O PÃO SOBRE AS ÁGUAS.
Ec.11.1,2.
Vs.1
Lança teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás.
Vs.2
Reparte com sete, e ainda com oito, porque não sabes que mal sobrevirá a terra.
Lançar o pão sobre as águas, alguns consideram uma expressão metafórica; porém este era um costume entre os marujos.
Literalmente eles lançavam mantimentos ao mar pensando na possibilidade de beneficiar alguém que viesse a ficar em alto mar sem o pão para comer.
E muitas vezes os próprios que jogaram o pão (o alimento) eram beneficiados com os achados jogados antes por eles mesmos ao mar.
Lançar o pão sobre as águas é, portanto, beneficiar a alguém, fazer o bem sem olhar a quem.
Lançar o pão sobre as águas é rejeição ao egoísmo que por vezes quer nos impedir de fazer o bem.
Os marinheiros lançavam o pão sobre as águas não para serem beneficiados e sim para beneficiar a alguém que porventura viesse a estar em dificuldade.
Lançar o pão sobre as águas é uma forma sabia de se investir no amanhã, pois não sabemos que mal virá a terra.
Repartir com sete é uma forma diversificada de investir, porém nunca se esquecendo de poupar um pouco para nós mesmos.
A medida sabia de repartir nos manda não repartir tudo, mas parte do que temos guardar um pouco para nós mesmos.
Lançar o pão sobre as águas é um ato de generosidade.
Ao generoso as bênçãos sempre são devolvidas.
Assim como a idéia de lançar o pão sobre as águas é para abençoar alguém, assim também quem o lançou será abençoado no devido tempo.
Ninguém nunca sabe quando precisará que um outro lhe dê um pão.
Mas se ele o lançou antes, exercendo misericórdia com alguém, como um bom rendimento de sua boa obra Deus o recompensará.
Pois Deus é quem dá a quem reparte com sete e até com oito.
Com sete e até com oito é uma figura de linguagem para diversos ou muitos.
A Bíblia registra a historia de um homem, que repartiu com cem e morreu endividado. Obadias era o seu nome, o mordomo do rei Acabe.
Este homem tomou cem profetas (I Rs. 18.4) e de cinqüenta em cinqüenta os escondeu numa cova e os sustentou com pão e água.
Obadias morreu (II Rs. 4.1) e a viúva dele procurou Elizeu para pedir socorro pelos seus filhos que os credores desejava toma-los como pagamento da dívida.
E Elizeu abençoou a mulher viúva de Obadias com uma fonte de azeite que jorrava de dentro de uma botija o suficiente para pagar as dívidas e viver do resto.
O pão que Obadias lançou sobre as águas não foi em vão e seus filhos e viúva foram abençoados por isto.
O que aprendemos com o “lançar o pão sobre as águas” é que: ao se fazer um benefício exercendo misericórdia não devemos pensar em recuperar o nosso pão.
Pois a recompensa para quem reparte quem dá é Deus.
Quando tiveres uma oportunidade lance teu pão sobre as águas.
Guganic