COMO RECUPERAR A DRACMA PERDIDA
Lc. 15.8-10
Lc. 15.8.
Qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e, perdendo uma delas, não acende uma candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la?
Não é nada agradável quando perdermos o que possuímos; muitas vezes o que perdemos não é de nenhuma importância para outros.
Muitas vezes a valorização do que perdemos não tem nada a ver com o valor venal o valor aquisitivo em si, e sim pelo que representa para nós.
O valor sentimental pelo menos para mim não tem preço.
E quando o que perdemos representa um compromisso assumido? E quando não há a mínima possibilidade de não mais ser possível recuperar? O que fazer?
Na parábola da dracma perdida, a personagem em questão, a mulher que sofreu tal infortúnio, estava em apuros, não pelo valor em si, da dracma propriamente dita.
Apesar de a dracma ser uma moeda de grande valor, chegando inclusive a representar parte da jornada diária de um trabalhador da época, o valor representativo e significativo era muito maior para a mulher.
A dracma na realidade era uma moeda grega e que foi usada na Grécia e alguns países do Oriente Médio até o ano 2002 quando foi substituída pelo “Euro” a gora uma moeda oficial da Grécia e mercado europeu.
Porque a extrema necessidade da mulher recuperar uma dracma se ainda lhes restavam nove? Pois cada dracma fazia parte de um compromisso assumido perante a sociedade da época.
A dracma além de ser uma moeda era também um “diadema” ou parte dele.
Toda mulher casada dos tempos bíblica não usavam aliança e sim uma tiara ou um diadema ou coroa onde as dracmas eram incrustadas.
Cada dracma incrustada na tiara ou coroa ou colar ou faixa diagonal no busto, recebia o nome de diadema, ou diadema real.
O diadema era o aviso de que a mulher que o usava era comprometida, casada com alguém.
Assim com uma aliança usada por uma mulher é um sinal de compromisso entre ela e alguém, assim também a aliança serve para avisar aos homens que ela é compromissada com alguém: já tem um marido.
O diadema tinha também esta mesma função da aliança de nossos dias e era um indicador das virtudes possuídas pela mulher que o usava.
Quanto mais dracmas no diadema mais virtudes ela possuía; a primeira dracma incrustada no diadema simbolizava o amor dela pelo esposo.
A segunda dracma tão importante quanto à primeira era a dracma da fidelidade principalmente para com o marido.
A terceira dracma também de fundamental importância indicava a virtude dela ser uma mulher limpa, higienizada para o seu esposo.
A quantidade de dracmas num diadema ou tiara poderia chegar até dez dracmas, pois tudo dependia das virtudes que a mulher possuía.
Se na ausência do marido a mulher prevaricasse ou tivesse uma conduta não recomendável e fosse vista em tal conduta pelo povo, imediatamente ela era levada á presença do sacerdote juntamente com as testemunhas.
Dependendo do tipo do erro praticado a dracma correspondente era tirada do diadema ou da tiara pelo sacerdote.
E quando o marido retornasse à sua casa e visse que uma dracma estava faltando no diadema, podia divorciar-se dela imediatamente.
Uma mulher que tinha uma dracma arrancada dependendo do significado da dracma poderia ser marcada e condenada como uma prostitua.
A mulher da parábola em questão parece-nos não ter aprontado nada, simplesmente perdeu e dentro de sua casa uma das dez dracmas.
Pela quantidade de dracmas que possuía seu diadema era de encher os olhos. Era uma mulher (Pv.31) virtuosa.
E ela sabia o que seu diadema e cada dracma nele representavam para ela e para o seu esposo. Qual dracma você acha que a mulher perdeu? Dá para imaginar?
Creio que foi uma das dracmas mais importante e que afetaria para o resto de sua vida o seu relacionamento com o seu marido.
Já imaginou se a dracma perdida foi a dracma da fidelidade?Ou da castidade? Ou do amor?
Ela sabia! Antes que meu marido volte preciso recuperar a minha dracma.
A Bíblia nos diz que o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. (Gl.5.22)
E antes que Jesus volte precisamos recuperar nossa dracma ou nossas dracmas perdidas.
A primeira dracma sempre é do amor; o amor é a chave de tudo. Gálatas cinco vinte e dois é o nosso diadema. Não podemos perder nenhuma destas virtudes.
Também devemos ter cuidado como nos comportamos para que de nossas vidas nenhum fruto do Espírito nos seja tirado.
No caso da mulher ela precisou iluminar o ambiente e em seguida varrer toda sujeira de sua casa e se inclinando para o chão estendendo as mãos recuperar o que havia perdido.
Ela sabia que chegando o esposo logo ele perceberia que ela havia perdido uma dracma, pois uma tiara ou diadema sempre ficam na cabeça que é um lugar visível.
A tiara sempre foi uma joia utilizada na cabeça, sempre considerada como um distintivo real. (Is.62.3)
Quando Jesus nos manda guardar o que temos (Ap.3.11) é porque ele sabe quais são os resultados de perdemos aquilo que Ele nos deu.
Não só a dracma da santidade, da comunhão e da perseverança é que são importantes; mais de igual modo todas as virtudes que formam o caráter de um verdadeiro cidadão dos céus. Perdeu? Vai procurar até encontrar.
Pois breve Jesus voltará.
Só a candeia da palavra brilhando na sua totalidade em nossas vidas pode revelar em que ambiente perdemos a nossa dracma.
E com a vassoura do Evangelho de Cristo podemos varrer toda a sujeira do ambiente em que vivemos e recuperar assim a dracma perdida.
Guganic