Henrique
RELIGIAO : Cristão, denominação: Batista Mensagens : 5737 nascido em : 27/01/1961 inscrito em : 09/09/2011 Idade : 63 Localização : São Paulo, capital
| Assunto: Por que o Redentor tem de ser verdadeiramente humano? Qui 31 maio 2018, 17:56 | |
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Por que o Redentor tem de ser verdadeiramente humano?
Para que, em sua natureza humana, pudesse, em nosso lugar, obedecer perfeitamente a toda a lei e sofrer o castigo pelo pecado humano; e também condoer-se de nossas fraquezas.
HEBREUS 2.17
Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.
COMENTÁRIOS
ATANÁSIO DE ALEXANDRIA Pois o Verbo, ao perceber que, de outro modo, não seria possível desfazer a corrupção dos homens, exceto pela morte como condição necessária; e, como era impossível ao Verbo sofrer a morte, por ser imortal e Filho do Pai; com esse fim, tomou para si um corpo capaz de morrer, ou seja, ao participar do Verbo, que está acima de tudo, ser capaz de morrer no lugar de todos, e, devido ao Verbo que nele habitava, permanecer incorruptível – assim, a corrupção poderia ser cessada para todos mediante a graça da ressurreição. E, ao oferecer à morte o corpo que ele mesmo tomou, como oferta e sacrifício, livre de qualquer mácula, tirou a morte de todos os seus irmãos pela oferta de um equivalente. Por estar sobre tudo, o Verbo de Deus naturalmente, ao ofertar seu próprio templo e instrumento corpóreo pela vida de todos, satisfez a dívida com sua morte. Assim, ele, o incorruptível Filho de Deus, estando unido a todos pela natureza semelhante, revestiu a todos com sua incorrupção, pela promessa da ressurreição.
THABITI ANYABWILE Nós, seres humanos, somos de tal modo caídos, e estamos caídos há tanto tempo, que, na verdade, achamos que somos a medida do que significa ser humano. É surpreendente. Dizemos coisas como “errar é humano”. Sem pensar, começamos a definir humanidade em termos desse erro, dessa condição caída, quebrada, incompleta. Mas, se definirmos a humanidade dessa forma, o que dizer em relação a Jesus? O que fazer com Jesus, que toma sobre si nossa humanidade e, mesmo assim, conforme diz a Bíblia, não tem pecado e não erra?
O que vemos em Jesus é a verdadeira humanidade. O que vemos é sua encarnação, sua vida e o ministério terreno, é o que deveria ser a humanidade, aquilo que Adão foi criado para ser, mas que arruinou com seu pecado e sua queda. Conforme Romanos 5 ensina, o primeiro homem, Adão, peca e, por seu pecado, a morte entra no mundo. Mas agora veio o segundo Adão, um verdadeiro Adão, Cristo, que é o verdadeiro homem. O que Cristo faz em sua humanidade é nada menos que surpreendente. Em sua humanidade, ele oferece a Deus tudo que nós devemos a Deus. Em sua humanidade, em sua perfeita obediência aos mandamentos de Deus, ele oferece a Deus a obediência que nós recusamos dar (e não conseguiríamos dar), devido à nossa natureza caída e pecaminosa.
É absolutamente essencial que o que vemos em Cristo seja perfeita justiça, porque ele supre essa justiça em nosso favor. Toda a justiça de que porventura necessitamos está no Filho de Deus, que tomou sobre si nossa carne, nossa semelhança, nossa natureza humana. Ele não apenas supre positivamente essa justiça, como também, sobre a cruz, nosso Salvador morre e paga a pena devida por essa humanidade. Morre em nosso lugar. Mas nós devemos a Deus não somente a justiça; como, agora, não suprimos essa justiça, também devemos a Deus nossas vidas, nossa morte, nosso sangue. Cristo assume nosso lugar e supre, para Deus, o sacrifício em nosso favor que satisfaz as exigências de justiça de Deus, bem como sua justa determinação de punir o pecado.
Assim, a fim de ser para nós o sumo sacerdote perfeito, a fim de ser oferta perfeita, Jesus tinha de ser um de nós. Teve de tomar sobre si nossa natureza e, nela, demonstrar o que é a humanidade, o que ela foi criada para ser — justa diante de Deus, obediente a Deus, adoradora de Deus em todas as coisas, amando-o plenamente. Ele também demonstra o que a humanidade deve ao pagar a pena de nosso pecado sobre a cruz do Calvário. Assim, por ser esse sumo sacerdote, um sumo sacerdote perfeito, que também se condói de nós, conhece nossos sofrimentos, nossas falhas e nossas provações, e os conhece intimamente, pois os experimentou em nossa carne, ele pode olhar a humanidade com simpatia e representar com perfeição a humanidade diante de Deus.
Assim, foi necessário que em tudo ele fosse como nós, mas sem pecar. | |
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