I Ts. 5.21
Examinai tudo. Retende o bem.
Somos ensinados a examinar tudo que pudermos examinar.
Somos aconselhados a examinar as Escrituras, (Jo. 5.39) e somos exortados a examinar a nós mesmos. (II Co. 13.5).
Quando lemos à segunda carta de Pedro (II Pd. 1.19-21) somos avisados que temos mui firme as palavras dos profetas e fazemos bem em estar atentos a elas como a uma luz que alumia em lugar escuro.
É impossível alguém que está em um lugar escuro não perceber um facho de luz que invade a escuridão que o cerca.
Esta semana tomamos conhecimento através da mídia televisiva de uma seita ou uma denominação evangélica onde os membros da mesma prestavam um culto estranho aos princípios bíblicos.
Segundo algumas reportagens veiculadas em um canal de TV de alcance nacional, um “pastor” morreu picado por uma serpente ou por tomar alguma droga (não me recordo o nome) venenosa ou altamente prejudicial à saúde.
Por acreditarem piamente no que está escrito no Evangelho de Marcos (Mc. 16.18.) eles simplesmente colocavam (colocam) como regra de fé, como doutrina normativa aquilo que não é.
Tal prática demonstra uma interpretação de caráter particular.
Todas as heresias, e modismos, e também todas as aberrações doutrinarias são frutos provenientes de interpretações de conveniências ou elucidações errôneas das Sagradas Escrituras.
É evidente que a Bíblia é e deve ser a nossa única regra de fé.
Regra de fé e prática.
Quando lemos Isaias (Is. 34.16) que diz: Buscai no livro do Senhor e lede: nenhuma destas coisas falhará, nem uma nem outra faltará...
Se aplicarmos Is. 34.16 ao que está escrito em Mc. 16.18, certamente seremos dizimados da face da terra.
Is. 34.16 aplica-se ao que está escrito no capitulo 34.
Mc. 16.18, não é doutrina normativa, não é regra de fé.
Ninguém tem que pegar serpentes ou beber coisas mortíferas para provar que tem fé ou que a Palavra de Deus é fiel.
Mc. 16.18
Pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beber não lhes fará mal; (não lhe fará dano algum).
Não está escrito: quando pegarem em serpentes, ou quando beberem coisa mortífera.
Fazer uma ou outra cosia deliberadamente não é fé; é no mínimo, insanidade mental ou arrogância espiritual.
Não é regra de fé pegar serpentes ou beber coisas mortíferas deliberadamente. Nem um asno faz isto deliberadamente.
Quando os filhos dos profetas (II Rs. 4.38-41) descobriam que havia morte na panela e procuraram Eliseu, alguns deles já haviam se alimentado do mesmo (vs.40).
Não o fizeram por exibicionismo ou ostentação de fé e sim por inocência ou falta de conhecimento.
Eliseu sabia disso e colocou o antídoto certo na panela e a fé entrou em ação e comeram depois disto, da mesma panela; e já não havia morte na mesma.
Quando o apóstolo Paulo (At.28.1-5) ajuntava gravetos para uma fogueira na ilha de Malta uma víbora fugindo do fogo prendeu-se-lhe à mão.
Paulo não foi picado por puro exibicionismo ou ostentação de fé e sim por acidente e o Senhor cumpriu nele Mc. 16.18.
Quando lemos “e se beberem” também se aplica às serpentes: “E se pegarem” e não: “quando pegarem” ou “quando beberem”.
Quando a Bíblia diz: que o Monte Sião (Sl. 125.1) não se abala, não é literal, pois a própria terra (Sl.99.1) se abala.
Não está escrito que jamais será abalado e sim que não se abala.
Hb. 12.26
Aquele cuja voz outrora abalou a terra, agora promete: “Ainda uma vez abalarei não apenas a terra, mas também o céu”.
Vs.27
As palavras “ainda uma vez” indicam a remoção do que pode ser abalado, isto é, coisas criadas, (inclusive os montes) de forma que permaneça o que não pode ser abalado.
O Monte Sião de Apocalipse (Ap.14.1) é celestial, assim como o é o Sião de Rm. 11.26 e Hb. 12.22,23.
Hb. 12.22
Mas vocês chegaram ao monte Sião, à Jerusalém celestial, à cidade do Deus vivo. Chegaram aos milhares de milhares de anjos em alegre reunião,
Vs.23
À igreja dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus. Vocês chegaram a Deus, juiz de todos os homens, aos espíritos dos justos aperfeiçoados,
Este Monte Sião não se abala e permanecerá para sempre.
Qualquer milagre que a Bíblia diz que pela fé em o de Jesus pode-se realizar?
Nunca o realizaremos através de uma fé exibicionista; fé em ação não é o mesmo que fé em exibição.
Auto-sugestão, hipnose coletiva, histeria espiritual, fé na fé, não é garantia de um verdadeiro e possível milagre de Cristo.
Guganic