Então ...Resposta :
Eli ( Sacerdote e Juiz de Israel) !!!
“E sucedeu que, fazendo ele menção da arca de Deus, Eli caiu da cadeira para trás, ao lado da porta, e quebrou-se-lhe o pescoço e morreu; porquanto o homem era velho e pesado; e tinha ele julgado Israel quarenta anos. “1 Samuel 4:18 Irmão Jairo ...Como o assunto da pergunta feita é interessante ...
Permita-me colocar esse texto resumindo a história de Eli :
ELI E SEUS FILHOS !!! Eli era sumo sacerdote em Israel e na cidade de Siló ficava o Templo dos judeus e foi ali que Samuel foi criado. Eli foi escolhido por Deus para exercer a função de sacerdote e juiz dos hebreus, um raro privilégio e uma honra enorme. Da linhagem de Itamar, o filho mais novo de Arão, Eli teve dois filhos: Hofni e Finéias.
O problema de Eli era exatamente seus dois filhos. Naquela época o sumo sacerdote exercia duplo ministério, porque Israel era uma Teocracia (governo de Deus), assim o sacerdote também julgava as causas civis e religiosas do povo. Eli foi irrepreensível como governante, mas não se pode dizer o mesmo de sua missão de pai.
Com seus filhos Eli foi permissivo, tolerante, cego mesmo e não exerceu autoridade em sua própria casa. Deus não quer que nenhum de Seus servos deixe de lado seus deveres de cidadania, profissionais e familiares, para servi-lo, uma coisa não pode prejudicar a outra, você e eu precisamos nos dedicar a Deus, sem deixar de cumprir nossos deveres seculares e de dirigir nossa própria casa.
A Bíblia relata inúmeros casos de chefes de família que creram em Deus, em Jesus e levaram junto toda sua casa, o que nos permite concluir que estas pessoas (homens e mulheres) exerciam seus ministérios familiares com amor, dedicação e indispensável autoridade, mas este não foi o caso de Eli, que não educou seus filhos no caminho do Senhor e não os corrigiu quando eles começaram a cometer os pecados mais escabrosos entre as cortinas do Templo.
É bem como se diz: “por falta de um grito, perde-se uma boiada”. Eli não deu o grito, não disciplinou seus filhos e ambos se perderam e tiveram, como consequência, uma morte prematura.
O texto diz que os filhos de Eli eram filhos de belial, uma expressão bíblica que significava filhos do diabo. Eles eram sacerdotes do Templo, apesar de nem serem de Deus, mas foram indicados por Eli, bem no estilo: filhinhos do papai.
O que se descreve sobre estes jovens é de arrepiar os cabelos, veja:
“Porquanto o costume daqueles sacerdotes com o povo era que, oferecendo alguém algum sacrifício, estando-se cozendo a carne, vinha o moço do sacerdote, com um garfo de três dentes em sua mão; e enfiava-o na caldeira, ou na panela, ou no caldeirão, ou na marmita; e tudo quanto o garfo tirava, o sacerdote tomava para si; assim faziam a todo o Israel que ia ali a Siló.” (1 Samuel 2:13-14).
O que o texto diz é que os filhos de Eli não respeitavam as ofertas que se faziam ao Senhor e se serviam da carne ANTES que ela fosse oferecida, ou assada, ou queimada a Deus. Eles enfiavam um “garfão” de três dentes, daqueles que se usa em churrasco, e tudo o que vinha era deles.
Não era só isso. A gordura dos animais sacrificados era para ser totalmente queimada no altar como oferta a Deus, mas os filhos de Eli mandavam buscar a carne crua, antes de ser cozida e, portanto, a carne vinha cheia de gordura, o que era uma abominação.
Observe o que diz a Bíblia sobre as práticas de Hofni e Finéias:
“Era, pois, muito grande o pecado destes moços perante o SENHOR, porquanto os homens desprezavam a oferta do SENHOR.” (1 Samuel 2:17).
Como os “sacerdotes” desprezavam os estatutos no que diz respeito aos sacrifícios e ofertas, o povo passou a tratar a oferta com desprezo também, até porque o povo sabia que o animal sacrificado ia mesmo era para a mesa dos filhos de Eli.
O povo estava escandalizado com os desmandos no Templo, mas Eli fazia vistas grossas, fazia de conta que não sabia de nada, para não repreender seus filhos. Não foi uma boa ideia.
Um dia os filisteus declararam guerra contra Israel. Era uma situação preocupante porque os líderes do povo (os filhos de Eli) estavam tão distantes de Deus, quanto da nação, já que não eram respeitados por seus compatriotas.
Os filhos de Eli tiveram uma daquelas ideias que só podem ser inspiradas pelo capeta e levaram ao arraial dos hebreus a Arca da Aliança, que ficava no Templo em Siló. Eli sabia da ideia, mas não impediu seus filhos de praticarem este pecado diante do Senhor e lá se foi a Arca para o front de guerra. O resultado foi um estrago tremendo.
Na hora que chegou a Arca, os hebreus se alegraram muito, parecia uma boa idéia, aquela de levar a Arca, que representava o próprio Deus, para dar uma força naquela dura batalha, mas Deus não pensa como pensa o homem. Os filisteus se encheram de coragem e partiram com tudo pra cima de Israel e mataram trinta mil homens. Adivinha quem estava entre os mortos? Isso mesmo, os “donos da ideia”, os filhos de Eli.
Esta não era a notícia ruim. Para a nação de Israel pior do que dizimar seu exército foi a Arca de Deus ser sequestrada pelos filisteus e foi o que aconteceu. Muita gente boa fugiu para salvar a própria vida. Na verdade os que escaparam foi porque fugiram diante dos filisteus.
Um desses “corajosos” correu da batalha e chegou no mesmo dia em Siló, todo rasgado, sujo e cansado, com meio palmo de língua pra fora, mas foi logo contando para todo mundo o vexame de Israel.
Eli estava sentado numa cadeira na porta de sua casa, olhando para o caminho, porque ele sabia que tinha errado ao deixar seus filhos levarem a Arca da Aliança para o arraial dos hebreus e o tal homem entrou na cidade gritando, colocando os bofes pra fora e o povo de Siló se desesperou e houve grande alarido.
O sacerdote Eli estava velho, tinha noventa e oito anos, não enxergava bem e era obeso, mas ele ouviu o alvoroço na cidade e quis saber do que se tratava e o homem se aproximou com as más notícias.
O fugitivo da batalha disse a Eli que Israel fugiu diante dos filisteus e que a matança foi tremenda e que seus dois filhos morreram. A pior notícia ficou por último: sequestraram a Arca da Aliança. Quando o homem contou o que aconteceu com a Arca, Eli caiu da cadeira para trás, quebrou o pescoço e morreu. A responsabilidade com a Arca era de Eli, ele era o sumo sacerdote.
Deus exterminou de Israel a casa de Eli, por uma razão simples, veja:
“Por que pisastes o meu sacrifício e a minha oferta de alimentos, que ordenei na minha morada, e honras a teus filhos mais do que a mim, para vos engordardes do principal de todas as ofertas do meu povo de Israel?” (1 Samuel 2:29).
Eli honrava seus filhos mal educados mais que ao Senhor e é como se sabe: Deus não divide Sua glória com ninguém.
A história de Eli e seus filhos nos ensina que ninguém pode ser mais importante em nossas vidas do que o Senhor e que devemos educar nossos filhos nos caminhos de Deus. A mãe que leva seu filho pra Igreja, não vai buscá-lo na Delegacia. Toda criança é responsabilidade de alguém diante de Deus, algumas vezes esta responsabilidade nem é dos pais biológicos, mas o certo é que alguém responderá por ela diante de Deus.
Não se pode fazer todas as vontades de um filho, simplesmente porque a vida não é assim e quem não está preparado para viver, vai sofrer muito mais. Deus tem que está acima de tudo em sua vida, acima de seus amores, de sua família, de sua vida profissional e acima de sua religião.
Adaptação feita da fonte :
http://sombradoonipotente.blogspot.com.br/
B.V.