Estaremos a partir de hoje tratando de um assunto que creio ser do interesse de muitos: a Bíblia, o amor e a sexualidade.
Abordaremos este assunto sem ter a ideia de levar alguém ao constrangimento.
Deixando claro que a Bíblia trata da sexualidade humana e não da pornografia que muitos pensam ou acreditam nela registrada.
Sexo segundo a palavra de Deus e de acordo com a palavra de Deus é uma bênção, ao contrário da pornografia que é uma maldição.
Como vocês poderão constatar na leitura que farão dos meus escritos aqui sobre este assunto: Não escrevi tudo, mas escrevi muito na medida do possível, espaço e tempo.
Boa leitura e bom proveito a todos que percorrerem os olhos neste tema palpitante, para uns e até indiferente para outros.
Guganic
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A BÍBLIA, O AMOR E A SEXUALIDADE.
I Co. 13.1-8.
Se não tiver amor (vs.1) serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Se não tiver amor (vs.2) nada serei. Se não tiver amor (vs.3) nada disso me aproveitará.
Por três vezes o apóstolo Paulo deixa claro que a importância da vida, a importância do ser ou do existir, o que gera bom proveito à vida, é justamente o amor.
Sem o amor nada é como deveria ser. O amor é maior do que a esperança, (vs.13) e a própria fé.
Vs.13
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, e o amor, estes três: porém o maior destes é o amor.
Portanto, vamos começar a falar do amor, sobre o amor, com muito amor e bastante clareza.
Enquanto na língua portuguesa o vocábulo “amor”, geralmente vem acompanhado de um complemento como: amor de mãe (materno), amor de pai, (paterno) amor livre, amor decadente...
Criando assim uma infinidade de “amores”, no grego o “amor” é definido em apenas três palavras: Ágape, Eros, e Philéo.
Eros é o amor entre pessoas do sexo oposto (homem e mulher) que é o objeto corretamente desejável. Este amor envolve a atração física entre os casais.
Ágape é o, amor de Deus, é o amor de Cristo por nós, que não arde em ciúmes, não exige retorno, é o amor que perdoa e tudo suporta, e não é inconveniente.
É este amor que é maior que a fé e a esperança; ele é benigno, é paciente, não se alegra com a injustiça e regozija-se com a verdade.
Se Deus tiver a permissão (Rm. 5.5) de derramar este amor em nossos corações, teremos as mesmas atitudes de Cristo para com as pessoas. (I Jo. 4.7-11).
Deus só pode ser conhecido por aqueles que vivem em amor.
Se nos amarmos Deus permanecerá em nós e seu amor em nós nos aperfeiçoará.
Neste sentido, não precisamos encontrar a pessoa perfeita para amá-la, mas reconhecermos perfeitamente as suas imperfeições.
O amor Eros é fundamental para nossas vidas; é este amor que envolve a atração física, e de caráter libidinoso.
Ele retrata também o amor de Deus por nós. Se Deus não tivesse colocado este amor em Adão e Eva, o “crescei e multiplicai”, com toda a fecundidade de ambos, estaria em risco.
Este amor (Eros) deve ser monitorado pelos bons princípios morais, espirituais e pela própria palavra de Deus para não partirmos para a promiscuidade.
Pois o amor Eros não tem a mesma característica nem a mesma finalidade do amor Ágape.
Eros é o amor que nada perdoa, é ciumento, possessivo, às vezes inconveniente e mata.
O amor Philéo, é o amor-amizade, sem fins libidinosos e sem as características (em parte) do amor ágape. Jo. 11.5
O amor Philéo não é uma barreira que impede aos que possuem este amor, mudar o nível da relação e passarem para o estagio: Eros.
Neste caso, o amor Philéo, continua sendo generoso, dedicado, altruísta, totalmente entregue, e que por vezes não se importa de abrir mãos de certas vontades para satisfazer ao ser amado.
O amor Philéo, investe constantemente no relacionamento.
Investe até mesmo quando não está sendo correspondido; no seu limite máximo, ele é capaz de abrir mão do parceiro, se ele achar ou acreditar que este parceiro será mais feliz com outra pessoa.
Recapitulando: o amor Philéo é amor-amizade; mas se houver uma relação íntima o estagio muda para o amor Eros. E poderá continuar: Eros Philéo, ou Philéo Eros.
O amor Philéo é uma forma incondicional de se amar. Com sexo ou sem sexo entre os parceiros, (ele) ou eles se amam.
Pode um ser do mesmo sexo se amar? Sim pode.
E isto não é homossexualismo?Não.
Como citei antes: O amor Phileo, é o amor-amizade, sem fins libidinosos e sem as características (em parte) do amor ágape.
No amor Philéo a libido ou o instinto sexual é nulo; Já no amor Eros a libido, ou a “fome” ou o desejo pela relação sexual é explicita.
Está escrito que a alma de Jônatas (I Sm. 18.1-3) se ligou com alma de Davi e Jônatas o amou, como à sua própria alma.
Esta forte amizade é que é o amor Philéo, onde o sexo não é parte integrante nem a base da amizade.
Dificilmente quando pessoas do sexo oposto (moço e moça) têm uma verdadeira amizade, são realmente amigos, (não sendo por conta de drogas) vão para a cama com segundas intenções.
Obs.: eventualmente podem ir, pois toda regra tem uma exceção.
Está escrito (Rt. 1.14,15) que Rute se apegou a Noemi, ao ponto de aceitar o Deus de Noemi a ser o seu próprio Deus.
E acrescentou: Onde quer que morreres, (Rt.1.17) morrerei eu e aí serei sepultada. O amor Philéo é o amor da lealdade.
Já o amor Eros se não for em conjunto com o amor Philéo ele é o amor das infidelidades e das traições.
Depois (na próxima mensagem) explicaremos minuciosamente o porquê de este amor ser o amor das traições, infidelidades e adultérios.
Fala-se também do amor Storge. Diz-se do amor que valoriza a confiança mútua, e que se busca o entrosamento e os projetos são compartilhados.
Neste amor os amigos tendem a namorar e este namoro não tende a ter relacionamentos muitos calorosos; são namorados amigos, e que revelam satisfação com a vida afetiva que têm.
Quem tem ou vive as nuances deste amor prefere mais seduzir e cativar, mantendo assim um relacionamento mais tranqüilo, duradouro e eficaz.
Para a constituição de família ele é um ótimo amor, daí ser chamado de o amor da família ou familiar: Storge que é também o nome da divindade grega da amizade.
O amor Philéo e até mesmo o amor “Storge”, estão em um nível mais elevado em relação ao amor Eros; esta elevação do amor Philéo e Storge, ultrapassa o corpo e se dirigem a alma.
Este tipo de amor (Philéo) é senhor de si, é gentil e ainda se multiplica em delicadezas.
Também aceita com alegria os sacrifícios inevitáveis, coisa que o amor Eros não ver com bons olhos.
Encerramos aqui a primeira parte deste tema.
Na próxima lição falaremos sobre o amor não fingido.
Boa leitura a quem se sentir atraído poelo tema em questão.
Guganic.
Desejando opinar sobre o tema faça-o aqui.
A BÍBLIA, O AMOR, E A SEXUALIDADE. I Co.13.1-8. Parte 1.Sua participação aqui.