SADUCEUS, FARISEUS E CRISTÃOS.
Mt. 3.1-10
Vs.7
E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?
Vs.8.
Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;
Vs.9
E não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.
O texto em apreço nos fala do aparecimento de João Batista no deserto da Judéia, lugar para onde as multidões afluíam para serem por ele batizados.
Para o reino recém chegado à terra, a recomendação primordial anunciada por João para alguém participar do mesmo, era e ainda é: arrependimento.
Assim dizia João Batista: Arrependei-vos, (2) porque é chegado o reino dos céus.
João percebeu que duas classes de religiosos: fariseus e saduceus, (7) também compareceram para serem batizados.
E João os chamou de raça de víboras, talvez pela natureza, pelas atitudes e palavras venenosas proferidas por eles.
Ainda hoje encontramos pessoas no meio evangélico assim: venenosos.
Os fariseus eram a mais severa das seitas religiosas dos dias de João Batista e Jesus.
Formada duzentos anos antes de Cristo orgulhavam-se da vida religiosa que vivia.
Ufanavam-se do conhecimento que tinham das Escrituras Sagradas e achavam que a vida religiosa deles era superior a vida religiosa de outros que não fariseus.
Ainda hoje tem gente assim: a sua denominação, ou a sua igreja é a mais santa, é a mais perfeita, mais fiel, é o “remanescente fiel” como imaginam ser.
Nos dias de Jesus, o judaísmo tinha quatro etnias religiosas, quatro vertentes doutrinárias. E os fariseus era uma delas.
A pompa religiosa, o egocentrismo religioso cresceu tanto, que Jesus os classificou de: hipócritas.
Mt. 23.1
Então falou Jesus à multidão, e aos seus discípulos,
Vs.2
Dizendo: Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus.
Vs.3
Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não fazem;
Vs.13
Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.
Vs.14
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações; por isso sofrereis mais rigoroso juízo.
Quando a santidade é só de palavras e não de atitudes, não é de fatos e direitos o que salta à vista é a hipocrisia fomentada pela letra que mata e não edifica.
Os saduceus eram uma outra seita, dentro do judaísmo.
A diferença entre saduceus e fariseus era gritante.
Os saduceus não acreditavam no que os fariseus acreditavam.
Os fariseus acreditavam na ressurreição dos mortos e os saduceus diziam: os mortos não vão ressuscitar.
Os fariseus acreditavam na existência de anjos e demônios; já os saduceus diziam: anjos e demônios não existem.
Os fariseus acreditavam na ressurreição dos mortos ao soar da trombeta; já os saduceus diziam que os mortos nunca iam ressuscitar.
Os fariseus diziam que Deus ia julgar o mundo em um grande tribunal.
Já os saduceus diziam: Deus não vai julgar o mundo; as pessoas são julgadas na hora que morre.
Quantos hoje, acreditam na existência de anjos e demônios? Quantos hoje acreditam na ressurreição dos mortos ao soar da trombeta de Deus?
Quantos acreditam que haverá um julgamento final? Quem acredita que Deus vai julgar o mundo em um grande tribunal?
Então no fundo, no fundo nós somos todos: fariseus. Pois acreditamos em tudo que eles acreditavam.
E quem não acredita em nada disto? Não acredita na existência do inferno, anjos e demônios... No fundo, no fundo são saduceus.
Logo: fariseus e saduceus: raça de víboras.
Escrevo assim porque não só João Batista (7) como Jesus também os classificou assim: raça de víboras.
Mt. 3.9
E não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.
A impenitência dos judeus permitiu que Deus levantasse uma nova raça, não de víboras, mas de salvos na Pessoa Bendita de Jesus.
Com o machado posto á raiz, (10) das pedras (9) Deus suscitou filhos a Abraão.
Deus excluiu temporariamente os judeus (Rm. 11.8. o profundo sono) e suscitou os gentios crentes, como descendentes de Abraão na fé.
Pela queda deles (Rm. 11.11) veio a salvação para os gentios.
Tivessem os saduceus e fariseus acreditado nas palavras de João Batista e não sofreriam o fogo eterno ou lago de fogo (Ap.20.15) e que alguém hoje em dia acha que não é tão eterno assim.
Mt. 3.10
E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.
Vs.12
Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará.
(Fariseus e saduceus não produzem bons frutos).
Os fariseus eram considerados os ortodoxos e os saduceus os modernistas da antiguidade.
Parece que no meio evangélico da atualidade esta divisão ainda persiste.
Graças a Deus que a divina promessa da salvação não se limita a um povo específico.
Também não se restringe a um grupo de “iluminados” como imaginam os adeptos de certos movimentos heréticos e trajados de evangélicos.
Salvação só em Cristo se alguém nele crer e o tiver como Senhor e não só como salvador.
Pois ele veio buscar e salvar os que se haviam perdido.
Costumam dizer pelo mundo a fora que: para quem está perdido todo mato é caminho.
Mas, para quem está perdido o único caminho é Jesus.
E a minha Bíblia diz que ele é o único caminho é a verdade e a vida.
Guganic