Henrique
RELIGIAO : Cristão, denominação: Batista Mensagens : 5737 nascido em : 27/01/1961 inscrito em : 09/09/2011 Idade : 63 Localização : São Paulo, capital
| Assunto: ESCOLA BÍBLICA. Abril 2013 - O Verdadeiro Evangelho. Quarta parte: O maior problema das escrituras. Qui 18 Abr 2013, 02:33 | |
| Quarta parte O MAIOR PROBLEMA DAS ESCRITURAS Sabe o que é um dilema? Uma situação envolvendo uma escolha entre alternativas igualmente insatisfatórias. Um problema aparentemente incapaz de ser resolvido satisfatoriamente.
Hoje tudo que farei será lançar um dilema. Uma pergunta a ser respondida no próximo capítulo. Nossa questão está no livro de Provérbios, onde encontramos o maior problema filosófico e teológico da Escritura.
O que justifica o ímpio (perverso), e o que condena o justo, tanto um como o outro são abomináveis ao SENHOR. Provérbios 17:15
“Abominação” é provavelmente a palavra mais forte que temos na Escritura. Não há nada mais horrível, odiável diante de Deus. O que é odiável neste versículo é justificar o perverso e condenar o justo – ambas são odiáveis a Deus.
Mas o versículo 24 de nosso texto principal diz: “sendo justificados”. Deus nos justifica mesmo sendo um povo injusto, como já vimos. Vejam o problema, qualquer que justificar um homem perverso é uma abominação para Deus, mas nós, há pouco nos regozijávamos no fato de Deus nos justificar, mesmo sendo homens perversos (pecadores).
Se Deus disse que qualquer um que justifica o perverso é uma abominação, então como nos justificar, sendo nós perversos, sem Ele mesmo se tornar uma abominação?
Ora se Deus não pudesse perdoar o iníquo, todos nós pereceríamos, porque a escritura declara: “todos pecaram” Rm 3.23 E que o “salário do pecado é a morte” Rm 6.23
Mas Deus nos justifica, já vimos isto, como permanece justo? Eis o dilema. Se Deus é justo, Ele não pode perdoar você. Não pode tratar justo e ímpio do mesmo modo.
Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra? Gênesis 18:25
Alguém pode argumentar: se a Escritura nos ordena a perdoar livremente, então por que seria errado Deus fazer o mesmo?
Em primeiro lugar, Deus é um ser de valor infinito. Mesmo a menor forma de rebelião é um crime gigantesco contra sua pessoa, um ataque a própria ordem de criação.
Vejam estas palavras de John Piper: “a gravidade do pecado origina-se de que diz acerca de Deus. Deus é infinitamente digno de ser honrado. Mas o pecado diz o oposto. O pecado diz que existem coisas mais desejáveis e mais dignas. Até que ponto isto é grave? A gravidade de um crime é determinada, em parte, pela dignidade da pessoa e do cargo que está sendo desrespeitado. Se a pessoa for infinitamente digna, infinitamente ilustre, infinitamente querida e ocupar um cargo de infinita dignidade e autoridade, rejeitá-la é um crime infinitamente ultrajante. Portanto, merece um castigo infinito. A intensidade das palavras de Jesus aceca do inferno não é uma reação exagerada a pequenas ofensas. As palavras de Jesus são um testemunho ao infinito valor de Deus e a desonra ultrajante do pecado humano”
Um ato de injustiça tão grande sendo cometido contra um Ser tão santo não pode simplesmente ser varrido para baixo do tapete.
Em segundo lugar, Deus é justo, e o Seu amor é justo. Deus não pode amar injustamente, assim como Ele não pode amar a injustiça. Não há contradição no caráter de Deus. Ele deve ser ao mesmo tempo justo e amoroso.
Já ouviu dizerem algo parecido com esta frase: “Deus poderia ser justo com você, mas, ao invés de ser justo, Ele foi amável”. Sabe o que isto significa? Que o amor de Deus é injusto! Dizem também: “O grande amor de Deus por você fez ignorar Sua própria justiça e pecar para salvar você”.
Este é justamente um problema: como Deus pode ser justo e ao mesmo tempol, o justificador de homens pecadores?
Volte no tempo, imagine o tempo da escravidão, imagine que você fosse um escravo. Então você rouba seu amo, seu dono e foge. A punição para escravos que roubam é a morte, esta é a lei. Então é finalmente capturado e levado de volta ao seu dono, seu crime é inegável e sabendo seu destino só lhe resta cair de joelhos e clamar: ”seja propício a mim. Seja misericordioso!” Se seu dono desejar salvar sua vida terá um problema, a lei cobra a morte do ladrão. A justiça pede que o escravo morra. O que está acontecendo é um pedido para que o dono do escravo desobedeça a lei, feche os olhos para a justiça e deixe o escravo viver com seu pecado.
Olhe para nossa cultura, ela não é baseada atualmente na justiça, concorda? Nós somos povo de lábios impuros, bebemos iniquidade como se fosse água.
Deus deve ser justo não porque está sujeito a alguma lei, mas por ser justo. É isto que a Escritura ensina, Ele é um Deus justo. Não pode cometer injustiça nem mesmo em nome do amor. O amor de Deus é santo, o amor de Deus é justo. Então a pergunta continua: como pode ser justo e justificar o pecador?
Em terceiro lugar Ele é juiz de toda terra. É seu dever garantir que a justiça seja feita e que o mal seja punido. Não seria adequado para o Juiz celestial perdoar o ímpio mais do que seria para um juiz terreno perdoar o criminoso que está diante dele em um tribunal.
Um Exemplo.
Você sai para trabalhar e sua família fica em casa. Ao retornar do trabalho a noite, descobre que sua família foi assassinada violentamente. Entra pela porta e o homem que os matou ainda está lá, com sangue nas mãos determinado a matar seu último filho. Com a força de um touro você avança e domina aquele homem e tudo que deseja é mata-lo, mas por ser salvo em Cristo você resiste e chama a policia. A polícia o leva ao juiz, e na presença de todas as pessoas no tribunal o juiz olha para baixo, para o homem que assassinou sua família, e diz: “eu sei que você é um assassino cruel e violento, mas eu sou um juiz muito amável e eu nunca fico irritado com ninguém. Você está livre para ir, eu o perdoo”.
O que você faria? Pularia imediatamente do seu lugar e gritaria: “ Eu exijo justiça!”. Escreveria para a câmara dos deputados, Senado, para presidente para ONU; colocaria nos jornais na televisão, você diária “ aquele juiz é mais perverso que o assassino que matou minha família! Ele não pode justificar o perverso!”
Vê o problema? Se Deus é justo – e Ele o é – Ele não pode perdoar você sem se tornar injusto.
Temos ignorado a profundidade do evangelho e ainda perguntamos por que nossas pregações possuem tão pouco poder de levar o homem ao verdadeiro arrependimento. Somos parte de um evangelho reduzido e sem profundidade, não de um evangelho que é poderoso e mortal, é nele que reside o poder para a salvação.
Deus é um Deus justo e juiz de toda a terra, de modo que Ele deve fazer o que é correto, Ele deve ser consistente com Seu próprio caráter. Portanto o maior problema em toda a Bíblia é este: se Deus é Justo, Ele não pode perdoar um pecador.
Eis a questão: como Deus pode justificar um pecador e continuar sendo Justo?Esta é a quarta lição da escola Bíblica deste mês. Na próxima responderei ao dilema. Caso o prezado leitor tenha alguma dúvida, ou queira fazer um comentário, faça-o no link abaixo. Seu comentário é bem vindo. https://gospel-semeadores-da.forumeiros.com/t7229-escola-biblica-o-verdadeiro-evangelho-sua-participacao-aqui#30380Bom estudo. | |
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Henrique
RELIGIAO : Cristão, denominação: Batista Mensagens : 5737 nascido em : 27/01/1961 inscrito em : 09/09/2011 Idade : 63 Localização : São Paulo, capital
| Assunto: Re: ESCOLA BÍBLICA. Abril 2013 - O Verdadeiro Evangelho. Quarta parte: O maior problema das escrituras. Sáb 20 Abr 2013, 10:19 | |
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