AVISO AOS NAVEGANTES.
Jó.34.14,15.
Jó. 34.14
Se Deus pensasse apenas em si mesmo, e para Si recolhesse o seu Espírito e o seu sopro.
Vs.15
Toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria para o pó.
Esta declaração bíblica pronunciada por Eliú, nos traz esperança e nos traz uma relativa e substancial tranqüilidade.
Há um hino avulso e muito antigo, (desconheço o autor) que era cantado nos meios evangélicos e que dizia assim:
“Nossa vida aqui é como a de um navegante; viajando nas trevas de uma noite de um mar de furor...”.
Pergunta a um navegante, a um viajor dos mares, um marujo, o que é passar uma noite de trevas em mar aberto em busca de um porto seguro.
O apostolo Paulo viveu esta experiência, (At.27) e confessou:
“E não aparecendo, havia já alguns dias, nem sol, nem estrelas, (At.27.20) caindo sobre nós grande tempestade, dissiparam-se afinal toda esperança de salvamento”.
É isto que a trevas nos causam: desesperança.
Mais ainda bem que Deus pensa em nós e podemos cantar o nosso “Benedictus”, como Zacarias cantou o seu:
“Graças a entranhável misericórdia de nosso Deus (Lc. 1.78,79.) pela qual nos visitará o sol nascente das alturas, para alumiar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, e dirigir os nossos pés pelo caminho da paz”.
Este cântico magnífico termina nos infundido esperança e confiança para temos e vivermos em uma vida iluminada.
Porque sem Cristo em nossas vidas só nos resta às trevas de uma longa noite de um mar de furor.
Quem está longe de ser apanhado pelas trevas do medo, pelas trevas do desânimo, pelas trevas das adversidades que surgem inesperadamente em nossos caminhos?
Está escrito que nos dias de Acaz (Is. 7.1,2) filho de Jotão, deu-se aviso á casa de Davi:
Is. 7.2
A Síria está aliada com Efraim. Então ficou agitado o coração de Acaz e o coração do seu povo, como se agitam as árvores do bosque com o vento.
A agitação de Acaz e seu povo não era uma demonstração de alegria nem de esperança por dias melhores e sim de medo e apreensão por dias piores.
Os inimigos da casa de Davi haviam se organizado para tomar de assalto a terra de Emanuel; e a terra de Emanuel não pode ser invadida se não for por permissão do próprio Deus.
Is. 7.7
Assim diz o Senhor Deus isto não subsistirá, nem tampouco acontecerá.
Se dependesse só de Acaz, toda Judá seria destruída, porque Acaz confiava mais no poder do homem, do que no poder de Deus.
Deus na estava agindo só por causa do medo de Acaz, e sim por causa da promessa feita a Davi:
II Sm. 7.16
Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre.
Vs.17
Conforme a todas estas palavras, e conforme a toda esta visão, assim falou Natã a Davi.
Não foi a Acaz, mas à casa de Davi que Deus fez a promessa de proteção.
No maravilhoso capitulo dezessete do evangelho de João, a intercessão do Filho de Deus por nós, trata justamente da nossa segurança pessoal, física e espiritual.
E se Deus nos guarda não é pelo que somos, mas pelo o que Cristo é para nós e em nossas vidas: nosso Porto Seguro.
Jo. 17.15
Não peço que os tire do mundo; e, sim, que os guarde do mal.
Vs.20
Não rogo somente por estes (os discípulos), mas também por aqueles que vierem a crer em mim por intermédio da sua palavra.
Antes de partir deste mundo para o Reino da sua glória Cristo firmou com Deus um acordo de paz e proteção para nós que cremos nele como diz as Escrituras.
Este acordo de paz e proteção não perde a validade, pois não foram firmados por nós e sim por Cristo diretamente com Deus.
A Acaz na pessoa do profeta Isaías, Deus sugeriu que ele pedisse um sinal (Is. 7.10,11) quer embaixo nas profundezas ou em cima nas alturas.
Is. 7.12
Acaz, porém, disse: não, o pedirei nem tentarei ao Senhor.
Apesar de ser uma resposta aparentemente mansa e piedosa, Acaz continuava pretendendo confiar no rei da Assíria.
II Rs. 16.7
E Acaz enviou mensageiros a Tiglate-Pileser, rei da Assíria, dizendo: Eu sou teu servo e teu filho; sobe, e livra-me das mãos do rei da Síria, e das mãos do rei de Israel, que se levantam contra mim.
Vs.8.
E tomou Acaz a prata e o ouro que se achou na casa do Senhor, e nos tesouros da casa do rei, e mandou um presente ao rei da Assíria.
Vs.9
E o rei da Assíria lhe deu ouvidos; pois o rei da Assíria subiu contra Damasco, e tomou-a e levou cativo o povo para Quir, e matou a Rezim.
Só que Deus usando poderosamente o profeta Isaías predisse bem claro para Acaz que tipo de amigo a Assíria haveria de ser: amigo da onça.
Is. 7.17
Porém o Senhor fará vir sobre ti, e sobre o teu povo, e sobre a casa de teu pai, pelo rei da Assíria, dias tais, quais nunca vieram, desde o dia em que Efraim se separou de Judá.(Ler até o 25).
Se alguém prefere confiar em carros ou em cavalos, confiar em políticos ou quem se diz muito amigo, deve ficar ciente que maldito é o homem que confia no homem, mais do que no Senhor.
Jr.17.5
Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!
O aviso está dado acredita e obedece quem quiser.
Por não pensar apenas em si mesmo (Jó. 34.14) é que Deus nos permite escrever mensagens como esta; só para livrar-nos do mal das trevas de um mar de furor.
Guganic