silas gomes de souza . . .MEMBRO ESPECIAL
RELIGIAO : cristianismo Mensagens : 1606 nascido em : 21/07/1958 inscrito em : 22/11/2012 Idade : 65 Localização : SÃO PAULO - CAPITAL
| Assunto: Salvação no Antigo Testamento ? Ter 17 Set 2013, 08:57 | |
| Salvação no Antigo Testamento? Para entender o conceito de salvação existente em todos os momentos da vida do povo de Israel, desde a criação do mundo, descrito em Gênesis, até o livro do profeta Malaquias no Antigo Testamento é preciso compreender como era o pensamento do povo de Israel no decorrer de toda sua história no Antigo Testamento. Normalmente quando se estuda algum assunto do Antigo Testamento, principalmente, quando o mesmo se encontra no contexto do Novo Testamento, as pessoas fazem uma ligação direta aos ensinamentos existentes hoje. Isto não é de todo ruim, mas é perigoso porque não entendem o que ocorreu e se prendem as aplicações feitas anos depois. Se for sempre assim nunca entenderão o Antigo Testamento e daqui a pouco não entenderão também sobre o Novo, porque será costume aplicar tudo diretamente para os dias aos quais se vive. Para isto não acontecer é preciso conhecer os contextos apresentados e também é preciso utilizar as ferramentas da hermenêutica para cada livro do Antigo Testamento que for analisado. Mesmo assim apresentarei aqui um conceito generalizado sobre a salvação existente na literatura veterotestamentária.
Salvação no Antigo Testamento No Antigo Testamento o termo salvação abrange todas as qualidades de socorro que os israelitas receberam de Deus. O verbo hebraico utilizado para expressar salvação significa: fazer logo, viver em abundância, conseguir a vitória, libertar do poder do inimigo; salvar da opressão, do pecado, da aflição, da doença e da morte. Por isso a salvação no Antigo Testamento está relacionada a qualquer pessoa cuja vida se encontra envolvida num destes sentidos. Entretanto não é, necessariamente, uma salvação imediata, ela pode estar relacionada a algo mais distante. A salvação no Antigo Testamento demonstra que o processo da parte de Deus em favor do homem, independente de que este entenda, foi iniciado. Por isso pode-se ver nos textos bíblicos que qualquer pessoa que vencia um inimigo e conquistasse a liberdade para o povo era considerado o salvador. Todavia a força, valentia ou estratégia que esta pessoa recebia, era atribuída a Deus. Este é o caso de: Abraão, José, Davi, Moisés, Josué e outros. Diante disto é possível perceber que a salvação no Antigo Testamento é teocêntrica, isto é, sempre é iniciada pela vontade e vinda diretamente da parte de Deus para capacitar seus servos ou pessoas para cumprirem um propósito e alcançar o alvo, que era a libertação de uma opressão imposta. Por isso todos os grandes personagens narrados na Bíblia tinham que depender de Deus, porque era ele que dava a vitória, o socorro, a liberdade e satisfazia as necessidades do povo. Pode-se dizer, então, que a salvação no Antigo Testamento era vista como sendo a manifestação de Deus em favor do seu povo. Este conceito de salvação em todo o Antigo Testamento era tão forte para o povo de Israel que, se uma pessoa falhasse as passagens apresentam que Deus utilizava outros recursos e o povo sempre atribuía a salvação a Deus, conforme os fatos narrados em 1 Samuel 14.39, 1 Crônicas 16.35 e Salmos 3.8. Ao analisar estes e outros textos, pode-se entender porque Deus é apresentado no Antigo Testamento como sendo cruel, vingativo e que não ama os inimigos do povo de Israel. Para compreender melhor a história da salvação do povo de Israel e que se encontra no Antigo Testamento é preciso entender que ela já inicia nos relatos contidos em Gênesis, a saber, desde a desobediência de Adão e Eva, porém para que ocorresse a salvação sempre foi necessário haver um acordo entre ambas as partes. Aliança ou Concerto A aliança entre Deus e o povo de Israel foi feita como este sendo o seu povo, salvo, santo e escolhido para ser seu servo. Naquela época os demais povos criam que um Deus só podia existir se tivesse um povo e que por isso, esse Deus, tinha como obrigação protegê-los dos perigos de extinção, fossem guerras ou calamidades. Não se pode afirmar que Israel tenha sido influenciado por este tipo de pensamento, mas os textos bíblicos mostram que literariamente sim, pois as atitudes atribuídas a Deus eram de quem pensava desta forma. Até mesmo os profetas demonstram isto ao dizer que o amor de Deus se cumpria na observação das leis. Também diziam que quando algo de errado acontecia ou pudesse acontecer, eles atribuíam à ingratidão e infidelidade do povo. A aliança entre Deus e o povo de Israel se deu no êxodo, por intermédio de Moisés, e foi normatizada no monte Sinai. Neste caso foi Deus quem tomou a iniciativa e quem fez a aliança com o seu povo e cabia ao povo de Israel aceitar ou rejeitá-la, mas nunca determinar os termos ou condições, conforme consta em Números 25.12. Ao realizar esta aliança, os textos demonstram que Deus passou a ter que cumprir seus compromissos e ao aceitá-la o povo de Israel passou a ter que obedecer às condições. Isto mostra que nos textos veterotestamentários a aliança de Deus é feita com um povo ou grupo específico e não com um líder. Não se pode negar que a aliança era bem flexível, porque abrangia às gerações futuras e os estrangeiros também, isto mostra o motivo pelo qual todos os fatores milagrosos que ocorreram com o povo de Israel foram atribuídos ao amor de Deus, um amor que gera responsabilidade para cumprir e para ser fiel às promessas feitas. Da mesma forma, o povo de Israel precisava ser fiel a Deus na sua parte. Como o povo de Israel não se mantinha fiel a Deus, os profetas, mensageiros de Deus, fixaram a sua esperança num remanescente ou restante fiel, que poderia vir de qualquer geração posterior à sua. Mas o que o povo de Israel não compreendia era que os relatos sobre esta aliança e a tradição do povo demonstravam que eles estavam obrigados inteiramente ao seu Deus em todas as relações, principalmente no âmbito social. Todavia alguns achavam e entendiam, como muitos ainda hoje entendem, que também estavam obrigados pelos sacrifícios alçados a Deus. Sistema Sacrificial É necessário destacar que os sacrifícios nunca foram apresentados, em qualquer lugar do Antigo Testamento, como meio de salvação. Para que isto seja compreendido é preciso lembrar que o assunto que se trata aqui é a salvação no contexto do Antigo Testamento, a saber, o contexto vivido pelo povo de Israel. Morando num ambiente politeísta e, tendo no seu meio pessoas de vários povos e, também, povos vizinhos que eram politeístas, os israelitas sofreram influências culturais. Era por isso que sempre caiam na idolatria e tinham que lutar, às vezes literalmente, para manter a fidelidade ao seu Deus único. Então os textos relatam que Deus introduziu entre o seu povo o sistema sacrificial e de ofertas para expiação de pecados. Este sistema foi instituído visando tratar dos pecados cometidos dentro da aliança e esta passou a ser a forma do povo se livrar do sentimento de culpa pelos pecados. O único pecado que não era perdoado era a rebelião contra Deus e, neste caso, o pecador era excluído da aliança. Os profetas entenderam que a lei cerimonial dos sacrifícios servia para ensinar, treinar e preparar o povo para compreender o que Deus queria do homem. Apesar de, durante longo tempo, os profetas entenderem que o sacrifício tinha o efeito de cancelar o pecado do ofertante, com o tempo passaram a entender qual o sentido mais profundo da natureza do pecado. Entenderam que o pecado interrompia a comunhão entre o homem e Deus e afastava o pecador da presença de Deus, pois o homem que peca sempre é aquele que erra o alvo. Finalmente, compreenderam que o verdadeiro arrependimento do pecador iniciava com a preparação do coração para receber o perdão divino para, então, voltar a sentir a alegria em ter comunhão com Deus. Mas para que isto ocorresse, o pecador deveria ter um sentimento de repúdio ao pecado e uma determinação para abandoná-lo. É por isso que os últimos profetas declaravam que o sacrifício era apenas simbólico e isto começou a afetar a classe sacerdotal. Sacerdote No Antigo Testamento, o sacerdote era o ministro de Deus. Apesar de todo o povo de Israel estar preparado e separado para servir como sacerdote no serviço, havia os sacerdotes que eram os representantes do povo, diante de Deus, no culto nacional. O significado do sacrifício oferecido pelo sacerdote, em nome do povo, era o simbolismo do arrependimento apresentado no espírito do ofertante. A idéia era aliviar o espírito do ofertante do sentimento de culpa. Todavia tudo isto era feito para lembrar ao povo que Deus ama o homem e que este amor envolve a sua fidelidade nas promessas da aliança e no seu perdão. A máxima para o povo era que Deus amava tanto o homem que fez uma aliança, onde ele também precisava ser fiel e cumprir suas promessas, porém, como o homem, por ser o alvo deste maravilhoso amor, não cumpria a sua parte mesmo aceitando o acordo, os relatos narram que Deus criou o sistema sacrificial para suprir esta rebeldia humana e, também diz que Deus separou homens para representarem seu povo neste ato. Mesmo assim o homem continuou sendo infiel e se desviando do seu alvo, inclusive os sacerdotes (basta ler Malaquias) por isso os profetas anunciaram que Deus não havia esquecido a sua aliança e que a cumpriria numa geração futura do povo de Israel. Com o passar dos anos, o povo entendeu isto, mas passou a esperar um rei político e não um cumpridor da promessa na parte humana. Afinal o que sempre demonstrou a salvação, o incômodo que o homem passava, era o arrependimento humano que gerava atos e atitudes agradáveis a Deus e a todos ao redor e não seus sacrifícios como sendo uma troca ou obrigação.Conclusão Pode-se notar então, que a salvação no Antigo Testamento, não é diferente da existente no Novo Testamento. Ela é o resultado de um ato voluntário do ser humano que transforma o seu modo de pensar e agir para com o mundo com o qual convive. O povo de Israel não entendeu isto e hoje em dia ainda não entende, pois todos que se atribuem ser do povo de Deus vêem a salvação como algo apenas para si e não numa transformação de vida ou num comprometimento de sua parte para com Deus e com a sua aliança feita, por isso muitos ainda estão cobrando a Deus o cumprimento de promessas que aprecem nos textos bíblicos ou nas interpretações errôneas destes. Enquanto o homem não entender que a salvação parte de corações transformados e compromissados com o amor ao próximo, que é fruto do amor próprio, sempre haverá egoísmo, discórdia e infidelidade de sua parte para com um Deus fiel e amoroso.Fonte:http://www.tioneechkardt.com/ Escrito por Tione | Sex, 27 de Agosto de 2010 15:15 | Silas G. Comenta Sobre: ( O povo de Israel não entendeu isto e hoje em dia ainda não entende, pois todos que se atribuem ser do povo de Deus vêem a salvação como algo apenas para si e não numa transformação.)Um os enganos do Inimigo de DEUS é apresentar ao povo em primasia a Salvação de seus problemas apenas para si; (Exemplo: Salvar seus bens Materiais, sua Empresa, sua Situação Bancária, seu emprego, sua saúde, sua família etc. E quando alcançam seus objetivos acham-se seguros e realizados. Porém não consideram que para conservação de suas conquistas e Salvação da Alma, necessário se faz obedecer aos preceitos divinos os quais Israel desprezava, quebrando assim a aliança (contrato ou pacto) feito com DEUS. A Lei não tinha objetivo de Salvar, e sim de Nortear a conduta do povo em relação do seu Amor a Deus e suas ordens, e quando falhavam sentirem a necessidade de recorrer a misericórdia (graça) divina. Semelhante ao Israel antigo Deus ao fazer aliança (pacto,contrato) com seu povo, lhes prometeu proteção contra todos os males, porém ao povo quebrar a aliança por desobediência aos preceitos divinos, perdiam o direito a proteção de DEUS e ficavam vulneráveis aos ataques do inimigo. A obediência aos preceitos divinos cria um muro de proteção aos que são Salvos pela graça de Jesus.Hebreus 5:9“ E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem;” - Hebreus 5:9 | |
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silas gomes de souza . . .MEMBRO ESPECIAL
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| Assunto: Re: Salvação no Antigo Testamento ? Ter 17 Set 2013, 11:08 | |
| "Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade." - II Corintios 13:8 | |
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