outro lado, a Bíblia diz (Pv.4.12) que o ódio, excita a contenda.
Ou seja: o ódio é o oposto da graça e também do amor; é um sentimento destrutivo; que busca ocasião para semear discórdia provocar inimizade, suscitar contendas e se deleitar nas disputas e desavenças.
Enquanto a graça e o amor nos levam à união e ao congraçamento, o ódio nos faz andar o caminho inverso: nos leva ou provoca à dissensão.
Assim como o amor é apaziguador, e afasta toda ocasião propicia para atritos e porfias ou contendas, assim é a graça: apaziguadora, perdoadora.
Não é por acaso que a Bíblia diz (I Pd 4.8.) que o ardente amor, o intenso amor encobre multidão de pecados.
Está escrito que Esaú (Gn. 27.41) odiou Jacó por causa da bênção com que seu pai o tinha abençoado; e disse no seu coração: chegar-se-ão os dias de luto do meu pai; e matarei a Jacó meu irmão. – Ou desgraça -
Segundo a declaração dos apostolo Paulo (Ef. 4.8.) a graça foi dada a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo.
Que proporção de amor e graça há entre os novos conversos da Igreja primitiva e a atitude de Esaú para com seu próprio irmão, Jacó?
Se você é uma pessoa inteligente já percebeu que a graça a que me refiro nesta mensagem, é a capacidade de prestar um serviço ou a Deus, ou ao próximo, ou à Igreja ou a alguém se necessário for.
Ora, se a graça foi dada a “cada um” fica explícita que cada membro da Igreja ou do corpo de Cristo tem um serviço uma função, a realizar para o bem deste corpo.
Porém no meu ponto de vista o que me é interessante na graça, é que ela, dependendo do texto ou do contexto em que estar inserida ela é: salvadora, reconciliadora, apaziguadora, conciliadora, realizadora...
É por isto que a graça é também, chamada de “multiforme”; numa linguagem formal, bem simplória: a multiforme graça de Deus é “pau para toda obra”; entendeu?
Quando a graça é “um serviço” que deve ser prestado, o conselho bíblico diz: para a prestação de um bom serviço ou do exercício da graça o correto é servir bem para que Deus seja glorificado. (I Pd.4.8.-11).
Servir e servir bem são o que leva alguém a glorificar a Deus quando servimos como se o próprio Cristo tivesse a os servir.
Mais tem gente e crentes que têm sérias dificuldades em servir a Deus, à Igreja de Deus, servir ao próximo, até à própria família a que pertence.
Antes da festa da Páscoa, (Jo.13.1-15) sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.
Entre os amados estava Judas, Pedro Tiago João, e os demais; o serviço que deveria ser feito pelo menor servo da casa que era “lavar os pés dos demais”, foi feito por Jesus. (5)
Depois de lavar os pés de todos inclusive os pés de Judas ele disse: vós já estais limpos, mais não todos e vestindo-se novamente perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz?
Porque eu vos dei o exemplo, (15) para que, como eu vos fiz, façais vós também. - Ele sabia que não veio para ser servido (Mc.10.45) e sim para servir.
A pessoa que não serve para servir não serve para nada; eis a razão do fracasso de muitas pessoas, muitas famílias e muitos casamentos.
“Era um o coração e a alma da multidão dos que criam” – Não havia espaço para o egoísmo e a desunião sucumbiu diante do amor.
Sendo um “o coração e a alma da multidão dos que criam” Ananias e Safira movida pela motivação errada, resolveram contribuir não movidos pelo amor à obra, e retiveram parte do preço da herdade vendida.
A oferta de Ananias foi uma oferta desastrosa; o pecado da avareza resultou em hipocrisia e mentira: queria ser bem visto por ter sacrificado tudo, quando na realidade não sacrificou nada.
Está escrito: Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja seguindo a proporção da fé; (Rm. 12.6-8.) o que contribui, faça com liberalidade (e não por medo ou por obrigação).
Ninguém é obrigado a ofertar, contribuir, se for por medo, obrigação ou imposição e sim por graça, por que ama a obra de Deus e não porque quer aparecer como fez Ananias e Safira.
Ananias e Safira movida pela motivação errada ofenderam a Igreja de Cristo com sua oferta desastrosa; ofensa contra a Igreja na qual o Espírito Santo de Deus habita nela é pecado contra Deus.
Graça é a fonte da generosidade cristã; quando as Igrejas da Macedônia contribui para os santos (irmãos) pobres de Jerusalém, o fizeram a cima do seu poder (II Co 8.1-9), porém movidos pela graça de dar.
Graça neste caso é o exercício da caridade cristã a motivação certa para o bom desempenho da obra de Deus num clima de paz e harmonia entre irmãos.
Na comunidade cristã de Jerusalém (AT.4.34,35) nenhum necessitado havia entre eles, porque os resultados da caridade, da generosidade e da graça de dá eram distribuídos à medida que alguém tinha necessidade.
Que neste Natal que não seja o espírito natalino mais sim o Espírito de Cristo, a graça de Deus revelada, que nos mova e nos leve a compartilhar a graça do Pão Vivo e do pão de cada dia com os menos favorecidos.
Guganic