O SINAL DO PÃO IMUNDO PARA EZEQUIEL COMER
Ez. 4
O capitulo quatro do livro do profeta Ezequiel trata do cerco da cidade de Jerusalém.
No verso quatro deste capitulo o profeta é orientado por Deus a deitar-se sobre o seu lado esquerdo por 390 dias em um período de cada dia e depois sobre o lado direito (6) por quarenta dias.
Os 390 dias pela maldade de Israel e os 40 pela maldade de Judá.
Com o braço direito a descoberto (7) e envolto em cordas Ezequiel deveria profetizar contra Jerusalém sem poder mover-se de um lado para outro.
É evidente que há nisto tudo uma simbologia a ser explicada e que não tratarei aqui a não ser sobre a comida que ele haveria de comer como sinal da consequência do cerco à cidade e descrita assim:
Vs.9
Toma trigo, e cevada, e favas, e lentilhas, e trigo miúdo, e aveia, e coloca-os numa vasilha, e faze deles pão; conforme os números dos dias que te deitares sobre o teu lado, trezentos e noventa dias comerás disso.
Tanto a comida como a água que o profeta deveria comer e beber (10,11) era regrada, eram sob medida.
Vs.12
E o que comeres será como bolo de cevada, e o cozerás com o esterco que sai do homem, diante dos olhos deles.
O sinal da comida suja e água sob medida indicava a fome e a sede que o povo da terra haveria de passar durante o cerco de Jerusalém.
“E o cozerás com esterco que sai do homem” em nenhum momento isso significa dizer que o trigo, a cevada, a fava, a lentilha e o trigo miúdo deveriam ser misturados com esterco humano ou esterco de um animal.
Era hábito do povo de Ezequiel como ainda é em algumas regiões remotas do interior do Brasil, as pessoas usarem esterco de vacas ou de pombas nos fogões à lenha.(II Rs 6.25)
O povo de Israel mais precisamente tinha o hábito de usar esterco de vacas ou de boi, queimado em cinzas sem o uso do forno.
O que Ezequiel deveria fazer era justamente isto: um fogo usando como combustível esterco humano o que tornaria seu alimento impuro e abominável.
Ainda assim o profeta se recusou a obedecer a Deus (14) e disse que até aquela data nada abominável ou imundo tinha entrado em sua boca. Deus considerou este fato.
Vs.15
Disse o Senhor: Vê, tenho-te dado esterco de vacas, em lugar de esterco de homem; e com ele prepararás o teu pão.
Este sinal era para deixar claro aos judeus que Deus cortaria o suprimento de pão e durante o cerco eles beberiam água com ansiedade e sob medida até que fossem consumidos pelos seus pecados.
Eles haveriam de comer pão imundo (13) entre os gentios para onde seriam lançados por Deus.
Comer pão imundo por peso(16) e com desgosto; e água por medida e com espanto.
Durante o cerco propriamente dito, a fome seria tão severa que alguns até chegariam a matar e cozinhar os próprios filhos. (Ez.5.10).
E isto acontece!
Lm.4.12
As mãos das mulheres compassivas cozeram seus próprios filhos; serviram-lhes de alimento na destruição da filha do meu povo.
Está escrito que os filhos desfalecidos pela fome (Lm. 4.12) perguntavam a suas mães: Onde há trigo e vinho?
Lm. 2.12
Ao desfalecerem, como feridos, pelas ruas da cidade, ao exalarem as suas almas no regaço de suas mães, perguntam a elas: Onde está o trigo e o vinho?
Tudo isto aconteceu, mas Deus não mandou Ezequiel misturar fezes humana ao seu alimento; pelo contrário, reconsiderou o pedido do profeta que nunca provara alimento impuro ou abominável.
Deus deu ao profeta esterco de vaca e não fezes humana como combustível para o fogo.
Nosso Deus não é de confusão nem de coisas erradas.Deus pode até fazer coisas estranhas a nosso ver; mais não coisas erradas.
A comida ou o pão sujo foi o oitavo sinal dado para o povo que o cerco ia acontecer e o cativeiro entre as nações também.
Que Deus tenha misericórdia de nós antes que seja tarde.
Há profundas lições neste texto mais guardarei para mim mesmo.
Guganic