O MANEJO DA PALAVRA DA VERDADE
II Tm. 2.14-17
Vs.15
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.
Manejo é o ato de manejar de exercitar, mover bem com as mãos.
Manejar também tem o sentido de: ter conhecimento de... No nosso caso: ter conhecimento da palavra.
E a palavra (Ef. 6.17) é a espada do Espírito. Você já imaginou o perigo que é manejar uma espada sem o devido conhecimento?
Quem faz isto corre o risco de se ferir gravemente podendo vir a óbito. E por quê? O escritor aos Hebreus (Hb.4.12) responde:
Porque a palavra de Deus (a espada do Espírito) é viva e eficaz ela é mais penetrante do que qualquer outro tipo de espada.
Eu te pergunto: se não souber manejar um instrumento de guerra tão poderoso como este, não é um perigo?
Como alguém poderá manejar bem a palavra da verdade?
Vivendo a verdade da palavra. Estudando a palavra da verdade.
Manejar bem tem o sentido de utilizar bem, tanto em sua análise, quanto em sua exposição no combate as interpretações por vezes absurdas que os falsos “pregadores” costumam fazer.
A recomendação bíblica (14) é clara e objetiva: Dá testemunho solene a todos perante Deus, para que evitem contendas de palavras.
Assim como a palavra que é a espada do Espírito é eficaz para discernir os pensamentos (Hb.11.4) e as intenções do coração?
As contendas de palavras (batalhas verbais) também são eficazes para criar animosidades e causar prejuízos a quem as ouve (ou ler).
Tem gente que estuda a palavra para contender, quando o certo é estudar para obedecer.
Segundo a Bíblia contenda de palavras só serve para subversão dos ouvintes, pois as discussões acabam se transformando em falatórios inúteis que acabam se transformando em profanos.
Manejar bem não é contender bem; é expor bem, com habilidade natural da parte do expositor e sobrenatural advinda da parte do Espírito Santo para o expositor.
- Vejo um exemplo disto na vida do jovem Estevão. Levantaram-se contra ele (At.6.9,10), mas não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito, pelo qual ele falava.
Falsamente acusaram-no de proferir blasfêmias contra Moisés e contra Deus, (At.6.11-13) e, contra o lugar santo e contra a lei.
Seus opositores não o viram roxo de raiva, ou espumando pelo canto da boca, ou proferindo palavras de maldições ou ofensivas.
Viram sim: (At.6.15) um homem como se seu rosto fosse de anjo.
E diante do sumo sacerdote (At.7.1-53) e demais acusadores ele rasgou o verbo:
Desembainhou a espada da palavra e começando por Abraão (1) na Mesopotâmia encerrou com eles (53) traidores e assassinos de Jesus Cristo.
Estevão usou seu conhecimento secular, desfrutando da sua boa faculdade mental porque falou do que conhecia e se conhecia é porque estudou.
E cheio do Espírito Santo (At.7.55) fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus.
Oxalá que ainda haja pessoas como Estevão, ou que o Senhor Deus ainda levante pessoas como Estevão que diante de seus opositores não apele para baixarias.
Pessoas que andem na verdade estudem a palavra da verdade e quando necessário for, defender a causa santa com verdade e sem apelação ou ofensas pessoais.
Quem faz isto não tem do que se envergonhar.
Por outro lado na contramão da verdade (II Tm.2.17) Himeneu e Fileto era o oposto de Estevão.
Himeneu e Fileto eram causadores de problema, apregoava que a ressurreição dos santos (II Tm.2.12) era apenas alegórica ou espiritual.(Eram crentes gnósticos).
Eles eram autores do erro doutrinário no corpo da Igreja, eram blasfemadores (I Tm.1.20) desviaram-se da verdadeira fé e foram entregues a Satanás afim de não mais blasfemarem.
Viu qual é o perigo de não saber manejar bem a espada do Espírito? Os ferimentos podem levar alguém a óbito.
O conselho bíblico hoje é este:
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. (II Tm. 2.15).
Guganic