Nm. 32:1
Os filhos de Ruben e os filhos de Gade tinham gado em muitíssima quantidade; e viram a terra de Jazer, e a terra de Gileade, e eis que o lugar era lugar de gado.
Vieram, pois a Moisés (Vs.2) e ao sacerdote Eleazar e disseram:
Vs.19
Porque não herdaremos com eles do outro lado do Jordão, nem mais adiante; porquanto já temos a nossa herança deste lado do Jordão ao oriente.
A caminho de Canaã, a terra prometida, era o destino de todas as tribos de Israel que foram libertas do Egito por Moisés.
Entre eles e Canaã, apenas o Jordão. Rubenitas, gaditas, e a meia tribo de Manassés, escolheram sua herança fora da terra prometida.
Rubenitas, gaditas e manasseitas, fora da terra prometida, simbolizam os crentes (evangélicos) que preferem ficar junto às fronteiras do mundo.
Tais pessoas são taxativas: não se sentem obrigadas a nada na Igreja ou no Reino de Deus.
Vs.5b
Não nos faças passar o Jordão.
A visão das terras de Gileade, Jazer, Atarote, Ninra, Hesbom, Sebã... Atraiu-os tanto, que chegaram a desistirem da promessa de Deus: “Canaã, a terra que manava leite e mel”.
Tem crente assim, que apesar de terem saído de um tremendal de lodo (Sl. 40:2), eles abrem mão da Canaã celeste por qualquer visão materialista e imediatista, ou carnavalesca.
Esta era a visão de Davi, quando disse: O Senhor se inclinou para mim e me ouviu. A visão de um resgatado do Senhor.
Sl. 40:2
Tirou-me de um poço de perdição, dum tremendal de lama; colocou meus pés sobre uma rocha e me firmou os passos.
Davi compara o seu sofrimento ao de um prisioneiro confinado num poço e ao de um viajante atolado num traiçoeiro charco de lama.
Este era o nosso passado: Prisioneiros confinados num poço de misérias; viandantes atolados na lama do pecado.
O medo de Moisés é que eles, rubenitas e gaditas, com tais atitudes viessem a contagiar toda a congregação, levando-os a desistirem da terra prometida.
Replicou Moisés:
Vs.14
Eis que vós, raça de homens pecadores vos levantastes em lugar de vossos pais, para aumentardes ainda (mais) o furor da ira do Senhor contra Israel.
Eles revelaram uma visão imediatista, a mesma visão que possuem os crentes acentuadamente carnais.
Eles não se fixam na promessa vindoura que a salvação em Cristo é e contém.
E com sua visão puramente carnal, os tais arrastam ou tentam arrastar outros para os seus labirintos de miséria, e sofrimentos.
Vs.39
Os filhos de Maquir, filho de Manassés, foram-se para Gileade e a tomaram e desapossaram os amorreus que estavam nela.
Rubenitas e gaditas, com seu péssimo exemplo, contagiaram metade da tribo de Manassés, a não atravessar o Jordão para Canaã. – Preferiram viver fronteiriços á terra prometida.
Geralmente o morador da fronteira fala duas línguas.
Rivera no Uruguai, Santana do Livramento no Brasil, e Pedro Juan Caballero no Paraguai, formam a fronteira tríplice.
Os moradores desta região são chamados de: Brasiguaios!
Bella Union na Argentina, faz fronteira com o Brasil e Uruguai.
Os moradores destas regiões têm comportamentos diferenciados dos demais compatriotas.
Tem ora que eles até perdem a identidade. São uruguaios, mas falam o português.
São argentinos, mais falam o Guarani; São brasileiros, mais falam o castelhano.
E todos falam portunhol. Uma mistura de português com espanhol.
O mesmo se aplica ao crente (O evangélico) da fronteira.
Tudo depende em que lado da fronteira ou país ele está.
Ele assimila fácil, os costumes e a linguagem de onde ele se encontra.
Conclusão, o morador da fronteira tem costumes diferentes e até vive em fuso horário diferente.
Demas, um tipo de crente da fronteira.
II Tm. 4:10
Demas, tendo amado o presente século me abandonou... Diz Paulo.
O morador da fronteira tem facilidade em abandonar, pois ele não cria raízes em nenhum lugar; tudo depende do momento.
A pátria dele é a onde ele se sente melhor e mais à vontade.
O crente “Demas”, ama muito o presente século. Nele não existe preocupação com o futuro espiritual, com a Canaã Celestial; a preocupação dele é o material, é o carnaval.
A fronteira é uma região de perigos, de pequenos e grandes conflitos; geralmente é porta de entrada e saída para contrabandos e contrabandistas.
Moradores da fronteira sempre estão sujeitos a assaltos relâmpagos, e a emboscadas. E sempre falam duas ou mais línguas diferentes.
Uma hora é a língua dos anjos outra hora é a linguagem do mundo: obscenas, perniciosas e comprometedoras.
“Conheço um homem de Deus que foi vítima do Sendero Luminoso pego na fronteira Br/Uru”. Durante quatro anos viveu na selva do Peru como refém. (O Senhor o guardou e o libertou).
Evangélicos da fronteira estão em constante perigo de vida (vida espiritual); para se tornarem refém do pecado é um passo.
O mundo é constituído de duas classes de pessoas: Salvos e perdidos. A Salvação é um decreto permissivo eficaz de Deus.
A salvação é um muro. Uns estão do lado de dentro, outros estão do lado de fora e outros como Raabe, estão em cima do muro.
Salvos são os que estão do lado de dentro deste muro.
É muito perigoso estar fora do país (do muro) quando a fronteira é (for) fechada.
Que não tenhamos a visão dos rubenitas e gaditas, que abriram mãos da promessa de habitar em Canaã e conscientemente fizeram uma escolha errada.
Ainda hoje há evangélicos abrindo mãos da Canaã celeste pelo prazer efêmero de morar na fronteira entre a perdição e a salvação.
Que Deus que nos guarde pelo Seu amor.
Guganic