IDE E DIZEI O QUE TENDES VISTO
Lc. 7.18-22
Vs.19
E João, chamando dois dos seus discípulos, enviou-os até Jesus, dizendo: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?
Vs.20
E, quando aqueles homens chegaram junto dele, disseram: João batista enviou-nos a perguntar-te: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?
Está escrito: E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos a dizer-lhes: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outros. (Mt.11.2)
João Batista havia encerrado o seu ministério; O fim da sua vida se aproximava, (Mt.14.3) não pela sua idade e sim pelas consequências de ter repreendido Herodes o tetrarca por roubar a mulher do seu irmão Felipe.
Segundo o historiador Flávio Josefo João foi guardado na fortaleza de Maqueros, no litoral norte do mar Morto.
João Batista realizou um ministério triunfante porque o fez no poder do Espírito Santo.
Depois de encerrar um ministério contundente, porém brilhante, João só esperava passar longos anos preso ou morrer de uma morte violenta na prisão, pois não havia mais nada a fazer na terra.
Na cadeia João ouviu falar de Jesus e enviou dois dos seus discípulos para dirimir suas dúvidas a respeito de Jesus. No cárcere, as duvidas de João aconteceram na fraqueza de seu espírito.
Há quem diga que João enviou os seus dois discípulos até Jesus para fortalecê-los na fé em Cristo.
Outros acreditam que acostumado a uma vida ativa no deserto ele não estava suportando sua inatividade da prisão.
Realmente, uma pessoa ativa, tem horror a inatividade; por não ser uma pessoa letárgica, parada.
E na escuridão da inatividade, nas escuras alas da prisão de Maqueros João Batista começava a duvidar que a obra de Jesus fosse do Messias.
É nos dito que João Batista foi adiante do Senhor (Lc.1.17) no espírito e virtude de Elias.
Pois bem: assim como o profeta Elias caiu uma vez em grande desânimo assentado debaixo de um zimbro (I Rs 19.4) pediu a morte, João Batista não pediu a morte mais sujeito as mesmas paixões de Elias, ele desanimou.
Sem duvida alguma, João Batista era sujeito, tanto as mesmas paixões que nós como era Elias. (Tg. 5.17).
Muitos cristãos se enganam pensando que aqueles que hoje estão cheios do Espírito Santo amanhã não pode desanimar, duvidar, cair ou vacilar.
A vida é como uma roda gigante; uma hora nós estamos lá em cima, bem perto do Trono da Graça e da Misericórdia de Deus; outra hora nós estamos lá em baixo onde tudo parece gigantesco e a fim de nos tragar.
João Batista apesar de cheio do Espírito Santo desde o ventre materno caiu em grande dúvida sobre quem era Jesus.
Os maiores filhos de Deus, os homens mais santos e mais consagrados e cheios do Espírito Santo de Deus também falham naquilo em que eles são considerados mais fortes.
Moisés (Nm. 12.3) o homem mais manso de todos os homens que havia na terra não entrou na terra de Canaã (Nm. 20.10-12) por conta de uma manifestação dum espírito de rebelde. – Não falou a rocha-
Abraão o pai de todos que creem (Rm. 4.11) falhou vergonhosamente ao descer para o Egito (Gn.12.11-13) onde Sara foi apresentada como sua própria irmã.
Pedro famoso pela sua coragem e lealdade negou seu Mestre três vezes.
João Batista enquanto pregava no deserto para uma raça de víboras não precisava de provas saber quem era Jesus, pois ele sabia que era o Cristo.
Mais desocupado, sem ter o que fazer no cárcere, com a mente vazia, caiu numa profunda tristeza e num profundo desanimo.
Quer se livrar do desanimo? Ocupe tua via fazendo a vontade de Deus; vá pregar o evangelho a toda criatura; deixe para trás as densas trevas do teu Calabouço do desanimo, da letargia espiritual em que vives ou morra nele.
Os únicos que estão seguros são os que trabalham incansavelmente na obra de Deus.
És tu aquele que há de vir? - Preste bem atenção; Jesus Cristo é o único que sabe distinguir entre a dúvida e a incredulidade.
O que dúvida diz: Não posso crer. O incrédulo diz: Não desejo crer.
João não era incrédulo; João duvidava porque Jesus não cumpria o que ele (João) esperava no grande Messias.
Cristo por outro lado não respondeu com argumentos e palavras persuasivas, mas chamou a atenção dos discípulos de João para Suas obras.
As pessoas são convencidas da verdade que liberta não tanto pelas nossas palavras e argumentos que aduzimos; mais sim, são convencidos pelas obras que fazemos e pelas vidas transformadas.
“Ide e dizei a João (22) o que tendes visto e ouvido”.
Ide e dizei a João, dizei a Maria, a Paulo, a Eduardo; ide dizei a todos que Jesus salva, Jesus batiza com o Espírito Santo e Jesus leva o para o céu.
Dizei ao mundo que só Jesus é o Senhor.
Guganic