FALARÃO NOVAS LÍNGUAS (Pte.1)
Mc. 16.17E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas;
Tendo ressuscitado no primeiro dia da semana quem primeiro o viu foi Maria Madalena que logo relatou o fato aos que tinha estado com ele e agora estavam tristes e chorando. (Mc. 16.10).
Mas eles não creram no relato de Maria Madalena.
Depois se manifestou de outra forma a dois deles (Mc. 16.12,13) que iam de caminho para o campo. E indo estes anunciou aos outros, mas nem ainda estes creram.
E finalmente apareceu aos onze, estando eles à mesa e lançou-lhes em rosto a incredulidade e dureza de coração por não terem crido nos que o tinham visto já ressuscitado. (Mc. 16.14).
Incredulidade e dureza de coração, nisto reside o fracasso de muitos. Porque quem não crer já está (sempre será) condenado.
Quem não crer que Jesus ressuscitou mesmo que seja batizado não será salvo, não expulsará demônios no nome dele e está condenado a nunca falar novas línguas.
Porque falar novas línguas é também um sinal que aquele que fala crer que Jesus ressuscitou mesmo que nunca o tenha visto depois da Sua ressurreição de entre os mortos.
Porém muitas pessoas confessam crer que Jesus ressuscitou, mas não falam novas línguas, também conhecidas como línguas estranhas.
Se Jesus declarou aos onze que no nome dele os que creem na Sua ressurreição falarão? Isto fica objetivado que os que falam em novas línguas creem que ele ressuscitou.
Crer é a chave para o falar novas línguas ou línguas estranhas.
Muitos são ensinados que o falar em línguas é coisa do dia de Pentecostes ou até dos dias dos apóstolos e que nos dias atuais não se faz necessário falar.
Em algumas denominações é até proibido ser batizado com o Espírito Santo ou se falar em línguas estranhas ou novas línguas.
Mas Jesus disse que estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas.
É evidente que para o salvo em Cristo falar novas línguas tem que ser batizado com o Espírito Santo e não somente tê-lo como Penhor.
Cumprindo-se o dia de Pentecostes todos que estavam reunidos no mesmo lugar foram cheios do Espírito Santo (At.2.4) e começaram a falar noutras línguas.
E tudo conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
Este “começaram a falar noutras línguas” é justamente o “falarão novas línguas” que Jesus havia declarado antes aos apóstolos.
Então “novas línguas” ou “falar noutras línguas” é o mesmo que o falar em “línguas estranhas”.
Biblicamente há três tipos ou classes de “línguas estranhas” ou “novas línguas”.
As línguas estranhas faladas no dia de Pentecostes eram estranhas, porém aqui da terra mesmo, a “língua dos homens”.
“Não são galileus todos esses homens que estão falando?”.
“Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?”. At.2.7,8.
O egípcio ouviu uma mensagem na sua própria língua pátria e neste caso para ele não era estranho ouvir a sua própria língua.
O que era estranho era alguém sem conhecimento secular falar uma língua que desconhecia para alguém que a conhecia.
Foi assim com as nações da terra ali representadas.
Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus. (At.2.11).
Galileus falando em outras línguas das grandezas de Deus para egípcios, cretenses, árabes, líbios e cireneus e outros na sua própria língua mãe.
Estas línguas estranhas ainda hoje são faladas por pessoas às vezes indoutas, iletradas que falam das grandezas de Deus conforme o Espírito Santo lhes concede.
E alguns “doutores” da arrogância ou da soberba teimam em não aceitar ou crer que o Espírito Santo conceda isto a alguém: falar numa língua que ele desconhece completamente.
As línguas ou novas línguas são estranhas para quem não as conhece, tanto para o que fala como para quem ouve. Quando o que fala ou o que ouve a conhece logo, deixa de ser estranha.
A segunda classe de “novas línguas” ou “línguas estranhas” é a “língua dos anjos”.
I Co. 13.1
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
A língua dos anjos é estranha e não é daqui da terra; ela é de uso corriqueiro no mundo espiritual, tanto pelos santos anjos (os bons) como pelos anjos caídos, (os maus).
Quando alguém fala a língua dos anjos o mundo dos espíritos sabe do que se trata e o homem comum só terá conhecimento disto se houver interpretação concedida pelo Espírito de Deus.
Nenhum poliglota por mais intelectual que seja é capaz de interpretar ou definir o que é a “língua dos anjos” se por Deus a ele (o poliglota secular) não lhe for revelado.
A “língua dos anjos” não faz parte de nenhum contexto da “língua dos homens”, mas ambas são estranhas.
Daí os céticos, os incrédulos e os incautos e não pentecostais tratarem deste fenômeno espiritual com certo desdém, achincalho e pejorativamente às vezes intitulando de: reteté.
A “língua dos anjos” só é entendida por Deus Pai, Filho, e Espírito Santo e todos os anjos caídos ou não.
É evidente que os anjos de Deus se alegram sentem-se felizes quando o homem mortal pelas misericórdias de Deus, fala com Deus usando a linguagem deles.
O terceiro tipo de “novas línguas” ou “línguas estranhas” é o falar “mistérios com Deus”.
I Co. 14.2
Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios.
O que fala em “língua desconhecida” não é “língua dos homens” nem “língua dos anjos” e sim: “Mistérios”, a língua exclusiva de Deus. Esta, nenhum ser espiritual além da Trindade conhece.
Como está escrito: quem em espírito fala “mistérios” o faz diretamente a Deus e nem anjo nem homens ou algum outro ser é capaz de entender, pois este é um canal exclusivo do homem para Deus.
O que fala em língua desconhecida (I Co. 14.4) edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja.
Quando estamos precisando nos edificar em Cristo, quando somos atingidos pela angustia, quando as palavras nos faltam, quando parece não haver saída este é o recuso divino: falar mistérios.
O recurso divino te concede falar em “mistério com Ele” sem que haja a menor possibilidade de alguém ou outro ser ter conhecimento do que está sendo tratado.
Na segunda parte deste tema trataremos da interpretação das línguas estranhas.
Guganic