QUANDO A APOSTASIA SUBSTITUI A FÉ ( Parte 1)
Jz. 17.
Vs.12
Consagrou Mica ao moço levita que lhe passou a ser sacerdote; e ficou em casa de Mica.
Vs.13
Então disse Mica: Sei agora que o Senhor me fará bem, porquanto tenho um levita por sacerdote.
Mica era um homem (vs.1) da região de Efraim que havia se apropriado indevidamente de mil siclos de prata, pertencentes à sua mãe.
Por causa da prata desaparecida da sua própria casa (vs.2) a mulher deitava maldições para todos os lados.
Incomodado por tal atitude, Mica resolveu confessar e devolver os valores tomados indevidamente com um ar de honestidade que não possuía.
A mãe de Mica até louvor ao Senhor pela devolução recebida e pela atitude altaneira do filho: Bendito do Senhor seja meu filho!
E com um pensamento muito desordenado, e vivendo numa esfera de confusão mental e religiosa ela disse:
De minha parte (como ela dava o dinheiro como perdido), disse: dedico este dinheiro ao Senhor para meu filho fazer uma imagem de escultura. (vs.3).
Quando a apostasia substitui ou toma o lugar da verdadeira fé, os valores espirituais e morais são invertidos e os resultados funestos.
Mica não aceitou todo o dinheiro (aparentemente) consagrado ao Senhor; (vs.4) mas pegou parte dele: duzentos siclos de prata.
Dos duzentos siclos o ourives fez deles uma imagem de escultura que ficava na casa de Mica, (vs.4) e uma fundição.
Está escrito: Mica veio a ter uma casa de deuses; fez uma estola sacerdotal e ídolos do lar (vs.5) e consagrou um de seus filhos para que lhes fosse por sacerdote.
Esta situação nos lembra muito algumas denominações, igrejas e ministérios e “comunidades” da atualidade.
Onde a confusão religiosa por força da apostasia, e da veneração pelo dinheiro, já se instalou.
Hoje, obreiros sem genealogia espiritual têm sido consagrados ou separados para ministrarem nas casas de Micas, como se as mesmas fossem a casa do Senhor.
Está escrito que naqueles dias não havia rei em Israel: cada qual (vs.6.) fazia o que achava ou imaginava ser mais reto.
Uma das características da apostasia, uma de suas marcas bem registradas é justamente o desgoverno; na casa de Mica cada um faz o que quer. As igrejas estão infestadas deste tipo de obreiro.
E se não for assim os tais se rebelam, e logo abrem as suas arapucas espirituais ou boca de porco.
Geralmente dão um nome bíblico a elas e começam a depenar o povo com curas e campanhas fantasiosas tingidas de santidade e “poder”, que não vêm do alto como no dia de Pentecostes veio.
Está escrito que um moço de Belém de Judá, (vs.7) da tribo de Judá, que era levita, resolveu partir da cidade de Belém de Judá para ficar onde melhor lhe parecesse.
Ficar onde melhor lhe parecesse: Busca de comodidade a meta deste moço.
Hoje também tem muita gente como este moço. A fé virou cabide de emprego para muita gente que conheço.
Lideranças espirituais sem genealogia espiritual e moral.
Seguindo o seu caminho o moço levita (vs.8.) chegou à região montanhosa de Efraim, e justamente, até à casa de Mica.
E Mica, curioso como à maioria das pessoas da atualidade o são, ávido por bisbilhotar a vida do moço, como muitos bisbilhoteiros de hoje são, começou seu interrogatório: Donde vens! (vs.9).
E o moço todo auto-suficiente respondeu: Sou levita de Belém de Judá e vou ficar onde melhor me parecer.
Todo aventureiro é auto-suficiente; eles sempre acham que tem melhor percepção espiritual do que outros.
Melhor para eles é tudo que lhes parece bem; O aventureiro sempre sabe que a casa de Mica deve ser o ponto de partida para seu ministério de flibusteiro (pirata) da fé.
A casa de Mica tem sido o melhor estágio para voos mais altos para quem almeja ser mestre na arte de ludibriar a fé alheia e também suplantar seus instrutores de “malandragem” espiritual.
Se até agora meu caro, você não entendeu esta mensagem, vou te doar um conselho: liga a TV a qualquer hora do dia ou da noite e você terá uma percepção melhor do que estou escrevendo aqui.
Disse Mica ao levita de Judá: Fica comigo e sê-me por pai e sacerdote (vs.10) e moço ficou. Mas não de graça.
Mediante uma voluntariosa oferta de dez siclos de prata, mas vestuário e sustento de pão? O aventureiro da fé não titubeou.
Resolveu ficar e foi como um dos filhos (vs.10) de Mica: O ladrão e idolatra da região montanhosa de Efraim.
Conveniência pessoal é uma pratica na vida dos aventureiros da fé.
E os que o seguem o fazem através de uma fé supersticiosa.
É por isto que eles inventam campanhas de quebra de maldições, vendem óleo ungido ou da unção, canetas da prosperidade, reunião dos trezentos e dezoito.
Ungem e consagram águas de procedência duvidosa, sobem morros com livros gigantescos nas costas com nomes fictícios de pessoas com uma fé erodida pela apostasia.
Tudo por causa do vestuário, do pão e dos ciclos ou remessas de dólares e reais que Mica tem liberado para eles.
A historia de Mica termina assim: Sei que o Senhor me fará bem (vs.13) porque tenho um levita como sacerdote.
Tem igreja que não tem pastor, mas tem guru. Não tem unção mais tem ação: assalto a mão armada em nome da fé.
Tenho visto pessoas na liderança de determinadas organizações, ou melhor, grupos religiosos, que são um acinte aos verdadeiros pregadores do evangelho de Cristo e Sua obra.
Mas eles estão lá porque lhes parece bem ou bom e não certo; mas o “cascalho” a “grana” a “prata” é boa e garantida.
Os supersticiosos, os da fé erodida estão lá também para garantir a “bufunfa” de cada um deles.
Pois estes os da fé erodida, quando tomados pela emoção que a auto-sugestão espiritual proporciona, são levados a contribuir e contribuem impensadamente.
Contribuem sem saber no que e para quê. E a casa de Mica vai ficando cheia, e as contas bancarias dos aventureiros também.
Casa de Mica é casa de Mica e casa do Senhor é casa do Senhor.
Aguardem a segunda parte desta mensagem que brevemente estarei escrevendo e postando aqui se o Senhor me disser que sim.