AOS FILHOS DE SIÃO! REGOZIJAI-VOS NO SENHOR!
Jl. 2.23
E vós, filhos de Sião, regozijai-vos e alegrai-vos no Senhor vosso Deus, porque ele dará em justa medida a chuva temporã; farei descer no primeiro mês, a temporã e a serôdia.
Esta passagem deve soar aos ouvidos dos filhos de Sião, aos nossos ouvidos, como um lindo e belo hino de louvor a Deus.
O profeta Joel, que significa: “Jeová é Deus”, era filho de Petuel que significa: “Persuadido por Deus”; era de Judá (Reino do Sul), contemporâneo de Eliseu e Obadias.
Joel começa falando sobre os gafanhotos e os estragos que tinham causado na terra de Judá.
Ao mesmo tempo ele fala do dia do Senhor e o seu terror; mas Joel indica com segurança, que antes de chegar este dia que é um período de tempo já preestabelecido por Deus...
O Espírito Santo de Deus será derramado copiosamente sobre muitos que são filhos de Sião. – Já recebestes o Espírito Santo de Deus? Não são filhos de Sião?Não recebe.
Escrito entre o 9° e o 8° séculos A.C. o livro de Joel registra alguns ataques avassaladores de pragas de locustas, e também a seca que castigaram o povo e a terra de Judá.
Testemunhos fidedignos comentam que o enxames de gafanhotos era de tamanha expressão, que cobriam dezenas de alqueires, chegando por vezes a 50 km de largura por 120 de comprimento.
A desolação produzida pelas quatro espécies de gafanhotos que na realidade são mais de 80 espécies conhecidas havia aniquilado toda a vegetação.
O que deixou o gafanhoto cortador, (Jl.1.4) comeu-o o migrador;
O que deixou o migrador comeu-o o gafanhoto devorador; o que deixou o devorador comeu-o o destruidor.
O gafanhoto cortador é a lagarta, o recém nascido; sem asas.
O gafanhoto migrador já no primeiro estágio de vida pode procriar, garantindo assim a próxima geração.
O gafanhoto devorador, a locusta, desenvolve pequenas asas; não voam, mas pulam muito bem e devoram tudo. É o estagio intermediário como se fosse a adolescência para a fase adulta.
O gafanhoto destruidor, o pulgão; plenamente desenvolvido, com asas completas, é o consumidor adulto.
Era uma época difícil para Judá; época de grande devastação causada por estas quatro classes de gafanhotos.
As locustas, os gafanhotos, haviam dizimado toda a vegetação; tanto as pastagens do gado miúdo como ovelhas e cabras e as demais pastagens juntamente com as safras de grãos viraram pó.
Falta de pão, falta de água, indistintamente: era para todos.
Estes insetos quando terminavam de devorar a lavoura, não perdia tempo e entravam nas casas e qualquer lugar possível onde houvesse alimento estocado.
Comiam palha, feno, roupas e até odres eram picados e também consumidos. - Em pouco tempo o trabalho do lavrador era reduzido a nada. - A praga aconteceu literalmente.
A causa de tudo isto foi a negligencia que levou Judá a afastar-se de Deus vindo com isto a pecar contra o mesmo.
Mesmo vivendo num quadro tão estarrecedor como o narrado pelo profeta concernente à seca e gafanhotos, Joel não abriu mão de insistir com o povo que se voltasse para Deus.
Primeiro ele alerta que o dia do Senhor está próximo (Jl.1.15) vem como assolação;e o faz isto por mais quatro vezes.
Com retumbante brado ele avisa que o dia do Senhor será de fato, mais assustador e também mais terrível. (Jl.2.1;11.13 e 3.14).
Os que sobreviveram à invasão aterradora dos gafanhotos e da terrível seca sentirão saudades deste dia quando viverem o grande e terrível dia do Senhor chegar.
Depois do aviso dos gafanhotos ele se dirige aos ébrios para acordá-los da embriaguez do vinho; procura despertar as virgens, os lavradores e até os ministros de Deus. (Jl.1.5 e 13).
Jl.2.16
Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai as crianças, e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu aposento.
Vs.17
Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa a teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que os gentios o dominem; porque diriam entre os povos: Onde está o seu Deus?
Só o arrependimento podia fazer Deus desviar os invasores vindo do norte (Jl.2.20) contra a nação levando-os a uma terra seca e bem longe deles.
Convertei-vos a mim de todo vosso coração (Jl.2.12) e isso com jejuns, com choro e com pranto.
Em meio ao choro, ao pranto, ao arrependimento? As coisas mudam; porque Deus pode mudá-las.
E até as promessas mudam são outras; são promessas de bênçãos sem limites sem precedentes.
Literalmente falando se Israel não se converter o ataque de que fala o profeta será nos dias da Grande Tribulação, o grande desfecho; até o fim da Batalha do Armagedom.
Por outro lado fazendo com esta passagem uma analogia a ser aplicada em nossas vidas podemos ver que:
Estamos vivendo nas mesmas condições do povo de Judá. Somos devastados por uma série de pragas que vêm ao nosso encontro com o intuito de destruir nossa paz, nossos sonhos e prosperidade.
Sistematicamente somos tomados de assalto, e sem pena e sem dó somos tirados arrancados da nossa posição de conforto e tudo que podemos contemplar ver e sentir são: tristeza e decepção.
E tudo por quê? Porque às vezes vacilamos, não damos a devida atenção a Deus e Sua palavra; tornamo-nos alheios aos desígnios de Deus para nós.
Mas quando humildemente nos voltamos para Deus com pranto e lágrimas temos a alegria de saber que sempre há uma saída: Jesus.
Mas ao cair das chuvas serôdias e temporãs tudo nos é devolvido; a restituição da paz do gozo em Cristo da alegria da salvação nele se torna real.
As chuvas poderão até tardar, mas ao chegar para regar os campos de nossa existência temos a certeza que um novo tempo está começando para nós nos alegramos no Senhor.
Nossas mentes o campo outrora assediado pela aridez da indiferença a palavra tomada pelas pragas dos maus pensamentos...
Tornam-se férteis para a gloria de Deus e o exercício da Sua palavra.
“Filhos de Sião regozijai-vos e alegrai-vos no Senhor vosso Deus, porque ele dará em justa medida”.
Sião uma fortaleza pertencente aos jebuseus (filisteus) na cidade de Jerusalém (II Sm..5.6,7) terra de Melquisedeque (Gn.14.18.) tomada por Davi para ser a cidade do Grande Rei no milênio de paz.
Sião hoje é o símbolo da pátria dos remidos do Senhor conhecida como a “Sião Celestial”, a Ditosa Cidade.
Depois de todas as tempestades e pragas e seca um futuro glorioso é esperado para os filhos de Sião. Há esperança para nós em Cristo.
Com grande (Zc.1.14) zelo o Senhor dos Exércitos está zelando por Jerusalém e Sião.
Portanto: regozijai-vos e alegrai-vos ó filhos de Sião, pois Jesus Cristo é a medida justa e certa para e em nossas vidas.
Guganic