Henrique
RELIGIAO : Cristão, denominação: Batista Mensagens : 5738 nascido em : 27/01/1961 inscrito em : 09/09/2011 Idade : 63 Localização : São Paulo, capital
| Assunto: Por que a multidão escolheu a Barrabás? Dom 10 Nov 2019, 11:53 | |
| .
Por que a multidão escolheu a Barrabás? Graça e paz, preciosos de Cristo! Outro dia estava no culto de jovens da IBJB Sinop (http://www.ibjb.com.br/) e fiz algumas anotações acerca da pregação daquela noite. Lucas Couto abordou de forma contundente o texto de Marcos 15:1-15, transcrito nas linhas abaixo:
“E, logo ao amanhecer, os principais dos sacerdotes, com os anciãos, e os escribas, e todo o Sinédrio, tiveram conselho; e, ligando Jesus, o levaram e entregaram a Pilatos. E Pilatos lhe perguntou: Tu és o Rei dos Judeus? E ele, respondendo, disse-lhe: Tu o dizes. E os principais dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas; porém ele nada respondia. E Pilatos o interrogou outra vez, dizendo: Nada respondes? Vê quantas coisas testificam contra ti. Mas Jesus nada mais respondeu, de maneira que Pilatos se maravilhava. Ora, no dia da festa costumava soltar-lhes um preso qualquer que eles pedissem. E havia um chamado Barrabás, que, preso com outros amotinadores, tinha num motim cometido uma morte. E a multidão, dando gritos, começou a pedir que fizesse como sempre lhes tinha feito. E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que vos solte o Rei dos Judeus? Porque ele bem sabia que por inveja os principais dos sacerdotes o tinham entregado. Mas os principais dos sacerdotes incitaram a multidão para que fosse solto antes Barrabás. E Pilatos, respondendo, lhes disse outra vez: Que quereis, pois, que faça daquele a quem chamais Rei dos Judeus? E eles tornaram a clamar: Crucifica-o. Mas Pilatos lhes disse: Mas que mal fez? E eles cada vez clamavam mais: Crucifica-o. Então Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhe Barrabás e, açoitado Jesus, o entregou para ser crucificado”.
Lendo esse episódio uma indagação nos salta aos olhos: por que a multidão escolheu a Barrabás? Essa mesma multidão havia presenciado Jesus fazer milagres e agora desejava a crucificação do mestre, o que poderia ter mudado? Há que se considerar que a multidão foi influenciada pelos sacerdotes: “Porque ele bem sabia que por inveja os principais dos sacerdotes o tinham entregado. Mas os principais dos sacerdotes incitaram a multidão para que fosse solto antes Barrabás”. (Marcos 15:10-11)
Além de ser influenciada, a multidão não queria mudar sua condição, não queria ser afrontada. Jesus confrontava os mestres da época. Cristo não deixava as coisas como estavam. Se estivesse errado, Ele confrontava quem quer que fosse, fazendo com que refletissem sobre sua forma de agir e falar. É o que pode-se verificar nos versículos a seguir:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos”. (Mateus 23:27-29)
Outro ponto relevante é o de que Barrabás não incomodava ninguém. Barrabás não confrontava as outras pessoas. Barrabás não perguntou de onde vinha o dinheiro de cada um. Barrabás não pediu para que a multidão tomasse a sua cruz e o seguisse. Barrabás não pediu para o povo amar o próximo. Cristo, porém, a todo instante inquiria algo da multidão, fazendo com que cada um olhasse para dentro de si procurando o melhor. Mudar a si mesmo e as suas atitudes não era algo simples de fazer. Mais fácil era permanecer tal qual como estavam.
“Jesus, porém, foi para o Monte das Oliveiras. E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava. E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério. E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando. E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto, redarguidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio. E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais”. (João 8:1-11)
Faz-se mister ainda o fato de a multidão não ter reconhecido Jesus como o Messias. O povo não viu em Cristo o líder político que aguardava. Não distinguiam nEle a capacidade que ansiavam em um grande guia. Jesus havia nascido em uma estrebaria e não tinha aparência ou porte que chamasse à atenção. Seu pai era carpinteiro. No seu árduo ministério, pessoas ajudaram a sustentá-lo e Ele se apresentou à multidão em um jumento. Cristo também não trouxe a guerra que muitos esperavam, mas sim o amor.
“Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado sobre um jumento”. (Zacarias 9:9)
“O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei”. (João 15:12)
REFLEXÃO: Será que não estamos nos comportando como a multidão e escolhendo a Barrabás?Será que não estamos negando ao Salvador com a forma como falamos? Será que não estamos aos pés da cruz, empunhando o martelo que rasgará O Cordeiro com mais um cravo, devido às nossas atitudes?
ORAÇÃO: Que não sejamos a multidão que escolhe a Barrabás e nega a Cristo com nossos pensamentos e atitudes. Que possamos estar tão cientes do amor de Deus, que nossas atitudes reflitam a luz de Jesus.
A paz!
Jovane Felipetto | |
|