AS MURALHAS DE BARTIMEU EM JERICÓ
Js. 6.1-20. Mc. 10.46-52
Js. 6.20
O povo gritou com toda força e tocaram os shofares. Quando o povo ouviu o soar das trombetas, soltou um forte grito de guerra e a muralha caiu por terra. Imediatamente cada um atacou do lugar onde estava, tomaram a cidade completamente.
Quem nunca ouviu falar ou leu sobre as muralhas de Jericó com seus dez metros de altura e mais quatro de largura com um espaçamento de três metros entre ambas?
Quem nunca ouviu falar da tomada de Jericó pelos israelitas?
Está escrito (1) que a cidade estava rigorosamente fechada, trancada, cerrada; ninguém entrava e ninguém saia.
Depois da orientação divina de o povo rodear a cidade por sete vezes no sétimo dia, logo após ouvirem o shofar (a trombeta) um instrumento de aviso e alerta; as muralhas ruíram abaixo.
As muralhas eram paralelas, grandes, fortes e imponentes que sustentavam casas transversais entre uma e outra muralha como a casa de Raabe e outros.
Mais a despeito de tantas grandezas e sob a orientação divina ao darem um forte brado de guerra o povo de Deus viu as muralhas caírem, afundarem-se diante de si.
Está escrito que pela fé (Hb. 11.30) caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias.
Um brado de guerra sob orientação divina, quando dado com fé não há muralhas que resistam.
E aconteceu que, ao aproximar-se Jesus da saída de Jericó, (Mc. 10.46) estava um homem cego sentado à beira do caminho suplicando por esmolas.
Bartimeu era mais um que vivia numa sociedade dominada pela crença do pecado pré-existente o conceito da “causa e efeito”
Por ser cego era este homem discriminado como todos os outros seres humanos que na sua condição o eram: cegos.
Para os judeus a cegueira de Bartimeu estava diretamente ligada aos pecados de seus pais ou aos dele próprio.
Na realidade Bartimeu não era seu nome próprio, e sim uma designação hebraica, para o termo: filho de Timeu.
Assim como a Jericó dos dias de Josué, Bartimeu também tinha suas grandes muralhas construídas ao longo de sua vida.
A sociedade estava rigorosamente fechada para o filho de Timeu.
Isolado da sociedade o filho de Timeu conhecia perfeitamente cada palmo das muralhas que o rodeava.
As muralhas das densas trevas, a muralha dos preconceitos, as muralhas da solidão, eram mais resistentes mais largas e mais altas do que as muralhas de Jericó.
Os judeus eram assim mesmo, como muitas pessoas da atualidade o são: especialistas em construir barreiras sociais e espirituais; especialistas em dificultar a salvação e a libertação alheia.
Jesus ao aproximar-se de Jericó também sabia que ia enfrentar algumas muralhas, pois a cidade estava rigorosamente fechada para o evangelho de Cristo.
As muralhas de Jericó eram palpáveis, podiam ser vistas a olhos nus; podiam ser e tocadas, pois eram de pedras e tijolos.
Mas, as muralhas de Bartimeu não eram tangíveis como também não eram as muralhas que Jesus haveria de enfrentar em Jericó.
Nossas muralhas também não são tangíveis, mas as conhecemos.
As muralhas que Jesus ia enfrentar eram bem construídas e bem erguidas bem alicerçadas dentro dos corações daquela gente.
Muralhas que encarceravam vidas, e aprisionavam almas.
Assim que Bartimeu ouviu a multidão passando perguntou do que se tratava (Lc. 18.36,37). E informaram-lhe: é Jesus de Nazaré que vem passando.
– E por aonde Jesus vem passando alguma coisa boa acontece -
Para Bartimeu as muralhas ainda eram maiores que aquelas vencidas por Josué; mas Bartimeu sabia: Jesus é maior do que qualquer e todas as muralhas que nos cercam.
Contra as muralhas que nos cercam e cercavam Bartimeu o filho de Timeu, nada neste mundo poderia colocá-las abaixo.
Por isto que nos dias de Josué com um brado de guerra por parte do povo, Deus afundou toda a muralha. E gora com um brado ao filho de Davi tem misericórdia de mim? Era a vez de Jesus.
Está escrito: foi então que Jesus parou (49) e pediu: Chamai-o!
Está escrito que de um só salto jogando sua capa para um lado (50) Bartimeu colocou-se em pé e foi ao encontro de Jesus.
A capa era a credencial da sua miséria, o direito de esmolar.
Quando as barreiras estiverem alicerçadas em vossos corações e você perceber que Jesus vem passando? Não perca sua chance.
Dê logo o seu brado de libertação; jogue para um lado a capa dos fracassos; e, num salto coloque-se de pés e responda a tudo quanto Jesus te perguntar.
E quando Ele te responder? Vá em frente porque a tua fé de salvou.
O brado de Bartimeu havia reverberado derrubando assim todas estas muralhas: muralhas do preconceito, da discriminação, da enfermidade, do anonimato e as muralhas das trevas espirituais.
Jesus não pode resistir aos brados de: Filho de Davi tem compaixão de mim e logo inseriu Bartimeu no conceito da sociedade judaica e no rol dos salvos.
Jesus afundou diante do filho de Timeu a muralha da miséria, a muralha do pecado pré-existente, da “causa e efeito” e Bartimeu passou a segui-lo pelo caminho.
Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre eternamente.
Acabou aquela vida miserável que Bartimeu levava; acabou.
Aquele sentimento de culpa, de maldição hereditária, carregada com tanto peso que lhes colocaram ás costas? Caiu por terra.
Agora somente o jugo suave e o fardo leve de Jesus.
Somente Jesus podia fazer isto por Bartimeu e fez e faz por você também.
Aceite Jesus agora como seu Único e suficiente Salvador Senhor e Mestre.
Guganic