LIÇÃO 6: OS PERIGOS DA AMBIÇÃO
Leitura Bíblica em Classe: Sl 131.1-3; 1 Tm 6.7-12.
Introdução:
I. Ambição no mundo secular
II. Ambição na igreja
III. Como vencer a ambição
IV. O contentamento cristão
Introdução:
hoje é a quinta lição que estamos estudando sobre "AS DOENÇAS DE NOSSOS DIAS", e estou trazendo um estudo muito bom que estudamos na escola Bíblica dominical das Assembléias de Deus,(OS PERIGOS DA AMBIÇÃO), espero que esta lição venha a ajudar a todos.
Uma grande parcela do tempo da maioria das pessoas parece ser levada por dinheiro. Este fato não é surpreendente. O dinheiro nos capacita a adquirirmos comida, roupas e abrigo para sobrevivermos. Isto pode ajudar a eliminar muitos dos inconvenientes na vida. Além disso, o dinheiro abre as portas para atividades sociais e relacionamentos, para o aprendizado e para o lazer, e para outras coisas que nos ajudam a nos sentirmos bem. […]
COMENTARIO
I. O amor ao dinheiro
[…] Deus não quer que você viva em pobreza. Para algumas pessoas as coisas funcionam assim, porém esta não é uma necessidade aos olhos dEle. Deus usou pessoas bem-sucedidas e prósperas (como, por exemplo, Davi, Salomão, José e Daniel), de modo muito eficaz em sua obra. Por outro lado, a sua Palavra indica que o “amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males” e que devemos nos manter livres deste amor. O que significa amar o dinheiro e como este amor pode ser a raiz de males em sua vida?
Nas Escrituras, o amor é operacionalmente definido como um compromisso que envolve sacrifício. O jovem rico exemplificou o amor ao dinheiro. Ele tinha boas intenções e autodisciplina. Havia estabelecido um histórico de obediência à lei, sendo verdadeiro e moral, honrando os seus pais e mantendo relacionamentos de qualidade com as pessoas que estavam à sua volta.
No entanto, Jesus identificou uma falha no caráter do jovem, que não permitia que ele fosse “perfeito”. Jesus o desafiou a escolher entre o compromisso com Ele ou com a sua riqueza material. O jovem não pôde ajudar-se. O teor da história sugere que ele imediatamente reconheceu estar fazendo uma escolha errônea, mas de qualquer modo a fez. Deixou a sua chance de possuir a vida eterna, pois seus bens eram importantes demais para ele, para que dele abrisse mão.
II.O dinheiro em perspectiva
Depois de sua conversa com o jovem rico, Jesus prosseguiu explicando aos seus discípulos que é muito difícil (embora não impossível, com a ajuda de Deus) para as pessoas que acumulam dinheiro, assumirem um compromisso com Ele, que eleve à salvação. Parece-me que existem cinco efeitos que o dinheiro é capaz de causa em nós, os quais podem facilmente nos desviar dos caminhos que Deus quer que sigamos.
1. Se o dinheiro for a prioridade central para você, provavelmente o fará descontente. As Escrituras mostram que as posses materiais não são jamais capazes de realmente satisfazer alguém. A preocupação com o dinheiro cria um padrão de auto-alimentação: quanto mais você tiver, mais o desejará. Quanto mais o alcançar, mais ainda almejará.
A maioria das pessoas sente não ter dinheiro suficiente. Certamente é quase impossível encontrar pessoas que pensem já possuir o bastante. Todavia a Palavra de Deus nos diz que o verdadeiro ganho na vida é “a piedade de contentamento”, e não o ganho monetário.
2. O foco no dinheiro tende a gerar inveja. Faz parte da natureza humana julgar aquilo que você possui através da comparação com aquilo que as outras pessoas possuem. Se elas possuem mais, então você pode concluir que não tem o bastante. A abordagem bíblica é muito diferente; as Escrituras julgam o padrão do mundo instável, cuja influência deve ser resistida. Jesus adverte contra a armadilha da inveja. Esta é inspirada pelo demônio, e com toda a certeza somente conduz a problemas. A cobiça e a satisfação não podem existir na mesma estrutura de referência.
3. Se você tiver um desejo intenso pelo dinheiro, de um modo negativo, será tentado a tirar proveito de outras pessoas para conseguir obtê-lo. A Palavra de Deus adverte que o ganho material à custa de alguma outra pessoa é uma preposição perdedora a longo prazo. É melhor não ter posses do que alcançá-las por meio da desonestidade ou injustiça. Contudo, é difícil para a pessoa materialista entender este princípio.
4. A preocupação com o dinheiro pode levá-lo a roubar a Deus. Você deve dizimar, o que consiste em dar a Deus a décima parte de tudo aquilo que Ele lhe der. O importante não é a quantia em dinheiro, mas o ato de dar a Deus a porção que lhe é devida.
Se você é excessivamente apegado ao dinheiro, é capaz de encontrar todos os tipos de razões para reter a parte que pertence a Deus. Ananias e Safira o fizeram; a conseqüência deste ato nos mostra quão seriamente Deus considera a sua obrigação nesta área.
5. A quinta conseqüência funciona como um guarda-chuva para as quatro anteriores. Deus simplesmente não deseja que você coloque qualquer outra coisa em sua vida, em uma posição superior àquela que oferece a Ele. Se estiver excessivamente envolvido em suas preocupações por dinheiro, Deus apenas fará parte do aglomerado de seus pensamentos. Ele quer que você confie nEle para a provisão de suas necessidades materiais. Porém Ele deseja que você também compreenda que suas necessidades espirituais são ainda mais importantes. Deus sabe que você não pode ter duas prioridades em conflito no topo de sua lista. Ele sabe que o dinheiro é um artigo perecível comparado àquilo que Ele tem a oferecer.
III. Perspectiva apropriada
Salomão, filho de Davi e Bete-Seba, sucedeu a seu pai como rei de Israel e reinou durante quarenta anos. Ele foi o homem mais sábio do mundo.
As Escrituras nos contam sobe todas as suas realizações e a sua conseqüente fama. Ele era também o homem mais rico do mundo; a história descreve a sua fortuna, bem como seus elaborados projetos de edificação. Ele recebeu sua sabedoria de Deus (como recompensa por sua atitude de piedade e diligência), por tê-la pedido. Igualmente, sua fortuna foi dada por Deus (como recompensa por sua maturidade), por não tê-la perdido. O povo de Israel estava contente sob o seu governo.
Com o passar do tempo, o sucesso fabuloso de Salomão fez com que se tornasse auto-indulgente. Pelo fato de poder dispor de tudo o que desejasse, passou a sentir que tinha direitos sobre tudo o que quisesse. Tomou como esposas setecentas mulheres e manteve trezentas concubinas, a despeito de Deus lhe ter dito que não o fizesse. Permitiu que suas mulheres o conduzissem à adoração a deuses estranhos, e perdeu o entusiasmo que sentia pelo Deus que o havia abençoado tão generosamente. Como resultado, ele despertou a ira de Deus e fez com que seus descendentes perdessem o reino de Israel.
IV. Poder
[…] As prioridades de Deus são diferentes. Ele é o responsável por sua vida e quer que você se lembre disto. O poder terreno que possamos alcançar não tem qualquer significado particular para Ele.
A história de Sansão é bem familiar, quanto a este aspecto. Deus concedeu a Sansão uma grande quantidade de poder - neste caso, poder físico - para capacitá-lo a lidar com os opressores dos israelitas, os filisteus. Durante um certo espaço de tempo, Sansão foi muito eficaz na tarefa que lhe fora designada. Então parece que se esqueceu da fonte de seu poder - Deus. Ele banalizou o seu dom, utilizando-se de jogos de adivinhação, enquanto divertia-se com Dalila.
Por fim, ele violou as instruções de Deus, perdeu o seu poder e apoio de Deus, terminando sua vida à mercê de seus inimigos. Mesmo ao reconhecer seu erro, o poder não lhe foi restaurado de imediato. Quando ele finalmente voltou-se a Deus em oração, foi capaz de concluir a tarefa para a qual havia sido designado; mas devido à sua fraqueza, foi destruído durante o processo.
Assim como a riqueza espiritual é para Deus mais importante que a riqueza tangível, Ele igualmente deseja que você considere de maior valor o poder espiritual, que a influência organizacional. A designação de trabalho que Deus tem para sua vida é que você o siga e nEle venha a crescer.
SALES, Frederick Jr. Você & Deus no Trabalho: A Ética Profissional do Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp. 173-179.
V. O Preço do Poder
Paul Tournier escreve: “O poder é o maior obstáculo no caminho do diálogo. Pagamos caro pelo nosso poder”.
Vemos em toda a parte a evidência do diálogo perdido: entre marido e mulher, pai e filho, empregador e empregado.
A capacidade do poder em destruir os relacionamentos está escrita na face da humanidade.
Em Money, Sex, anda Power, no capítulo intitulado “A Impotência do Poder”, Richard Foster escreve.
O poder não pode exigir afeição, e o povo amava Davi. Saul foi impotente para controlar o coração do povo, portanto voltou sua fúria contra Davi. Ele preferia cometer um crime a permitir que o poder lhe escorregasse entre os dedos. O poder destrói os relacionamentos. Subir, empurrar e derrubar é a linguagem do poder.
O que provoca nosso desejo de governar as pessoas, ser o chefe, o maioral? Existiria algum verme mal formado trabalhando dentro de nós?
Escreve Richard Foster: “Surpreendente, não é? Indivíduos adultos, discutindo animadamente sobre quem está no topo da escada”.
Em seu livro, Pursuit of God (”Em Busca de Deus”), A. W. Tozer descreve o verdadeiro problemas que os seres humanos enfrentam:
Todos os nossos problemas emocionais, assim como grande parte dos físicos, brotam diretamente dos nossos pecados. Orgulho, arrogância, ressentimento, suspeitas, malícia, cobiça: estas são as fontes que trazem maior sofrimento ao homem que todos os males que já afligiram a carne mortal.
DORTCH, Richard W. Orgulho Fatal: Um ousado desafio a este mundo faminto de poder. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 41-42.
Publicado no site da CPAD