O MAL DO INDIVIDUALISMO E A ORAÇÃO SACERDOTAL
Jo. 17.20
E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim;
Vs.21
Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
Na qualidade de nosso sumo sacerdote, ao nosso favor, Jesus ora ao Pai: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és mim”.
Na oração sacerdotal identificamos, (pois nos é manifesto isto) o profundo e mui íntimo relacionamento entre o Filho e o Pai.
O teor e a profundidade da oração sacerdotal feita por nosso Senhor excede o que é possível a qualquer oração humana.
Nesta gloriosa oração Jesus não orou somente pelos seus discípulos, mais está orando por todos os milhões e milhões que através dos séculos, viriam crer e hão de crer nele.
“Para que eles sejam apenas um”, é uma oração específica por nós; é uma oração pelos crentes de hoje e é por sua unidade “no” Pai e “no” Filho.
Orar pela unidade entre os cristãos e o próprio Cristo, entre os cristãos e o próprio Deus, entre os cristãos e cristãos, tendo a unidade e o amor e o caráter que Cristo tinha com o Pai, parece uma oração fora da realidade da maioria das pessoas de hoje.
Orar pela unidade entre os crentes e ele mesmo; entre os crentes e outros crentes e o Pai, tendo o mesmo caráter e a mesma unidade do Filho com o Pai tem sido inatingível para nós que professamos tê-los como nosso Senhor e Salvador.
A prova da nossa desunião começa pelas distinções entre vários tipos de cristãos; cristãos católicos versus cristãos protestantes; um número sem fim de denominações protestantes em guerra uma contra as outras.
Muitas e muitas vezes cristãos que frequentam a mesma igreja, presentes no mesmo recinto, participam do partir do pão à mesa do Senhor e, no entanto... Inimigos de carteirinha.
Dentro da mesma igreja, participantes da mesma denominação, em algumas vezes em desavenças por conta de pontos doutrinários em desigualdade com o ponto de vista de cada um.
Centenas de denominações de uma única igreja e sem uma filiação organizacional.
A mídia não é de agora que relata conflitos de grupos cristãos contra cristãos no mundo todo; e todos estes cristãos se dizem ferrenhos servidores de Cristo enquanto se digladiam por conta de pontos de vistas diferentes a respeito do próprio Cristo.
A unidade tão desejada por Cristo entre cristão e cristão, quando não atingida, afetam violentamente a unidade do tal cristão com o próprio Jesus e o próprio Deus. E por culpa de quem? Do individualismo!
Se você der uma olhada na historia da cristianismo vai ver quantas vidas foram sacrificadas através dos séculos pelas guerras entre cristãos; católicos romanos contra protestantes; protestantes contra católicos romanos e vai por aí afora.
O moderno movimento ecumênico é um grande esforço interdenominacional para criar a tão unidade almejada por Jesus entre os cristãos.
Assim como relacionamentos não restaurados entre pessoas que tiveram um entrevero não gera união, assim é o ecumenismo com religiosos de práticas doutrinárias e costumes diferentes, poderem produzir unidade de fé e comportamento.
As divisões entre as várias denominações cristãs é um problema sério para a unidade da Igreja de Cristo e um problema igualmente sério para o evangelho de Cristo assim como é sério o perigo de morte de um paciente terminal.
E só Deus é quem pode curar tal enfermidade; o ecumenismo é a penas um paliativo.
Somos seres gregários, ninguém é uma ilha; todos nós somos dependes de alguém. Mas quando se trata da obra de Deus parece que as coisas mudam de figura.
A Bíblia diz (Ec.4.12) que o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.
Está escrito que é melhor serem dois (Ec.4.9) do que um, porque tem melhor paga do seu trabalho. - Mais isto se os dois possuírem um senso comum, o mesmo objetivo.
A Bíblia diz que as formigas (Pv.30.24,25) são um povo impotente porém bem provida de sabedoria no verão preparam a sua comida.
Entre os orientais as formigas são um símbolo de inteligência; as formigas são laboriosas, trabalham em equipe. A vida social das formigas se compara a dos seres humanos quando estes não são individualistas.
Conta-se que uma família de porcos-espinhos só andava se espetando; a convivência entre eles estava cada vez mais insuportável. Até que um dia alguém sugeriu: vamos nos separar.
Cada um vá para o seu lado e cada um cuide-se de si mesmo. E assim foi feito.
Cada porco espinho tomou seu próprio destino e assim deixaram o convívio do bando.
Porém cada porco espinho começou a ter sérias dificuldades sobreviver, para caçar.
À noite grandes dificuldades para dormir, pois sozinho na toca o corpo não esquentava e o frio cortava. Depois de certo tempo, reunidos chegaram a uma conclusão: que o melhor era suportar uns aos outros em favor da família.
Para sermos um em Cristo precisamos ser um com o nosso irmão.
Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão. (I Co. 10.17)
O individualismo não nos permite sermos muitos nem sermos um só pão e um só corpo.
Se algum cristão quer convencer o mundo que realmente a sua religião ou a sua denominação é de Deus, então deve se tornar um com Deus como Deus e Cristo são um.
O individualismo é uma obra perversa, é o fruto de um espírito faccioso que por inveja perturba a comunhão dos santos em Cristo.
Tg.3.16
Porque onde há inveja e espírito facciosos aí há perturbação e toda a obra perversa.
Que o Senhor tenha misericórdia de nós.
Guganic