AS PALAVRAS SÃO COMO SEMENTES EM SOLO PROPÍCIO (Parte 1)Ef. 4.29
Não saia da vossa boca nenhuma palavra que cause destruição, mas somente a que seja útil para a edificação, de acordo com a necessidade, a fim de que comunique graça aos que a ouvem. (BKJ)
Devemos levar a sério esta recomendação bíblica; proferindo palavras que sejam úteis para a edificação de quem nos ouve.
Assim como a semente lançada ao solo, tendo achado condições favoráveis germina, cresce e também frutifica, assim são as palavras ditas às pessoas que nos cercam ou nos ouvem.
São dois os tipos de frutos que as palavras podem produzir: Bênçãos ou maldições; edificação ou destruição.
A Bíblia diz que: A morte e a vida (Pv.18.21) estão no poder da língua.
Isto implica dizer que aquele que usa o poder que a sua língua tem de proferir palavras, poderá viver bem se corretamente proferir palavras, que edificam; palavras que constroem.
O contrario disto é viver mal, gerando morte, destruindo vidas, aos poucos e continuadamente.
Biblicamente podemos afirmar que as palavras têm o poder de construir situações tanto favoráveis quanto adversas: bênçãos ou maldições.
Longe de eu querer evidenciar aqui a teoria do “pensamento positivo”; mais a realidade bíblica neste sentido é única: as palavras constroem e as palavras também destroem.
Abençoar é declarar o bem de uma pessoa ou o nosso próprio bem crendo que Deus vai endossar nossas palavras.
Amaldiçoar é simplesmente autorizar que o inimigo de nossas almas venha a exercer a sua autoridade ou sua influência malévola sobre alguém que já amaldiçoamos.
Balaque o rei dos moabitas enviou mensageiro a Balaão com o intuito de este amaldiçoar Israel. Disse Balaque a Balaão:
Vem, pois agora, rogo-te amaldiçoa este povo; (Nm. 22.6) porque eu sei que, a quem tu abençoares será abençoado, e quem tu amaldiçoares será amaldiçoado.
Para que serve uma maldição?
Serve para autorizar o diabo atuar na vida das pessoas que vivem sobre a nossa autoridade seja esta autoridade espiritual, ou paternal/maternal ou familiar ou intelectual.
Também, quando criticamos as pessoas, quando difamamos alguém ou quando murmuramos estamos abrindo esta possibilidade para os demônios conturbar a vida do nosso semelhante.
A recomendação bíblica com relação aos que nos perseguem é: abençoar!
Rm. 12.14
Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não maldiçoeis.
Isto nos leva a entender que até mesmo a maldição proferida contra nossos perseguidores pode levá-los a um resultado mais trágico que a própria perseguição imposta a nós por eles os nossos perseguidores.
Subindo pela estrada de Jericó a caminho de Betel, um grupo de rapazes em uma atitude desrespeitosa para com o profeta Eliseu zombava dele: sobe calvo; sobe calvo! (II Rs 2.22,23)
Eliseu olhando para trás os viu e os amaldiçoou por conta da irreverência deles.
A Bíblia não registra qual maldição foi impetrada; mais registra que quarenta e dois deles foram despedaçados por duas ursas ferozes.
Há pessoas que vivem se amaldiçoando e amaldiçoando as pessoas.
Quando alguém se declara um (perfeito) idiota, quando alguém se declara um azarado,quando alguém se declara incapaz de vencer na vida, ou ainda:
Acha-se um frustrado na vida e confessa tudo isto tomado pela ira ou penalizado de si mesmo está autorizando os demônios a conturbá-lo.
Segundo a Bíblia aquele que ama a maldição é apanhado por ela; quem não quer a bênção esta se afasta dele.
Sl. 109.17
A maldição que ele tanto amou, veio sobre ele; a bênção, a que ele não deu preferência, dele se afastou.
Há pessoas que têm a prática doentia de depreciar os outros por conta da aparência; se é muito magra, ou muito gorda, muito alta ou muito baixa; criticam o modo de andar ou de falar; se o cabelo é duro ou loiro e etc.
Os olhos destas pessoas só vêm defeitos e suas criticas causam mal-estar.
Tais pessoas só sabem provocar a ira dos demais, pois as suas palavras são como aguilhões afiados, maldizentes inveterados que rejeitam as bênçãos em troca das maldições que tanto ama impetrar aos outros.
Está escrito (Ec.7.20) “que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque”. – O povo baiano costuma dizer: não há bom que não tenha defeito – Isto é uma realidade.
Por outro lado assim como devemos ter cuidado com o que falamos ou com as palavras que proferimos, também devemos ter os mesmos cuidados com as palavras que ouvimos ou que falam da gente; falam ao nosso respeito.
Está escrito: (Ec.7.21) “Não apliques o teu coração a todas as palavras que se disserem para que não venhas a ouvir o teu servo amaldiçoar-te”.
Isto quer dizer que se eu tenho a curiosidade em saber as conversas alheia e sou melindroso, posso ficar ofendido quando alguém até sem perceber a minha presença pronunciar alguma maldição contra mim.
No instante que eu me sentir melindrado por conta da minha curiosidade em saber sobre a conversa alheia e ofendido eu ficar, meu coração irá me lembrar que eu também com palavras já ofendi a alguém na ausência dele.
Ec. 7.22
Porque o teu coração também já confessou que muitas vezes tu amaldiçoaste a outros.
Ou seja, aquilo que eu fiz para alguém, agora alguém está fazendo comigo.
Por isto devo ser paciente e compreensivo a fim de evitar desentendimentos e tristezas impregnando o ambiente ou a relação que temos com palavras chulas e de conotações fúteis que só irão piorar o clima entre nós.
Tudo porque nestas situações buscamos ofensas e palavras antigas e malditas que só servirão para azedar ainda mais o presente.
Pessoas ofendidas gostam de visitar o passado para amargar o presente ainda mais.
Está escrito que a resposta branda (Pv.15.1) desvia o furor mais a palavra dura suscita a ira.
Palavras ásperas, palavras impiedosas, palavras ditas ou escritas quando semeadas germinam e produzem grandes estragos.
Não são poucos os lares, não são poucas as famílias, não são poucas as amizades que tiveram um fim catastrófico por conta de palavras ofensivas, pejorativas, irrefletidas e carregadas de maldições.
Segundo a Bíblia por nossas palavras seremos justificados ou condenados.
Mt.12.36
Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo.
Vs.37
Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.
Veja que poder as palavras tem; elas têm o poder de alimentar ou anular as ações de Satanás contra nós mesmos ou contra alguém.
Para prevenir-se de pecar pela maledicência ou até mesmo amaldiçoar outras pessoas o salmista com singeleza e sinceridade de coração pediu a Deus que colocasse uma guarda na sua boca um vigia para seus lábios.
Sl. 141.3
Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios
Davi não queria que seus lábios fossem uma fonte de maldição e suas palavras instrumentos de desgraças e destruições.
Davi preferia ficar calado a ofender alguém, pois sabia que as palavras podem tanto aproximar como afastar as pessoas uma das outras.
Muitas pessoas vivem cercadas de pessoas e são solitárias, pois seus lábios são fontes de maldições.
Outras também solitárias e de poucos pouquíssimos amigos vivem assim porque suas palavras proferidas são sementes de discórdias, e, os poderes de suas línguas são destruidores de amizades e relacionamentos.
Que Deus tenha misericórdia de nós.
Na segunda parte desta mensagem falaremos sobre palavras que produzem bênçãos.
Guganic