Henrique
RELIGIAO : Cristão, denominação: Batista Mensagens : 5738 nascido em : 27/01/1961 inscrito em : 09/09/2011 Idade : 63 Localização : São Paulo, capital
| Assunto: O que cremos a respeito do Espírito Santo? Ter 04 Set 2018, 21:44 | |
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O que cremos a respeito do Espírito Santo? Que ele é Deus, coeterno com o Pai e o Filho, e que Deus o concede irrevogavelmente a todos que creem. JOÃO 14.16–17 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós. COMENTÁRIOS AGOSTINHO DE HIPONA Porquanto, quando nosso Senhor soprou sobre os discípulos, dizendo: “Recebei o Espírito Santo”, com certeza desejava que se entendesse que o Espírito Santo não era apenas o Espírito do Pai, nem do próprio Filho Unigênito, pois o mesmo Espírito é, na verdade, Espírito do Pai e do Filho, fazendo com eles a trindade de Pai, Filho e Espírito Santo, não uma criatura, mas o Criador. SAM STORMS É raro o cristão ter dificuldade para pensar em Deus como Pai. Ver Deus como Filho não é problema para muitos. Esses nomes pessoais podem vir facilmente a nós porque nossas vidas e relacionamentos estão inescapavelmente interligados com pais e filhos aqui na terra. Mas, com frequência, Deus como Espírito Santo é uma pergunta diferente. Gordon Fee conta de um de seus alunos que comentou: “Deus Pai faz perfeito sentido para mim, e Deus Filho, eu consigo entender; mas o Espírito Santo é um borrão cinzento e oblongo”.
Como isso é diferente do que lemos nas Escrituras! Ali vemos que o Espírito Santo não é a terceira categoria na Divindade, mas coigual e coeterno com o Pai e o Filho, compartilhando com eles toda a glória e toda a honra devida a nosso Deus trino. O Espírito Santo não é um poder impessoal ou uma energia etérea ou abstrata. O Espírito é pessoal em todos os sentidos do termo. Ele tem uma mente e pensa (Is 11.2; Rm 8.27). Ele é capaz de experimentar afetos e sentimentos profundos (Rm 8.26; 15.30). O Espírito tem vontade e faz escolhas quanto ao que é melhor para o povo de Deus, e o que mais glorificará o Filho (At 16.7; 1Co 2.11).
Vemos até mais da personalidade do Espírito quando ele é descrito como se entristecendo quando nós pecamos (Ef 4.30). O Espírito, não menos que o Pai e o Filho, entra em vibrante e íntimo relacionamento com todos em quem ele habita (2Co 13.14). O Espírito fala (Mc 13.11; Ap 2.7), testifica (Jo 15.26; 16.13), encoraja (At 9.31), fortalece (Ef 3.16) e nos ensina, especialmente em tempos de emergência espiritual (Lc 12.12). Que o Espírito é pessoal, isso se vê porque é possível mentir para ele (At 5.3), insultá-lo (Hb 10.29) e até blasfemá-lo (Mt 12.31–32).
Acima de tudo, o Espírito Santo é o “Espírito de Cristo” (Rm 8.9). Seu papel principal em nós, o templo de Deus em quem ele habita (Ef 2.21–22), é direcionado ao outro, orientado ao outro, enquanto ele ministra conduzindo nossa atenção à pessoa de Cristo, para despertar em nós afeto de coração e devoção ao Salvador (Jo 14.26; 16.12–15). O Espírito Santo se deleita, acima de tudo, servindo como holofote, permanecendo atrás de nós (embora certamente habitando em nós), a fim de focar nosso pensamento e meditação sobre a beleza de Cristo e tudo que Deus é para nós nele e por meio dele.
Ao meditarmos em oração sobre a pessoa e a obra do Espírito, e darmos graças por sua poderosa presença em nossas vidas, fazemos bem em considerar as palavras de Thomas Torrance, que nos lembra que “o Espírito não é apenas algo divino ou semelhante a Deus que dele emana, não é uma espécie de ação distante ou um tipo de presente que se possa destacar de si mesmo, pois, no Espírito Santo, Deus mesmo age diretamente em nós e, ao nos dar seu Espírito Santo, Deus nos dá nada menos que a si mesmo”.
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