MEU CRISTO !!!
Neste mundo há muitos Cristos: de várias cores, de vários tamanhos.
Cristos feitos, Cristos inventados, Cristos moldados, Cristos deformados, Cristos tristes, Cristos desfigurados.
Há Cristo para cada gosto, cada interesse, cada objetivo, cada projeto.
Há o Cristo das belas artes: um motivo, como tantos outros, para expressar uma forma, ou exibir uma escola pelo próprio homem criada.
É Cristo para se ver, apreciar ou criticar, para exaltar o autor, seu talento sua invencionice.
É um Cristo despido de autoridade, sem expressão, sem divindade.
Há o Cristo da literatura, da prosa, do verso, da forma, do estilo, do livro famoso, do "best-seller".
É um Cristo pretexto, que serve de texto, dentro de um contexto,
que ajuda seu autor a faturar mais, e ser mais lido e procurado.
Há o Cristo das cantigas: deturpado, maltratado, irreverentemente tratado.
Aparece na crista das ondas, estoura nas paradas, é cantado nos salões, e circula, aos milhões, como mercadoria, para enriquecer as empresas.
É um Cristo de algibeira, fabricado como produto de consumo.
Há, até, o Cristo do cinema e do teatro.
Sucesso de bilheteria...
É a explosão da arte moderna fazendo a caricatura da maior personagem da história.
É o Cristo musicalizado, encenado, maquinalizado.
É Cristo para espetáculo, para os olhos, para os ouvidos, para o lazer
e a higiene mental.
Há o Cristo do crucifixo: de pedra, de mármore, de madeira, de metal...
É Cristo para a parede, para o colo da mocinha, para o peito piloso do rapaz excêntrico.
É apenas ornamento, ou simples decoração.
Embora alguns lhe prestem culto, ele não vê, não ouve, não entende.
Há o Cristo dos teólogos: difícil de entender, complicado.
É Cristo para eruditos, para cultos, privilegiados.
É só para ser discutido, dissecado, analisado, e aceito intelectualmente.
Não modifica, não transforma, não regenera, não muda.
É Cristo-aristocrata, de elite.
Há, também, infelizmente, o Cristo de certos cristãos, que ainda o tem no túmulo.
É Cristo crucificado, morto e sepultado, e ainda conservado na tumba dura e fria.
É um Cristo que não vive, porque seus adoradores ainda estão mortos, e não despertaram para uma vida nova, a vida do próprio Cristo, da qual, lamentavelmente, ainda não se apossaram.
O MEU CRISTO não é nenhum desses.
O meu Cristo é o Filho de Deus, que foi encarnado, viveu, sofreu, foi condenado, morto e sepultado, por causa de meus pecados.
O meu Cristo não ficou preso na sepultura escura.
Ele ressuscitou, subiu aos céus.
E reina, à direita do Pai.
O meu Cristo é respeitado, admirado, cultuado, adorado, porque está vivo, bem vivo!
O meu Cristo vive nas palavras que proferiu.
O meu Cristo vive nos ensinos que deixou.
O meu Cristo vive nos atos que praticou.
O meu Cristo vive na obra que realizou.
O meu Cristo vive nas almas que Ele salvou.
O meu Cristo vive, eu sei bem disso, e não tenho nenhuma dúvida, o meu Cristo
VIVE EM MIM!
Rev. Thiago Rocha