A VERDADE EXPLICADA
Ne. 8.1-18.
Vs.2
E assim, no primeiro dia do sétimo mês, o sacerdote Esdras trouxe a Torá, Lei e apresentou-a diante de toda a congregação, que era composta de homens, mulheres, crianças e todos os que podiam entender a leitura.
Vs.3
Ele leu a Torá, Lei, com grande voz, de frente para a praça, em frente ao portão das águas, na presença do todos os homens, mulheres e crianças que já tinham idade para compreender.
Está escrito: como se fosse uma só alma (vs.1) todo o povo se reuniu na praça central, diante do Portão das Águas para ouvir a leitura da palavra do Senhor.
Quando o livro da Lei foi aberto perante o povo, (vs.5) todo o povo colocou-se de pés em sinal de reverência.
Ainda hoje deve ser assim; devemos ficar de pés em sinal de reverência perante a leitura da palavra do Senhor.
Esdras trouxe a Lei, (a palavra), diante de toda a congregação e a leu com grande voz e depois da leitura louvou ao Senhor e todo o povo dizia: assim seja! Amém, amém. (Vs.6).
É de fundamental importância a participação daquele que ouve a palavra de Deus e interage com o pregador louvando a Deus.
Esta foi a primeira exposição da palavra que Esdras fez após treze anos da sua chegada a Jerusalém; e a partir deste dia todos os dias a exposição da mesma era diária.
Isto levou o povo a um profundo estado de arrependiemento; (vs.9) levou-os a confissão de pecados e reafirmação da Aliança que antes o povo havia se esquecido de obedecer.
Esdras e seus auxiliares fizeram uma boa pregação para o povo.
Três coisas que fazem uma boa pregação: Ler as Sagradas Escrituras; trazer o verdadeiro sentido, conforme está escrito; e fazer as pessoas compreenderem plenamente a verdade.
Leram o livro da Torá, Lei de Deus, (vs.8.) interpretando-o e explicando-o, a fim de que todos os habitantes da cidade pudessem compreender bem os ensinos e prescrições que ouviam.
Há uma outra tradução que diz: leram o livro declarando e explicando o sentido, faziam que, lendo se entendesse.
Conforme o livro declarava, ou melhor: conforme estava escrito, a verdade era explicada para que o povo entendesse.
Não havia por parte de Esdras e os treze levitas auxiliares uma interpretação pessoal do que era lido. (II Pd. 1.20).
Eles liam e enfatizavam o que estava escrito; obrigatoriamente isto deve ser aplicado em nossos dias também.
O que está escrito é o que tem significado e deve ser transmitido claramente para que todos possam entender de forma exata.
O “eu acho” ou o “eu penso” não é o jeito bíblico de se explicar à verdade e fazer alguém entender o que está escrito.
A exposição da palavra levou o povo ao arrependimento; está escrito (vs.9) que todo o povo chorava e lamenta os erros cometidos enquanto ouviam as palavras da Lei.
A Lei mosaica vinha sendo desobedecida sistematicamente por quase mil anos, mais agora à exposição da palavra renovava-se a Aliança feita entre Deus e Moisés.
Os arrependidos foram aconselhados por Neemias, Esdras e os levitas que ministravam o ensino, que o choro de arrependimento deveria ser transformado (vs.9) em jubilo, já que a Palavra seria obedecida.
Os levitas fizeram calar todo o povo, dizendo: Calai-vos, porque este dia é santo; (vs.11) por isso, não vos entristeçais.
Não era dia de se chorar, nem de se lamentar e sim de se regozijar pela oportunidade de renovar a Aliança com Deus.
Somos aconselhados pela palavra de Deus a nos regozijar a nos alegrar no Senhor. Deus sabe que a alegria tonifica a vida do ser humano.
Fp. 4.4
Alegrai-vos sempre no Senhor; e novamente vos afirmo: alegrai-vos.
Alegrarmo-nos no Senhor é uma ordem, uma exortação para continuarmos sempre exultante por aquilo que aconteceu ou tem acontecido conosco no que diz respeito à nossa salvação.
Evódia e Síntique andavam divergindo (Fp. 4.2) sobre algum assunto referente à obra de Deus e provavelmente o ambiente era de tristeza.
Paulo solicita a Epafrodito o enviado por ele aos filipenses (Fp.2.25) para intermediar a questão entre as duas e daí o conselho a elas e que se estende até nós: Regozijarmo-nos no Sr.
A alegria espiritual não é apenas um sentimento de prazer ou de êxtase decorrente de certos momentos.
A alegria espiritual é um estado de espírito permanentemente otimista em relação ao amor e as ações de Cristo em nosso favor, quando somos sinceros a ele.
Quando nossa força e motivação estão embasadas na certeza da provisão divina que a palavra nos infunde, não negamos que há dores, fraquezas e sofrimentos que nos atingem.
Mas temos a certeza que vencemos cada uma delas tendo de volta o dia que o Senhor criou para nos alegramos nele.
Esdras e Neemias chamaram a este dia de dia santo, dia santificado;
Dia santo (vs.11) dia de descanso, é o dia que reatamos a nossa comunhão, e renovamos a nossa aliança com Deus.
Vs.11
Então os levitas acalmaram todas as pessoas da assembléia, explicando: Acalmai-vos e ficai em paz, porquanto este dia é santo. Não vos aflijais nem vos amedrontais.
Às vezes somos afligidos outras vezes amedrontados por terceiros que insistem em nos conturbar, como se não tivéssemos direito à alegria do Senhor e à felicidade em nossas vidas.
A alegria e a satisfação pelo perdão alcançado pela renovação da aliança levaram o povo a comer (vs.12) e a repartir o pão com quem não tinha para que a alegria de todos fosse completa.
A santificação do dia trouxe para os ouvintes de Esdras a generosidade de coração, libertação da tristeza, alegria por ouvir e compreender e fome por mais verdades.
No dia seguinte ao dia santificado, quando da renovação da Aliança (vs.13) o povo se reuniu novamente para ouvir mais a exposição da Lei e seus ensinos.
Não somente se reuniram no segundo dia como nos demais dias a fim de receberam as instruções da Lei; (vs.18.). A busca diária pela verdade gera em nos um regozijo diário.
Regozijai-vos sempre no Senhor é não se comprometer com o pecado, pois o mesmo entristece o Espírito Santo de Deus e só resta para nós a tristeza de alma.
Não somos escravos das situações, e sim livres no Senhor por isto devemos estar sempre alegres no Senhor.
Conhecereis a verdade (Jo. 8.32) e a verdade vos libertará.
A verdade explicada quando a compreendemos nos liberta.
O dia da nossa libertação é o dia mais santo de nossas vidas.
Guganic