A CONTRADIÇÃO E O CAMINHO DE CORÉ
Uma palavra pastoral
Nm. 16.1
Coré, filho de Jizar, filho de coate, filho de Levi, tomou consigo a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe, e a Om, filho de Pelete, filhos de Rúben.
Vs.2
Levantaram-se perante Moisés com duzentos e cinqüenta homens dos filhos de Israel, príncipes da congregação, eleitos por ela, varões de renome,
Vs.3
E se juntaram contra Moisés e contra Arão, e lhes disseram: Basta! Pois que toda congregação é santa, cada um deles é santo, e o Senhor está no meio deles: por que, pois, vos exaltais sobre a congregação do Senhor.
O apóstolo Judas, na sua Epistola Universal nos diz que os ímpios dizem mal do que não sabem (Jd.10,11) e naquilo que naturalmente conhecem como animais irracionais se corrompe.
Como exemplo disto, veio á mente do nosso irmão Judas, a pessoa de Caim, Coré e Balaão.
Diz ele concernente aos ímpios e falsos mestres de sua época: ai deles! Porque entraram pelo caminho de Caim e pereceram na contradição de Coré.
Coré e seus seguidores estavam a acusar Moisés e Arão de abuso de autoridade, ou abuso de poder.
Figuras como Coré andam infestando as igrejas e ministérios nos dias em que estamos vivendo.
Muitos caem na contradição de se acharem chamados por Deus para uma obra e a todo custo querem ser notados, lisonjeados e bajulados por isto; e se assim não for? Rebela-se contra a liderança da igreja.
Coré, Datã e Abirão e seus seguidores ignoraram o fato de que Moisés e Arão eram líderes escolhidos por Deus.
Disse o Senhor a Moisés: Vem agora e eu te enviarei a Faraó.
Vai, pois agora e eu serei coma tua boca; (Ex.3.10-15) Não é Arão, o levita teu irmão? Vendo-te se alegrará em seu coração. Eu serei coma tua boca e com a dele.
O caminho de Coré é o caminho da rejeição à autoridade espiritual devidamente constituída por Deus.
Coré é o protótipo do obreiro ou do crente que tem tudo para dar certo na obra de Deus. – Mas não dá!
É o tipo do obreiro ou do crente que atropela o tempo de Deus em sua vida.
Coré é o tipo do crente pretensioso, pensa ser mais que o pastor só porque ás vezes tem um dom ou um “diploma qualquer”.
Os que não falta nas igrejas e ministérios hoje são imitadores ou seguidores de Coré e Balaão.
Quando cooperadores querem ser diáconos; e, quando diáconos querem ser presbíteros; quando presbíteros querem ser pastores.
E quando pastores, não servem para nada! Não consolam, não ensinam não pastoreiam. Só querem mesmo é ficar ricos.
Estes elementos caíram em contradição quando começaram a desejar o episcopado, (I Tm. 3.1) pensando ser fonte de lucros.
Eles não sabem que um pastor é um homem procurado por Deus, é um homem a serviço de Deus.
Pastor é um ministro de Deus, uma dádiva de Cristo (Ef. 4.11) para a Sua Igreja.
Não importa o grau de instrução de um pastor, pois só o Espírito Santo é que forma pastores e mestres para sua obra.
Muita gente porque fez uma faculdade ou curso de teologia é classificado de: pastor!
E muitas vezes estar pastor, mas não é um pastor formado pelo Espírito Santo de Deus.
Esta tem sido a contradição de muita gente mundo a fora e em muitas igrejas
A chamada e o exercício da chamada dependem de Deus, mas os imitadores e seguidores de Coré, não entendem assim.
Há pessoas chamadas diretamente por Deus, ou pelo Espírito Santo; há pessoas que são chamadas pelo homem.
Há outros que são chamados pela necessidade da obra de Deus, pois os trabalhadores são poucos (Mt. 9.37,38.) a seara é grande.
Outros são chamados pelas circunstâncias.
Uma coisa é certa: qualquer chamada que não seja diretamente de Deus ou do Seu Espírito Santo? É paralela; não é original. É bronze não é ouro.
Está escrito que Sisaque rei do Egito subiu contra Jerusalém e tomou os tesouros da casa do Senhor (II Cr. 12.9-11) e da casa do rei. Tomaram tudo inclusive os escudos de ouro.
Em lugar destes o rei Roboão mandou fazer escudos de bronze e entregou nas mãos dos capitães da guarda que guardavam a porta do rei.
Todas as vezes que o rei entrava na casa do Senhor, os da guarda vinham e usava os escudos de bronze e depois tornavam a levá-los para a câmara da guarda. Sabe para quê?
Para poli-los! Pois o brilho do bronze só durava três dias e o povo só podia vê-los de longe, pois de perto eles iam perceber que estavam sendo enganados.
Não eram os escudos originais, feitos de ouro por Salomão.
Todo e qualquer pastor que não foi chamado diretamente por Deus ou pelo Seu Espírito Santo independente do seu grau de instrução?
É bronze e só brilha na mídia, diante dos holofotes e bem de longe e assim o povo é enganado.
Insurgir-se contra o pastor da igreja e seu ministério, é rebeldia.
Tem gente que diz assim: eu sigo a Cristo, só obedeço a Bíblia. Não obedeço a homens. Graças a Deus por isto. Mas...
Na cabeça destes elementos (cabeça de Coré) o pastor é apenas uma peça figurativa na Igreja; enquanto isto a Bíblia afirma:
Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil. (Hb.13.17).
Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, (I Sm.15.23) e o porfiar é como iniqüidade e idolatria.
Disse Moisés a Coré: amanhã pela manhã (Nm.16.5) o Senhor fará saber quem é dele e quem é o santo que ele fará chegar a si.
Quando Moisés terminou de falar (Nm. 16.31,32) na hora que Deus agiu, a terra se fendeu debaixo dos pés de Coré e os tragou com todos os seus bens.
Que Deus tenha misericórdia de ti e a mim não desampare.
Que Deus tenha misericórdia de nós.
Guganic