IDENTIFICANDO QUEM É QUEM. Mt. 26.73

IDENTIFICANDO QUEM É QUEM.

Mt. 26.73
Logo depois, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente tu és também um deles, porque o teu modo de falar o denuncia.

Esta mensagem não trata de um “RG” ou de um “CPF” ou de um “crachá” ou outro documento qualquer.

Mas trata de como podemos ser identificados por alguém aqui no fórum, ou em algum lugar quando se faz necessário alguém saber quem somos nós.

Pedro não apresentou nenhum documento de identificação nem preencheu nenhum perfil para ser apontado como um Galileu e seguidor de Cristo.

Alguém no pátio apontou para Pedro e afirmou sem nenhuma sombra de dúvidas: Verdadeiramente tu és também um deles.

Desta vez sem sombras de dúvidas, Pedro foi identificado pelo sotaque e não pelo temperamento um tanto explosivo.

Meu caro, como você tem sido identificado entre o povo, no meio em que vives?

Todos nós somos patrícios, mais cada região do Brasil trás suas particularidades lingüísticas: o sotaque.

Pedro foi denunciado pelo sotaque Galileu que era diferente do sotaque Judeu. - O sotaque do salvo é diferente, o sotaque do justo é diferente.

Está escrito que os filhos de Rúben, os filhos de Gade e a meia tribo de Manassés (Js. 22.9) se retiraram dos filhos de Israel em Síló, que estava em Canaã, para habitarem na terra da sua possessão: Gileade.

Apesar de estarem em lados opostos do Rio Jordão, (leste-oeste) o Senhor era o mesmo para todos.

Segundo a lei marcial em caso de convocação para a guerra todos deveriam pelejar juntos para o mesmo Senhor e sua causa.

Jefté, o moço do voto impensado guerreou contra os filhos de Amom sem a participação dos homens de Efraim e os venceu. (Jz. 11.32,33).

Este fato levou os homens de Efraim por não terem participado da peleja contra Amom, a criticar duramente e declarar guerra a Jefté o gileadita.

Jefté, antes de guerrear contra Amom, (Jz.12.2) pediu ajuda sim, aos efraimitas, mais eles não se dispuseram a ajudar.

Confiando em Deus e sem a participação de Efraim Jefté foi à peleja e o Senhor o fez vitorioso.

Depois da peleja vencida por Jefté, os de Efraim sentiram-se ofendidos (milindrados) por não terem participado do embate, apesar de terem sido convidados e não correspondido ao pedido de auxilio.

E entre irmãos surgiu uma guerra desnecessária e violentíssima gerando a morte de 42 mil seres humanos.

Em tom jocoso os efraimitas diziam que os gileaditas ou as tribos do leste do Jordão tinham desertado de Efraim e Manassés do lado oeste do mesmo Jordão. (Jz.12.4).

Uma guerra desnecessária entre irmãos só porque um grupo de pessoas não recebeu reconhecimento suficiente que pensavam deveria ter recebido.

Ainda hoje temos visto irmãos na fé emburrados uns com outros só porque não recebem o reconhecimento que eles imaginam receber e aí a obra de Deus sofre.

Na guerra entre irmãos Jefté logrou vitória e os efraimitas fugiram dos gileaditas.

E tentando atravessar o Jordão, nos vaus (nos lugares rasos do rio) os efraimitas eram submetidos ao teste da verdade: És tu efraimita?

E depois da resposta a solicitação para pronunciar a palavra: Chibolete. E a pronuncia errada identificava quem era quem.

Quem pronunciava: “Chibolete”, tinha o direito á vida. Mas quem por infelicidade pronunciava: “Sibolete” perdia a vida.

A vida dependia da linguagem, a pronúncia correta: Chibolete a linguagem da vida, do acesso ao outro lado do Jordão.

A morte era o resultado da pronúncia errada: Sibolete. A linguagem ou o sotaque da morte. Dava acesso ao outro lado da vida: o desenlace.

Ainda hoje o jeito de falar e o modo de agir (ou escrever) fazem a diferença entre a vida, a alegria e a morte.

Pedro quando identificado pelo sotaque entrou no redemoinho de tristezas e amarguras sem fim, mas os efraimitas encontraram a morte.

O que levou os efraimitas a perderem a identidade e criarem para si um dialeto próprio foi a separação, a idéia de manterem-se afastados dos demais.

Ao chegarem à terra prometida à tribo de Efraim ficou para trás não atravessou o Jordão com as demais, isto os levou a perder a identidade e à vida.

Ainda hoje quando alguém se isola da Igreja de Cristo, quando alguém fica deliberadamente para trás, deixa de participar com os demais da obra redentora da salvação...

Corre o risco de perder a identidade, de perder a comunhão com os demais, e criar um dialeto próprio.

A quantidade de igrejas e comunidades com dialeto próprio que surgem no Brasil a toda hora reflete a mesma vocação e o mesmo pensamento do efraimitas.

Igrejas e comunidades e denominações, e pessoas separadas do corpo de Cristo têm um sotaque diferente para a mesma doutrina bíblica.

E quando for a hora de atravessar o Jordão da nossa existência veremos quem é quem na outra dimensão: dos salvos ou dos perdidos.

Sibolete é a perda da identidade que conduz à vida.

Chibolete é a garantia do escapar da morte para uma nova oportunidade de vida.

Pedro teve uma nova chance com Jesus. Os efraimitas não. E você? Espera por uma nova chance?

a nova oportunidade de Pedro:

Mc. 16.7
Mas ide e dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai diante de vós para a Galiléia; lá o vereis como ele vos disse. (Mt.26.32).

Avisa a Pedro que ele ressuscitou e vai para a Galiléia.

Havia chegado a hora de Cristo restaurar Pedro do redemoinho de remorsos, tristezas, decepções desânimos e dores por tê-lo traído e assim lhes dar uma nova identidade:

Apascentador de ovelhas. (Jo. 21.17).

Chibolete é a linguagem do salvo. Sibolete é o sotaque do perdido e da morte.

Guganic