Henrique
RELIGIAO : Cristão, denominação: Batista Mensagens : 5737 nascido em : 27/01/1961 inscrito em : 09/09/2011 Idade : 63 Localização : São Paulo, capital
| Assunto: Escola Bíblica - O início da vida cristã -Aula 1- Fevereiro 2014 Sáb 01 Fev 2014, 22:03 | |
| O início da vida cristã
Definindo o problema
Vemos em nossos dias um mundo cheio de vozes que prometem soluões para os problemas da vida.
Dificuldades financeiras, emocionais, familiares, saúde outras quaisquer, podem ser solucionadas pelo fato de se seguir aquele guru, pastor , apóstolo, guia espiritual, filosofia ou religião.
Mesmo conseguindo resolver problemas temporais, ainda resta a questão da vida eterna, da verdadeira paz interior, que deve ser a grande preocupação de todos.
Eis a questão, que nossa mente e a dos fundadores de religiões, sejam grandes ou pequenas, conhecidas ou não. Como resolver o problema entre o humano e o divino (entre homem e Deus)? O que deve fazer uma pessoa para alcançar salvação, ou qual o caminho da salvação?
Várias respostas são oferecidas, porém entre toda essa diversidade de religiões opiniões e filosofias, qual será aquela que podemos confiar? Será que podemos encontrar um ponto comum?
Esta é uma questão vital para todos, pois dela depende o futuro na eternidade. Vamos, pois, examinar algumas respostas, ensinamentos de algumas religiões e comecemos a caminhar, mas para isto precisamos encontrar o caminho.
Estudo histórico e comparativo
A doutrina da salvação aparece em diferentes formas nas varias seitas, religiões e filosofias, mas de um modo geral tem um fio comum, que a salvação está de alguma maneira fundamentada na obediência do adepto a sistema de normas ou regras de comportamento. Muitas de um modo geral propõem a salvação como um sistema que pesa numa balança o bem e o mal que a pessoa fez na vida. Caso o bem supere o mal, a pessoa é salva. Porém há um preço a pagar e muitos ensinos providenciam um sistema para facilitar este processo. Muitas vezes não é uma questão moral, mas obedecer a grupo de líderes e às exigências decorrentes deste grupo ou sistema. Nestes casos a salvação não é uma questão de conhecer a Deus, num relacionamento pessoal, mas sim, de praticar as regras de determinada religião ou filosofia, e esperar que isto seja bom o suficiente para ser aceito.
Alguns exemplos para demonstrar
Existe seita que criou um sistema legalista (1) que exige submissão absoluta de seus adeptos, reivindicando ser a única organização que representa Deus na Terra. Mesmo assim não garantia que o adepto alcançará salvação prometida, a vida eterna na nova terra, que será o paraíso. Deve o adepto guardar todas as regras do grupo, inclusive abster-se de transfusão de sangue e da celebração de feriados e aniversários, devem também cumprir a árdua tarefa de serviço para o grupo, postar o número de casas visitadas, de estudos. Fica evidente por suas publicações que a salvação pelas boas obras é uma doutrina central.
Outra é semelhante, ensina uma salvação em três céus diferentes (2), o que permite um sistema de salvação mais diversificado. Também acredita que ser membro desta igreja e cumprir seus os seus deveres é o caminho para salvação. Dividindo os céus em três onde quase todos podem ser salvos, porque são ressuscitados para eternidade. Porém a salvação plena significa ser exaltado, tornando-se uma divindade que um dia reinará sobre seus próprios mundos. O processo começa quando a pessoa crê em seus ensinos, arrepende-se de seus pecados e é batizada, depois a exaltação é conquistada através das boas obras. O homem é salvo através do conhecimento e da obediência. A graça de Deus é concedida aos que obedecem a ele.
Existem posições intermediárias entre as seitas e a fé evangélica representada. Algumas ensinam que através da fé, a pessoa recebe a salvação e é justificada diante de Deus. Por outro lado, afirmam que os escritos do fundador são fonte autoritativa de verdade. Ensinam que no julgamento Cristo investiga os registros da vida da pessoa, e caso encontre pecados não confessados, poderá perder a salvação. O critério é a guarda da lei. Em outras palavras, as pessoas se tornam parte do povo de Deus pela fé, mas, para se manterem salvas, precisam guardar a lei, em especial o sábado. Assim enfatizam o legalismo ao invés da graça de Deus.(3)
No hinduísmo e no budismo, a ênfase é diferente, pois seguem a doutrina do panteísmo. A noção de voltar ao Uno paternal, do qual toda as coisas derivam, significa ser absorvido, ou aniquilado. Existem dois caminhos. O primeiro é atingir reencarnações cada vez melhores em vidas sucessivas, que acontecem segundo a lei do carma. O segundo é alcançar união com o divino através de disciplinas e meditação. A yoga, na religião dos hindus, engloba vários sistemas de meditação e disciplina física e mental visando alterar o estado de consciência, esvaziar a mente e tudo que é racional e se vincular com o Uno num estado de êxtase.
No budismo, que entende que é preciso passar pelo sofrimento para se resolver o problema central da vida. É necessário se desvincular de quaisquer ligações com coisas deste mundo e chegar ao estado de iluminação. Para chegar a este ponto é preciso seguir o caminho Óctuplo: compreensão correta, pensamento correto, fala correta, ação correta, existência correta, atenção correta e concentração correta. Nas duas religiões a salvação depende no fim, do desempenho do adepto para chegar ao resultado.
O islamismo, sob influência do monoteísmo, não enfatiza tanto o misticismo. A salvação é, primeiramente, uma questão de submissão absoluta a Alá, o que significa obediência ao ensino do alcorão. Essa obediência está não está vinculada limitada a esfera ética pessoal, ou de ser uma boa pessoa, mas envolve o adepto a toda comunidade em um estilo de vida que abrange todos os aspectos das relações humanas. Isto inclui vida familiar, comunidade, devoção, política, e tudo mais. O ato de converter ao islamismo acontece quando a pessoa recita a shashada, que é especialmente eficaz quando dita em árabe. Dai a pessoa passa a ter outras obrigações como ritual de orar cinco vezes ao dia olhando na direção de Meca... Deve guardar fielmente toda lei moral do alcorão, e pedir perdão para Alá que o deus, sendo Maomé seu profeta, e pedir perdão a Alá pelos fracassos. Enfim, a salvação depende da vontade de Alá, mas ale recompensa os fiéis segundo suas obras.
Os diversos grupos espíritas também seguem um caminho semelhante às demais, no sentido de que o desempenho do adepto determina o resultado final. Ensinam, de modo geral, que sem caridade não há salvação, ou seja, o processo espiritual em reencarnações futuras, depende das boas obras de cada pessoa. O credo que a pessoa adota não interessa, ou não tem importância. Qualquer coisa serve, contando que a pessoa esteja praticando abras de caridade para os necessitados. Essa é a única condição para a salvação, é uma salvação puramente com base em boas obras.
Religiões afro-brasileiras entende a salvação de modo diferente da tradição ocidental. O que realmente importa é manter o equilíbrio entre os dois mundos, o dos orixás e dos seres humanos. Somente neste relacionamento pode haver troca pode haver troca de Axé, energia que mantém a harmonia. Esta comunicação deve ser cultivada por cada um, e também deve desenvolver o culto particular seu orixá, através de oração e piedade. Novamente tudo depende do desempenho humano.
Como se pode ver, muitas formas foram criadas pelo homem para achar o caminho da salvação, citei apenas algumas.
Na próxima aula, damos início a doutrina da salvação como descrita na Bíblia.
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Henrique
Última edição por Henrique em Qua 19 Fev 2014, 21:26, editado 1 vez(es) | |
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