PESSOAS FELIZES & INFELIZES
Jó. 21.23
Alguns homens levam uma vida feliz e tranquila e morrem abastados,
Vs.24
Com saúde e cheios de vigor.
Vs.25
Outros, entretanto, nunca provaram um momento de alegria e morrem com o coração repleto de amargura.
Vs.26
Todavia, uns e outros jazem no pó, e serão tomados e consumidos pelos vermes da terra.
Nesta porção bíblica podemos identificar fases distintas e dois aspectos antagônicos da brevidade da vida.
Uns vivem e têm uma trajetória de felicidades e outros: infelizes.
O que há em comum é a morte para ambos os lados no final de cada vida.
Pessoas boas e más que vivem vidas longas e prósperas e também morrem; enquanto outras sofrem calamidades e chega ao mesmo fim.
Enquanto a morte não chega que tipo de vida nós estamos tendo?
Uma vida feliz, tranquila?Ou uma vida povoada de calamidades e sofreguidão?
Você é uma pessoa feliz? Olhando para si mesmo a que distância você se encontra da felicidade ou de uma vida feliz?
Na filosofia grega a felicidade é o fim último e o supremo bem do homem; o que constitui o verdadeiro sentido da vida.
Segundo Aristóteles a felicidade consiste na atividade do espírito, mediante o conhecimento da verdade; atividade essa conforme a natureza do mesmo espírito e de acordo com sua teleologia
S. Tomás e S. Agostinho aplicaram o conceito de felicidade ao fim último da visão beatificante de Deus.
A felicidade é uma grande esperança e uma grande promessa que só pode decorrer do amor de Deus da família e amigos.
Vivemos em busca da felicidade como se ela fosse uma entidade a parte, um ser especial.
E não vemos que a felicidade é simplesmente a decorrência de uma atividade perfeita de acordo com as tendências de cada um.
Isto me diz que o que me leva a ser feliz não é o que te fará feliz.
O patriarca Jó (Jó.1.1) conheceu os dois lados antagônicos da sua própria vida. Quando gozava de uma vida tranqüila e serena a Bíblia o classifica de homem íntegro, reto e temente a Deus.
Mas quando foi atingido pela adversidade, quando a calamidade o acudiu, podemos perceber que da mesma pessoa suas palavras revelam infelicidade e amargura.
Jó. 3.20
Porque se concede luz ao aflito e vida aos amargurados de alma;
Vs.21
Que desejam a morte, sem que ela venha, e cavam à sua procura mais do que em busca de tesouros ocultos.
Uma pessoa feliz deseja a morte? Sim ou não?
Eu vos pergunto: isto é uma declaração de uma pessoa feliz?
Vs.23
Por que se dá vida àquele cujo caminho não faz sentido, é como andar às cegas, com todas as saídas trancadas.
Estas declarações “de uma vida sem sentido” são de uma pessoa feliz ou de uma pessoa infeliz, amargurada de espírito?
Felicidade são sim um estado de espírito e o que para uns pode ser um momento de intranquilidade para outros pode ser de pura felicidade.
O apóstolo Paulo expressou sua felicidade em poder responder (defender-se) diante de um juiz (rei Agripa) homem inteligente e conhecedor dos costumes judaicos.
At.26.1
Então Agripa, dirigindo-se a Paulo, declarou: “É permitido que faças uso da palavra em tua defesa!”. Em seguida Paulo fez sinal com a mão e iniciou a apresentação da sua defesa:
Vs.2
Ó rei Agripa, considero-me abençoado (tenho-me por feliz) por poder estar hoje em tua presença a fim de verbalizar a minha defesa contra todas as acusações dos líderes judeus.
Era um momento delicado e ao mesmo tempo tenso na vida de Paulo e que exigia dele extremo cuidado com as palavras a serem ditas.
Mas apóstolo Paulo encarou o momento com tanta tranquilidade de espírito, que chegou a se declarar feliz e abençoado.
Felicidade não é sinônimo de silêncio, pois alguém pode ser bastante infeliz ou não, no seu próprio silêncio.
Felicidade: paz de espírito, ausência de intranquilidade. Paulo o prisioneiro do sistema da época estava se tornando famoso como a testemunha de Jesus ante aos governantes da terra.
Cumpria-se assim na vida de Paulo o que Jesus previu:
Mt.10.18
Por minha causa sereis levados à presença de governadores e reis, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios.
Para muitos, tal situação seria coisa do diabo, para Paulo era coisa de Deus: a felicidade de testemunhar a respeito de Jesus.
E o que a Bíblia no diz, sobre o que é a felicidade.
Mt. 5.11
Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentido, disserem todo mal contra vós.
Acusações mentirosas não podem nos abalar ou abalar o nosso moral; por termos uma consciência limpa a respeito da injuria que nos fazem, nossa tranquilidade gerará em nós a felicidade.
Segundo este verso bíblico a felicidade do coração é estar em paz com Deus e a própria consciência.
Mt.5.12
Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.
Os perseguidos passam por qualquer sacrifício para continuarem dentro da vontade de Deus e o foco que os leva a vencer é saber que há um grande galardão nos céus para os vencedores.
A despeito das lutas e sacrifícios, a esperança de um galardão nos céus gera em nós: a felicidade de ter a Cristo como nosso Senhor e Salvador e Mestre.
Quanto às pessoas infelizes, a esperança que elas alimentam ou têm, estão nas coisas supérfluas da vida.
Guganic