NOSSOS DIAS DE NOÉ.
Lc. 17.26
E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem.Vs.27Comiam, bebiam, casavam, e dava-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos.Vs.28.Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam;Vs.29Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos.Vs.30
Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar.
Deus tem a liberdade do homem em alta consideração; nas Santas Escrituras esta ideia de liberdade aparece de duas formas.
Aparece simplesmente como a capacidade que o homem tem de dar rédeas aos ditames da sua própria natureza, seja este homem um santo ou homem profano.
Aparece também sendo a capacidade que o homem (a criatura) tem de agir de encontro a sua própria natureza ou não.
Originalmente dentro desta liberdade anjos e homens foram criados com capacidade de pecar e a capacidade de não pecar.
Depois da sua queda no Éden o homem perdeu a capacidade de não pecar; e agora o homem é livre no sentido de fazer o que a sua natureza decaída sugere.
Jr.13.23
Porventura pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Então podereis vós fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.
Como o etíope não pode mudar a cor da sua pele nem o leopardo mudar as suas manchas, assim também o homem não pode mudar ir de encontro a sua natureza má, e muda-la para melhor.
Como o homem nem busca em Deus o seu livramento, nem tem qualquer direito à ajuda de Deus, a conclusão final de tudo isto é que a condição do homem é lamentável.
Por si só o homem nunca deixará de viver em pecados, indo assim, de encontro à sua natureza má.
Como o etíope não muda a sua pele nem o leopardo as suas manchas e o homem a sua natureza, Deus para salvar o homem, sem afrouxar Suas leis, toma a iniciativa.
Esta iniciativa chamada de Graça Preveniente, não é suficiente para a salvação.
Mesmo assim, esta graça revela a bondade de Deus a todas as criaturas pecaminosas.
É a bondade de Deus que tenta nos conduzir ao arrependimento.
Foi a bondade de Deus que exigiu a construção da ”Arca de Noé”.
Como a natureza de Noé apesar de ser humana não era tão pecaminosa quanto os habitantes da terra da sua época, a graça preveniente revelada foi a construção da arca para uso do próprio Noé “Faze para ti uma arca de madeira de Gofer” Gn. 6.14.
A oportunidade foi para todos que em vida tomaram conhecimento que um dilúvio viria sobre toda à terra como punição à malignidade da natureza humana corrompida pelo pecado.
A saída para Noé mesmo sendo um homem justo, era construir a arca e entrar nela e assim não sucumbir com os demais.
Tivesse Noé apenas construído e não entrado na Arca e a graça preveniente de Deus não o salvaria do dilúvio.
Enquanto Noé trabalha na construção da arca a oportunidade de não morrer pelo juízo do diluvio era extensiva a todos indistintamente. Eles podiam casar e dar-se em casamento; vender e comprar, comer e beber.
Mas não podiam negligenciar a oportunidade de salvação de seus próprios corpos; pois em consideração à liberdade que cada um deles tinha de escolher ou não entrar na arca, Deus não violaria como não violou a escolha feita por cada um deles.
Deixando mais claro esta questão; com a arca construída a decisão que o indivíduo tomasse seria como realmente foi, respeitada por Deus.
Quem escolheu não entrar na arca, na arca não entrou; ou seja: Deus não os forçou a entrar.
A população existente na terra na época do dilúvio era estimada em seis milhões de pessoas e somente oito pessoas deste universo de seres humanos escolheram por entrar na arca.
Isto Deus respeitou e apenas oito almas (I Pd 3.20) se salvaram pela água.
Disse Jesus: E, como aconteceu nos dias de Noé; assim será também nos dias do Filho do homem.
Ou seja: Deus continua respeitando o direito de escolha de cada indivíduo.
Como o etíope não muda a sua pele nem o leopardo as suas manchas e o homem a sua natureza, Deus para salvar o homem, sem afrouxar Suas leis, novamente Deus toma a iniciativa: a graça preveniente: Jesus.
Esta iniciativa chamada de Graça Preveniente, (Jesus Cristo) também não é suficiente para a salvação se o homem não o aceitar.
Logo, cada indivíduo precisa saber que tudo que Deus fez para salvá-lo, não da morte física, como foi o caso do dilúvio e sim da condenação eterna, O fez na Pessoa de Seu Filho: Jesus Cristo de Nazaré.
Cristo agora é a nossa Arca Verdadeira e não construída por Noé. Estamos vivendo os dias do Filho do Homem;
E, as práticas libertinas e pecaminosas dos dias de Noé e Ló, já se tornaram insignificantes perante as mesmas práticas libertinas e pecaminosas dos dias do Filho do Homem, que são os nossos dias de Noé da atualidade.
Todos ainda hoje podem casar e dar-se em casamento; beber, comer comprar e vender.
Mas se alguém negligenciar esta tão grande salvação (Hb. 2.3) como escapará da condenação eterna?
Ainda hoje Deus continua respeitando e tendo alta consideração pela liberdade do homem de dar rédeas aos ditames da sua própria natureza, seja este homem um santo homem de Deus ou apenas um profano.
Se alguém quer viver as práticas libertinas dos dias de Ló em Sodoma e Gomorra? Pode ficar tranquilo que Deus não aprova, mais respeita esta vontade.
E os resultados serão os mesmos para quem escolheu ficar de fora da arca; só que, agora há uma situação mais agravante que é a condenação eterna não do corpo e sim da alma.
Quem for sujo? Suje-se mais. (Ap.22.11) Quem for limpo? Limpe-se mais.
Porque Deus respeita, tem alta consideração por quem escolhe entrar na arca (se salvar) ou ficar de fora dela (se perder).
Quando a porta da graça se fechar como se fechou a porta da arca de Noé, não haverá escapatória para quem escolheu ficar de fora como foi nos dias de Noé.
Assim como foi nos dias de Noé que só ele Noé, e sua família se salvou, assim também será na manifestação do Filho do Homem: só quem faz parte da família de Deus terá salvação em Cristo.
Guganic