CONTAMINAÇÃO x PURIFICAÇÃO
Ag. 2.11
Se alguém leva carne santa (consagrada) nas faldas de sua veste, e elas vierem a tocar no pão, ou no cozinhado, ou no vinho, ou no azeite, ou em qualquer mantimento, ficará isto santificado? Responderam os sacerdotes: Não.
Vs.12
Então perguntou Ageu: Se alguém que se tinha tornado impuro pelo contato com um corpo morto, tocar nalguma destas coisas, ficará ela imunda? Responderam os sacerdotes: Ficará imunda.
Se alguém leva carne santa nas bordas da sua veste e esta carne vier tocar em algo que não foi santificado a carne santificada não santificará este algo.
E se alguém que tocou num morto e por isto está impuro, ou imundo, e, vier a tocar neste “algo” não transmitirá santificação ao “algo” que ele tocou.
Traduzindo com mais clareza: uma pessoa que depois de santificada tocasse em um cadáver ficava contaminada, imundo segundo a lei.
E por que o santificado ao tocar em um cadáver não o santifica?
Por uma razão simples: pureza, santificação não é transferível; a santificação não é contagiosa como a saúde também não o é.
Já a impureza ou a imundície é tão contagiosa quanto à varíola, o sarampo ou a tuberculose. A contaminação é rápida.
Se alguém que for contaminado pelo contato com o corpo de um morto, tocar no pão no vinho ou no azeite os deixará imundo.
Isto se aplicava aos leprosos, aos que tinha qualquer fluxo na sua carne, (Lv. 15.2) eram considerados cerimonialmente: imundos.
Daí os mestres e os sacerdotes até os dias de Jesus mantinham-se distantes dos considerados imundos.
A mulher do fluxo de sangue (Lc. 8.43-48.) por doze longos anos sentiu isto na pele: a rejeição por ser o que era: imunda.
Enquanto os escribas e fariseus, os sacerdotes e levitas e rabinos evitavam esta gente, Jesus fazia justamente percurso contrário: ia de encontro a eles.
Mc.1.40
Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me.
Vs.41
Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: quero, fica limpo.
Jesus estava quebrando o protocolo da contaminação residual.
A lepra (não a hanseníase de hoje) e o pecado são repugnantes, alastram-se depressa, (Lv.13.45,46) e são incuráveis fora da operação miraculosa de Deus.
Na cidade de Naim (Lc. 7.11-17) Jesus encontrou um cortejo fúnebre e indo de encontro ao mesmo (14) tocou no esquife e ressuscitou o filho da viúva.
Enquanto o pecado e a imundície são contagiosos a santificação não é transferível, mas a santidade purifica.
Jesus fazia questão de tocar nos enfermos considerados imundos porque a santidade dele os purificava, os tornava limpos.
Jesus ainda hoje é a única solução para o pecado.
Quando alguém é tocado por Jesus por ouvir a Sua palavra (Jo. 15.3) ou toca nele pela fé? - A contaminação dá lugar à purificação.
Guganic