A CASA DESFEITA
II Co. 5.1
Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.
Fica claro por este versículo que o nosso corpo físico é apenas o invólucro da alma e do nosso espírito e templo do Espírito Santo.
Há uma grande possibilidade desta habitação, (nosso corpo) perder sua validade, o desenlace da alma com o nosso corpo.
E em havendo o desenlace o que resta de nós, sobre a terra, materialmente falando? Apenas um corpo inerte, porém ainda não desfeito.
Por ter perdido a validade o nosso corpo inerte não serve mais para ser santuário de Deus nem templo do Espírito Santo.
Está escrito (I Co. 3.16) que somos santuário de Deus e nosso corpo (I Co. 6.19) Santuário do Espírito Santo.
Depois de nos ser apresentado este maravilhoso quadro de nossas vidas (santuário de Deus e do Espírito Santo) nos vem à pergunta do salmista:
Sl. 144.3
Senhor, que é o homem para que dele tomes conhecimento? E o filho do homem para que o estimes?
E o salmista chega a uma conclusão lógica:
Vs.4
O homem é como um sopro; os seus dias, como a sombra que passa.
Um sopro geralmente é de curta duração e assim como uma sombra, passa rapidamente.
Um sopro e uma sombra não têm memória e não serve para prender a atenção de ninguém por muito tempo.
Is. 40.6
Uma voz (Deus) diz: clama; e alguém (Isaias) pergunta: Que hei de clamar? (E a resposta é: clama que:) Toda a carne é erva, e toda sua glória como a flor da erva.
Vs.7
Seca-se a erva e caem as flores, soprando nelas o hálito do Senhor. (O vento). Na verdade o povo é erva.
Vs.8.
Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente. (I Pd. 1.24).
Mesmo com o nosso desenlace a palavra do Senhor que nos foi dada em vida continua tendo validade e se cumprirá, assim como nos foi dito.
Está escrito (I Co. 15.53) que: convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade.
Jo. 5.25
Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e já chegou a que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem, viverão.
Vs.28.
Não vos maravilheis disto, porque vêm à hora em que todos os que se acham nos túmulos, ouvirão a sua voz e sairão.
Esta palavra foi nos dada em vida e terá que se cumprir em nossas vidas mesmo que estejamos nos túmulos.
Cumprir-se-á para o bem (Jo. 5.29) a ressurreição da vida; ou para o mal, a ressurreição do juízo final.
I Ts. 4.16
Porquanto, o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.
Como a palavra de nosso Deus permanece eternamente, ela se cumprirá na erva murcha, à erva seca o corpo inerte e desaparecido sob a terra, a sepultura.
Mesmo após a nossa morte, o nosso corpo passa por várias mudanças radicais.
Quando o coração para de bater, as células do corpo e os tecidos param de receber oxigênio.
As células cerebrais entre três e sete minutos já estão todas mortas... São as primeiras a morrer.
O cérebro se dissolve, vira uma pasta grudenta e começa a ser expelido pelas narinas.
Ossos e células da pele sobrevivem ainda por diversos dias.
O sangue começa a ser drenado dos vasos sanguíneos para as partes inferiores do corpo, criando assim uma aparência pálida em alguns lugares e uma aparência mais escura em outros.
Três horas após a morte, começa o rigor mortis, que é o endurecimento dos músculos.
Após 12 horas, o corpo esfria e dentro de 24 horas (dependendo da gordura corporal e das temperaturas externas) perde todo o calor interno em um processo chamado algor mortis.
Depois de 36 horas, o tecido corporal começa a perder sua rigidez e, dentro de 72 horas, a rigidez cadavérica diminui.
Conforme as células morrem, as bactérias dentro do corpo começam a desintegrá-lo.
Enzimas no pâncreas fazem com que o órgão se dissolva sozinho.
O corpo logo assume uma aparência horrível e começa a cheirar mal.
Tecidos em decomposição liberam uma substância esverdeada e gases como metano e sulfeto de hidrogênio.
Os pulmões expelem um fluído pela boca e pelo nariz.
Insetos e animais certamente percebem tais sinais. O corpo humano oferece alimento e é um ótimo lugar para depositarem seus ovos.
Uma mosca pode se alimentar bem com um cadáver e depois liberar até 300 ovos sobre ele, gerando crias em um dia.
Os gusanos - larvas que nascem destes ovos - são extremamente eficientes e carnívoros.
Começando pela parte externa do corpo onde nascem às larvas, as mesmas usam ganchos na boca para sugar os fluídos que escorrem do cadáver.
Depois de um dia, as larvas entram no segundo estágio de suas vidas, cavando para dentro do cadáver.
Em menos de sete dias bilhões de larvas já comeram 60% do corpo e em mais alguns dias só sobra cabelos dentes e ossos limpos.
Esta é a casa desfeita a casa terrestre deste tabernáculo que foi desfeita. Não importa a idade de quem morreu.
Como pode então diante deste quadro estarrecedor, um morto ouvir a voz de Cristo e sair do túmulo?
Só pelo poder do Espírito Santo de Deus e pela Palavra do próprio Deus que nos foi dada através de Jesus Cristo.
Rm. 8.11
E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.
Isto já aconteceu uma vez e voltará a acontecer. Quando o véu do santuário se rasgou em duas partes, (Mt. 27.51-53) federam-se as rochas, os sepulcros se abriram e muitos corpos de santos que dormiam ressuscitaram.
Para Deus mesmo que haja decomposição do corpo físico, a casa tenha sido desfeita por completo, ainda assim a morte do salvo é só um sono.
Isto significa dizer que os que dormem terão de acordar e este acordar se dará quando a trombeta de Deus ressoar. (I Co. 15.52).
E os que morrem sem Cristo? Perdidos para todo sempre.
Guganic