Lc. 22.14
Chegada à hora, pôs-se Jesus à mesa, e com ele os apóstolos.
Vs.15
E lhes disse: Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês, antes do meu sofrimento.
Vs.16
Pois eu lhes digo: Não comerei dela novamente até que se cumpra no Reino de Deus.
Numa quarta-feira, no primeiro dia da Páscoa daquele ano (Mt. 26.17), Jesus se diz ansioso por comer aquela que seria a Sua última Páscoa com os discípulos.
Jesus naquela noite solene, ao participar daquela Páscoa com seus apóstolos, repreende a discussão que surgiu entre eles.
Depois lava os pés de cada um deles... Depois identifica Judas como o traidor... Judas se afasta e Jesus institui a Ceia do Senhor.
Depois fala aos discípulos no cenáculo, canta um hino, (Mt. 26.30) e sai... Fala a caminho do Getsêmani e lá no Getsêmani intercede junto ao Pai pelos seus.
É no jardim do Getsêmani que ele agoniza, lá ele é traído e preso.
Mas é também no Getsêmani que ele é reconfortado pelas palavras do Anjo do Senhor, o Anjo da Sua Presença, por Moisés e Elias que em glória (não reencarnado) estiveram conversando com ele.
Segundo a Bíblia (Ex.12.1-6) O Senhor disse a Moisés e a Arão no Egito: Este (o mês de abibe) deverá ser o primeiro mês do ano para vocês.
Digam a toda comunidade de Israel que no décimo dia deste mês todo homem deverá separar um cordeiro ou um cabrito, para a sua família; um para cada casa.
Se a família for pequena demais para um animal inteiro, deve dividi-lo com seu vizinho mais próximo, conforme o que cada um puder comer.
O animal escolhido será macho de um ano, sem defeito, e pode ser cordeiro ou cabrito.
Guardem-no até o décimo quarto dia do mês, quando toda a comunidade de Israel irá sacrificá-lo, ao pôr-do-sol.
Segundo a Bíblia o cordeiro escolhido para o sacrifício ficava em observação por quatro dias, até à hora do sacrifício.
Da mesma maneira a vida pública de Jesus, o Cordeiro de Deus, sob escrutínio hostil, foi o teste da Sua santidade. O cordeiro assim testado deveria ser morto!
Da madrugada de quarta para quinta-feira, houve o julgamento judeu de Jesus, composto de três estágios.
O interrogatório preliminar por Anás, o julgamento informal diante de Caifás e o Sinédrio e o julgamento formal pelo mesmo Sinédrio.
Na manhã de quinta feria o julgamento gentio, composto também de três estágios: Interrogado por Pilatos à primeira vez; Por Pilatos Jesus é enviado a Herodes e Herodes o envia de volta à Pilatos, que aí solta a Barrabás em seu lugar.
Eram nove horas da manhã (Mc. 15.25) a terceira hora do dia quando o crucificaram.
À hora sexta a hora do homem as trevas cobriu a terra; e á hora nona Jesus expirou.
A frase que mexeu com o mundo dos vivos e dos mortos, que mexeu com a natureza e os soldados, também mexeu com os espíritos e mexe com nossas vidas até hoje ecoou no espaço sideral rasgando o véu de alto a baixo: Está consumado!
Hei! Dê gloria Deus porque está consumado mesmo! Jesus é BOM!
O “está consumado” mexeu tanto com o centurião que ele mudou de lado e deu glórias a Deus, (Lc. 23.47).
Se esta mensagem está mexendo contigo faça como o centurião dê glórias a Deus também. Deus seja louvado!
Durante três longas horas o mundo ficou sem a verdadeira Luz do mundo (vs.44) Jesus Cristo de Nazaré.
Enquanto isto (Mt. 27.52) os sepulcros se abriram e os corpos de muitos santos ressuscitaram.(Não reencarnaram).
Esta cena se repetirá no arrebatamento da Igreja porque só o Senhor é Deus e Jesus Cristo é o Senhor.
Por causa da Páscoa a tradição dizia que os réus ainda vivos deveriam ser retirados da cruz e terem suas pernas quebradas.
No caso de Jesus isto não foi preciso, porque um soldado para ter certeza que ele estava morto o transpassou com sua lança entre o quinto espaço das costelas de Jesus de onde imediatamente verteu sangue e água. (Jo. 19.34).
Antes do pôr-do-sol da sexta-feira Jesus foi tirado (morto) da cruz.
José da cidade de Arimatéia e Nicodemos, discípulos ocultos de Jesus, (ocultos na hora da popularidade de Jesus), agora, na hora da sua humilhação, apareceu ousadamente para partilhar com Jesus a vergonha da cruz.
José tomou o corpo de Jesus (Mt. 27.59,60) envolveu num lençol limpo de linho e o colocou num sepulcro novo, que ele havia mandado cavar na rocha.
No primeiro dia da semana, bem cedo, estando ainda escuro, Maria Madalena chegou ao sepulcro e viu que a pedra da entrada do sepulcro tinha sido revolvida.
Maria então correu ao encontro de Simão Pedro e do outro discípulo a quem Jesus amava, e disse: Tiraram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde o colocaram!
Pedro e João correram para o sepulcro; João chegou primeiro, mas não entrou nele. Por quê?
Está escrito: abaixando-se ele viu o lençol de linho; todavia não entrou.
Segundo alei de Moisés quem tocasse em alguém que estivesse morto, ou num osso humano, ou num túmulo ficaria impuro durante sete dias. (Nm. 19.16).
Para João entrar no túmulo significaria estar impuro, imundo para continuar os festejos da Páscoa.
Os lençóis medindo 4,36 X 1,10m estavam provavelmente sujos de sangue, apesar de no processo de embalsamento, os judeus terem usado mirra e aloés.
A mirra, contendo bromato de prata, servia para secar as feridas de Jesus; e o aloés agia como um poderoso detergente.
Pela lei de Moisés todo cadáver deveria ser enrolado em panos de linho; quanto mais ricos mais lençóis eram usados.
A não ser os condenados á morte, que só tinham direito a usar um lençol.
Como cumpridor da lei João não podia entrar num túmulo, e principalmente num sábado.
Pedro entrou não estava mais sobre a lei.
Jo. 20.6
Então Simão Pedro, seguindo-o, chegou e entrou no sepulcro. Ele também viu os lençóis.
Vs.7
E viu o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte.
Conta-se que Abigar V, rei de Edessa, cidade da Turquia, era leproso, e ouviu falar de Jesus, por isso enviou um emissário a Jerusalém, chamado Adair, para falar com Jesus, e quem sabe leva-lo a Edessa.
Este emissário (Adair) chegou a Jerusalém após a morte de Jesus, e os discípulos pressionados pelas autoridades judaicas, deram o lençol que Jesus foi enrolado, como presente ao rei Abigar.
Diz a História que Adair, ao chegar a Edessa, diante do rei Abigar, abriu o lençol que ainda tinha as marcas das feridas do corpo de Cristo, e uma potente luz raiou do lençol sobre o corpo de Abigar, que foi curado da lepra naquela mesma hora.
A Páscoa é um tipo de Cristo, nosso Redentor.
Guardar a festa era (e pode ser) um dever e privilegio, mas não é uma condição de segurança para a salvação.
O crente em Cristo Jesus é salvo é pelo Cordeiro que foi morto, desde antes da fundação do mundo. (Ap.3.8.). E pela apropriação diária da Poderosa Palavra de Deus.
A Palavra viva, Cristo; e a Palavra Viva, as Escrituras Sagrada.
Que Deus nos abençoe.
Guganic