Henrique
RELIGIAO : Cristão, denominação: Batista Mensagens : 5737 nascido em : 27/01/1961 inscrito em : 09/09/2011 Idade : 63 Localização : São Paulo, capital
| Assunto: A PÁSCOA Qui 13 Abr 2017, 23:12 | |
| . A PÁSCOAPosted on 3 de abril de 2015 by Wilson Porte Enquanto comemos muito chocolate e brincamos com ovos e coelhos (por favor, não sejam radicais demais quanto a isso, ok?!), é pertinente e valioso que nos recordemos de onde vem esta festa.
A páscoa é mais um feriado esperado e comemorado pelos brasileiros. Aliás, em todas as nações de tradição judaico-cristã, a páscoa será lembrada neste final de semana.
O que, no entanto, muitos perderam é o significado real da páscoa. E é sobre o significado desta festa que trataremos neste pequeno artigo.
PESACH (PĚʹ·SǍḤ)
No Antigo Testamento, a Páscoa foi instituída por ocasião da libertação do povo do Egito. O nome “páscoa” vem de pesach (pěʹ′·sǎḥ), palavra hebraica para “passagem”, representando a passagem do anjo da morte sobre o Egito ferindo-o com a 10a praga.
A páscoa era celebrada anualmente com o fim de relembrar a libertação que o Senhor deu ao seu povo. Depois de mais de 400 anos de escravidão no Egito, Deus os libertou em um evento no qual os elementos usados na páscoa estiveram presentes.
A páscoa foi instituída em Êx 12.14:
Este dia vos será por memorial, e o celebrareis como solenidade ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.
Os elementos da páscoa no A.T.
Os elementos usados na celebração da páscoa no A.T. eram o cordeiro, os pães ázimos, as ervas amargas e o sangue. Cada um desses elementos era trazido e utilizado anualmente nas festas de páscoa. Cada um representava e relembrava um ponto para o povo.
O cordeiro representava a redenção e a libertação dadas a Israel. Todos israelitas tiveram de sacrificar um pequeno cordeiro e aspergir seu sangue sobre os umbrais de suas casas a fim de que suas casas não fossem feridas pelo anjo da morte que passaria pelo Egito.
Os pães ázimos representavam a pressa com que os israelitas fugiram do Egito. Quando, finalmente, após a última praga, o Faraó autorizou a saída do povo do Egito, todos abandonaram suas casas com tanta rapidez que, segundo os registros, não houve tempo para que a farinha amassada recebesse o fermento.
As ervas amargas, também conhecidas como alface agreste, representavam a lembrança que os israelitas tinham do tempo em que foram oprimidos pelos egípcios. O tempo de escravidão foi um tempo amargo. No entanto, gastronomicamente as ervas amargas ofereciam um melhor sabor à carne do cordeiro quando comida junto dos pães ázimos.
Por fim, o sangue dos cordeiros representavam a expiação, ou seja, a lembrança de que houve um sacrifício de um animal perfeito aos olhos de Deus, cujo sangue guardou os israelitas do anjo da morte durante a última praga do Egito.
O ritual da páscoa no A.T.
Durante a celebração anual da páscoa, os judeus deveriam preparar e tomar o cordeiro assim como em Êx 12:
Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família.Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então, convidará ele o seu vizinho mais próximo, conforme o número das almas; conforme o que cada um puder comer, por aí calculareis quantos bastem para o cordeiro.O cordeiro será sem defeito, macho de um ano; podereis tomar um cordeiro ou um cabrito;e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o imolará no crepúsculo da tarde.Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem;naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas a comerão.Não comereis do animal nada cru, nem cozido em água, porém assado ao fogo: a cabeça, as pernas e a fressura.Nada deixareis dele até pela manhã; o que, porém, ficar até pela manhã, queimá-lo-eis.Desta maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; comê-lo-eis à pressa; é a Páscoa do Senhor.
Êx 12.3-11
Assim, tomavam para si o cordeiro conforme prescrito no texto, e toda a família participava comendo-o. E, no caso de uma família ser pequena para comer integralmente o cordeiro, deveria se juntar a outra família vizinha. O cordeiro deveria ser macho, de um ano de idade, primogênito e sem nenhuma mancha. Passando por estes requisitos, deveriam ser assados inteiramente e comidos com os pães ázimos e com as ervas amargas.
O ritual da páscoa no N.T.
Quando chegamos ao Novo Testamento, encontramos um paralelo impressionante entre as figuras envolvidas na páscoa judaica e a vida e obra de nosso Senhor Jesus Cristo.
Não há ritual de páscoa no Novo Testamento, tal como houve no A.T.. O que há é o encontro das figuras perfeitas de tudo o que foi simbolizado no A.T.. Vejamos, então, como os símbolos se completam.
O cordeiro no N.T. simboliza o nosso Senhor Jesus Cristo. Ele, em si, é a própria libertação que o povo de Deus tem sobre a escravidão do pecado.
No dia seguinte, estava João outra vez na companhia de dois dos seus discípulos e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus!
Jo 1.35
O cordeiro, na lembrança do judeu, foi o animal do qual veio o sangue que livrou os israelitas da morte. Assim, deveria haver alguma relação entre o sangue dos cordeiros do Egito com o sangue do Cordeiro de Deus envia à terra.
Curiosamente, o Cordeiro de Deus se parecia muito com o cordeiro exigido no A.T.. Ele também foi sem defeito, também foi sacrificado e sangrado sem que seus ossos fossem quebrados (João 19.36).
sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo,
1Pe 1.18-19
E, enquanto o sangue na antiga páscoa era aspergido sobre o altar, o sangue na nova páscoa é aspergido sobre a vida dos convertidos.
Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
1Jo 1.7
Além do cordeiro, temos no N.T. o simbolismo dos pães ázimos associado à pureza, ao pão sem fermento, ou seja, sem o agente de decomposição. O fermento era visto pelos judeus como um símbolo corrupção moral e doutrinal.
Como não compreendeis que não vos falei a respeito de pães? E sim: acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus.
Mt 16.11
Nós nos alimentamos desse pão sem pecado que é Cristo. Alimentados por ele, aprendemos que não devemos viver com pecado em nossas vidas, pois o mesmo naturalmente “fermentará”, crescendo dentro de nós, corrompendo-nos de dentro para fora. Espera-se, na páscoa Cristã, que nos lembremos de nossa santidade.
Com o cordeiro e os pães, junta-se o elemento das ervas amargas. No N.T., estas ervas estão, no pensamento da Igreja Antiga, associadas à amargura que Cordeiro passou em lugar das almas que ele veio para salvar.
Cristo, o Cordeiro de Deus, se fez pecado e maldição em nosso lugar, a fim de que fôssemos feitos benditos de Deus Pai, e justos diante de Deus. Isso custou a amargura e angústia da Cruz.
Por fim, o sangue do cordeiro, no N.T., está associado ao perdão que Deus garante a todo aquele que se arrepender de seus pecados e converter-se ao seu filho amado, Jesus Cristo. O sangue do Cordeiro de Deus foi derramado e aspergido sobre o seu povo com o objetivo desse mesmo povo ser liberto da escravidão ao pecado.
Em Cristo se cumpriu tudo o que o A.T. testamento profetizou sobre o Cordeiro derradeiro. Com o sacrifício do último Cordeiro, teve fim toda legislação judaica sobre a páscoa. Com a morte de Cristo na cruz do Calvário, temos o sacrifício perfeito. Com ele, não precisasse de nenhum outro. Basta que sejamos aspergidos por seu sangue, marcados com Seu Espírito, a fim de que não sejamos destruídos pelo mesmo anjo da morte quando, em sua segunda vinda, vier para julgar a terra.
Celebremos com alegria a páscoa! Nela, nos lembremos de que o Cordeiro de Deus foi enviado para ser sacrificado em nosso lugar, para levar a nossa culpa, e para que seu sangue servisse de livramento presente e futuro uma vez que aspergido sobre nossas vidas.
Que não deixemos de agradecer a Deus e de nos alimentarmos de santidade, honrando aquele que se deu por nós em uma páscoa especial e inesquecível há quase 2.000 anos atrás. | |
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Henrique
RELIGIAO : Cristão, denominação: Batista Mensagens : 5737 nascido em : 27/01/1961 inscrito em : 09/09/2011 Idade : 63 Localização : São Paulo, capital
| Assunto: Re: A PÁSCOA Qua 28 Mar 2018, 18:21 | |
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