O MINISTÉRIO DE PROFETA.
Jr. 1.9
E estendeu o Senhor a sua mão, e tocou-me na boca; e disse-me o Senhor: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca;
“Ministério” de profeta é um serviço especial prestado a Deus.
Assim como Natã, Ezequiel, e Zacarias, Jeremias além de profeta era sacerdote; Deus o aprovou, separou, e o comissionou às nações para tal ministério.
Assim como Jeremias e todos que receberam o chamado para desempenhar o serviço ou o ministério de profeta na Velha Aliança tinha a responsabilidade de fazê-lo para Deus e nunca em beneficio próprio,
Assim também, quem hoje tem o mesmo ministério na Nova Aliança, deve fazê-lo também, observando o mesmo principio.
É bem verdade que há um elevado número de evangélicos que não creem que na atualidade possa haver o referido ministério por conta do que disse Jesus: “Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João”. (Mt 11.13)
E, ainda: A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele. (Lc. 16.16)
Na realidade o que chegou ao fim foi a Lei e o ministério de João e não o ministério de profeta; tanto é assim que Ágabo (At.21.10,11) profetizou a prisão de Paulo.
Também Felipe o evangelista (At.21.8,9) tinha quatro filhas que profetizavam e isto depois da morte de João Batista o último profeta do período da Lei.
Se o ministério de profeta encerrou com o ministério de João Batista ou mesmo com a instalação do período da Nova Aliança, que explicação há que possa comprovar que tal ministério não existe se a própria palavra diz o seguinte:
Há diversidade de dons e há diversidade de ministérios (serviço); mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. (I Co 12.4-11) Pelo mesmo Espírito a operação de maravilhas e a outro, a profecia.
Assim está escrito: “E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiros lugar...” I Co 12.28. Rm.12.6.
Igreja é uma só! A Igreja de Cristo! E não a Igreja do Velho Testamento como alguns insinuam; pois isto não existe; Israel nunca foi a Igreja de Deus nem de Cristo na terra.
No início da instalação da Nova Aliança, profeta era aquele que falava em nome de Deus, eram primordialmente os pregadores da justiça e que por vezes previam o futuro como também fazia e pregava os profetas da Antiga Aliança.
Em toda e qualquer época ou Aliança, o verdadeiro profeta nunca fala no seu próprio nome. Profeta que fala no seu próprio nome é falso e sua profecia é falsa, é mentirosa.
Desde a Antiga Aliança a profecia era um dos dons do Espírito Santo, como o é ainda hoje na Nova Aliança, e aqueles que tinham esse dom e o exercitavam eram e são chamados de “profetas”. Isto ainda é assim.
Agora, o exercício do ministério de profeta tem regras, regulamentos estabelecidos, e quem os fere é merecedor de reprimenda e não merece ser respeitado em tempo algum como profeta verdadeiro.
A primeira regra que um profeta deve levar em profunda consideração é saber qual é a utilidade da profecia no bojo da Igreja de Cristo.
Segundo a palavra de Deus o profeta fala aos homens para edificação, exortação e consolação. (I Co 14.3)
Só pode haver edificação, exortação e consolação se aquele que ouve a profecia ouça na sua língua nativa, língua pátria.
Que consolo há quando alguém se diz profeta e passa a profetizar casamentos, número de CPFs, números de placas de carro, empregos e outras babaquices em nome de Deus? Nenhum consolo.
É por esta razão que a Bíblia nos manda julgar as profecias; porque profecia não é a voz de Deus na igreja e sim a voz do homem que supostamente fala em nome de Deus.
- Sobre isto falaremos com mais profundidade na próxima aula -. Não deixe de ler.
A profecia segundo a Bíblia é um sinal para os fiéis (I Co 14.22) e por esta razão deve ser investigada, confrontada com a palavra de Deus e se a tal profecia não resistir ao confronto, à palavra de Deus não a crivará como verdadeira.
Quem conhece Bíblia e segue este regulamento bíblico para as profecias dadas pelos “profetas” da atualidade, nunca será enganado por estes.
A segunda regra diz o seguinte: E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
Segundo a Bíblia (I Co 14.29-33) todos (os que têm o dom) podem profetizar: desde que haja ordem, que fale um de cada vez; porém todos igualmente deverão ter suas mensagens proféticas julgadas pela Igreja com base na Bíblia.
O Espírito Santo de Deus nunca nos mandaria julgar a voz ou a palavra de Deus; e porque somos aconselhados a julgar as profecias e não o profeta?
Por uma simples razão! O profeta é ungido de Deus e quem trata quem julga o ungido de Deus é o próprio Deus; nem Cristo entra neste mérito.
Agora a profecia nós podemos julgar com base na palavra de Deus, pois o profeta é um homem falando (supostamente) em nome de Deus.
Se a profecia de alguém for autenticada “verdadeira” pela palavra de Deus, a voz continua sendo do homem, mas a palavra profética dada foi realmente de Deus e vai se cumprir.
Porém muitas profetadas por pura coincidência por pura obra do acaso, si cumpre; e alguns “profetas” viram ídolos dos incautos e de quem não conhece Bíblia.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. (I Co. 13.2)
Segundo a declaração paulina (I Co.14.5) aquele que profetiza é maior do que aquele que fala línguas estranhas. E por quê? Pelo grau de importância que há.
As línguas estranhas só poderão ser edificantes para a Igreja ou para quem as ouve se houver interpretação das mesmas.
Havendo interpretação a língua estranha é tão edificante quanto à profecia; do contrário não.
Sabedor disto, o profeta não pode olhar para o que fala línguas estranhas, ou para quem não profetiza, com ar de superioridade; porque se assim fizer não está exercendo o dom que recebeu de Deus, com amor; e tudo que ele profetizar não terá valor.
Desprovido do amor o profeta só é profeta no nome, porque na realidade é nada.
A base do julgamento das profecias ou de línguas estranhas ainda hoje é a revelação escrita de Deus a Sua palavra.
Is. 8.20
À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles.
Se não há luz no que alguém profetiza também não há luz no próprio profeta; e tudo que o tal profetizar é puro engodo é mentira com ar de santidade e consagração a si mesmo e não a Deus.
Na próxima aula falaremos sobre a origem as profecias e profetas da atualidade.Guganic
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