IGREJAS CHEIAS DE PESSOAS VAZIAS
Lc. 18.8.
Quando, porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?
Considero esta pergunta inquietante. A fé pessoal não é a referência deste versículo e sim à crença no todo da verdade revelada.
Será que na segunda vinda de Jesus a fé será encontrada entre os homens?
Os falsos cristos e os falsos profetas já estão a pleno vapores na semeadura de uma fé erodida.
Mt. 24.24
Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.
A fé do fim dos tempos não corresponde à expectativa da fé dos primórdios da Igreja de Cristo na terra.
Deus é fiel! Isto é bastante verdade. E nós? Somos fieis a Deus em tudo?
Deus é fiel! Com esta máxima os vendilhões da fé vendem esperança e criam expectativas nos corações dos negociadores da fé.
Sim, porque quem contribui para a obra do Senhor na esperança de prosperar financeiramente, de ter de volta e em dobro o valor que contribuiu, é sim um negociante da fé.
Oferta de conveniência é fazer barganha com Deus. Oferta de conivência também é criar expectativas de um retorno fácil do que ofertou.
Oferta de conivência é concordar com o vendilhão da fé que contribuição financeira é investimento espiritual.
Certo pastor famoso disse no seu programa de TV: Se você está vivendo em miséria alguma coisa está errada e você precisa “meu irmão” descobrir isto na palavra. Disse o famosão: Essa é que é a verdade meu irmão.
Por outro lado o apóstolo Paulo declarou: Muitas vezes fiquei sem dormir, passei fome (I Co. 4.11) e tive sede, e muitas vezes eu fiquei em jejum, suportei frio e calor.
Minha pergunta é: que verdade há entre a declaração do famoso pastor em seu programa de TV e o apóstolo Paulo?
O que estaria errado (segundo o famoso pastor) com o apóstolo Paulo que passou fome e sede e nudez e injúrias?
Estaria o apóstolo Paulo em pecado ou é porque não era ele um vendilhão da fé, e mercador de ilusões?
Todo falso profeta sua mensagem é falsa ainda que a mesma tenha até um fundo de verdade.
Até os profetas de Baal eram verdadeiros; mas os de hoje?
A simplicidade do evangelho da Graça não pode mesmo ser comparada de modo algum, com o evangelho da conveniência, onde há prosperidade material sim e falência espiritual também.
A revista “Forbes” andou divulgando a lista dos embusteiros da fé no Brasil. E logo estes começaram suas “justificativas” não plausíveis.
Estão milionários sim, com suas igrejas cheias de crentes vazios da graça de Deus.
Em uma determinada igreja o cristo ou deus a quem eles cultuam é apenas um curandeiro, não há enfermidade por lá que não seja curada.
Já em outra determinada “igreja” o cristo ou o deus a quem eles servem não passa de um mago das finanças onde as dívidas não existem e as riquezas matérias (da liderança) são notáveis.
Carregam dinheiro nas meias nas cuecas em sacos plásticos e Deus sabe mais onde.
Cada igreja tem a liderança que merece. Só cai no conto do vigário quem pensa em tirar vantagens também.
Quem quer ganhar fácil sempre perde fácil também. Um dia um vigarista da fé me perguntou: o irmão já fez o seu “pé de meia?”.
E com um ar de desdém eu respondi: não. Já comprei feito.
A Bíblia diz (Ec. 10.19) que na terra o dinheiro responde a tudo; e por sessenta e seis vezes a Bíblia fala em dinheiro.
O próprio Jesus no seu ministério terreno precisou (Lc. 8.2,3) e algumas mulheres o financiou na terra.
Mas o que temos visto e ouvido falar é uma apropriação indébita das finanças alheias através das vendas de indulgências.
O dízimo que é bíblico (Ml. 3.10) e deve ser levado a casa do tesouro, descaradamente é pago em forma de boleto nas contas bancarias dos gatunos flibusteiros da fé.
Quando, porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?
Responda-nos se fores capaz.
Guganic