At.27.12
Visto que o porto não era próprio para passar o inverno, a maioria decidiu que deveríamos continuar navegando, com a esperança de alcançar Fenice e ali passar o inverno. Este era um porto de Creta, que dava para sudoeste e noroeste.
Vs.13
Começando a soprar suavemente o vento sul, eles pensaram que haviam obtido o que desejavam; por isso levantaram âncoras e foram navegando ao longo da costa de Creta.
Vs.14
Pouco tempo depois, desencadeou-se do lado da ilha um vento muito forte, chamado Euro-Aquilão.
Vs.15
O navio foi arrastado pela tempestade, sem poder resistir ao vento; assim, cessamos as manobras e ficamos à deriva.
Começando a soprar suavemente o vento sul, (vs.12) eles pensaram que haviam obtido o que desejavam.
– Esta frase bíblica indica claramente que o “pensaram”, não passou de uma simples "suposição".
Foram avisados pelo homem de Deus (Paulo) que não deveriam se arriscar nem arriscar o navio fora do porto.
As circunstâncias do momento “o soprar suavemente do vento sul” levaram os responsáveis pelo navio a “supor” que tudo iria da certo, iria bem.
Supor é alegar por hipóteses. Suposição é o ato ou efeito de supor, conjeturar.
As “suposições” traem muita gente!
O homem pecador “supõe” que o castigo de Deus nunca virá sobre ele.
Principalmente quando o vento sul “a sua vida” segue-se suave e sossegadamente.
Certo dia os judeus da Ásia viram o apóstolo Paulo andando na cidade de Jerusalém com um gentio (o efésio Trófimo; At.21.29-34).
No dia seguinte viram Paulo no templo; conclusão: Paulo introduziu um “gentio” no templo: conjeturaram eles.
Está escrito que toda a cidade ficou alvoroçada, e juntou-se uma multidão, e agarrando a Paulo, arrastaram-no para fora do templo, e gritavam: Acaba com ele!
É fácil demais fazer uma “suposição” ou “supor” erradamente.
Uma palavra aqui, um gesto ali, um olhar acolá, e a imaginação cheia de suspeitas, preconceitos, e prevenções, e pronto: o cenário ou um quadro perfeito para uma "suposição" está montado.
Uma situação que não tem conexão alguma com a realidade, julgamentos baseados nas mínimas evidências, e alguém pode ser condenado, levado à morte ou deixado de lado.
Suposições de pessoas ciumentas acabam relacionamentos, causa desemprego, gera desconfiança, e pode levar alguém á morte.
Suposições de amigos desleais acabam amizades e também causam as mesmas desgraças do item anterior.
Está escrito (I Co 13.5) que o amor não suspeita mal.
Disse Jesus: Não julgueis segundo a aparência (Jo. 7.24), mas julgai segundo a reta justiça.
Está escrito (Lc. 2.42-46) que Maria e José viajaram de volta de Jerusalém, “supondo” que Jesus estava com eles. – Acabaram sofrendo três dias de angustia sem saber onde Jesus estava.
Há "suposições" que causam angustias para a vida toda!
Quem não já sofreu isto na pele? Somos seres humanos.
Os pais de Jesus ao encontrá-lo entre os doutores no Templo, descobriram que ele já estava fora do alcance dos seus entendimentos.
Prezados irmãos, por indiferença espiritual, podemos perder a comunhão com o Senhor, ”supondo” que somos melhores que outros cristãos.
Podemos perder a comunhão com o Senhor, ”supondo” que somos bons cristãos.
A população de Listra “supondo” que Paulo havia morrido apedrejado jogou-o no monturo.
At.14.19
Então alguns judeus chegaram de Antioquia e de Icônio e mudaram o ânimo das multidões. Apedrejaram Paulo e o arrastaram para fora da cidade, pensando que estivesse morto.
Vs.20
Mas quando os discípulos se ajuntaram em volta de Paulo, ele se levantou e voltou à cidade. No dia seguinte, ele e Barnabé partiram para Derbe.
A atuação de Paulo através da Palavra de Deus continua bem viva nos nossos dias e a sociedade moderna continua seu apedrejamento.
Muitos andam apedrejando a Igreja de Cristo “supondo” que a espiritualidade foi extirpada da Igreja e jogada para longe no monturo do passado.
Eles não conhecem o poder ressurreto da religião de Cristo, (Tt. 3.5) o lavar renovador e regenerador do Espírito Santo de Deus.
Outros apedrejam os próprios irmãos de Fé, jogando-os no monturo da discórdia, das diferenças denominacionais, da inveja e do disse-que-disse.
Esquecem eles que o Espírito Santo é quem vivifica e que Cristo é vida e vida com abundância.
At.27.10
Senhores, vejo que a nossa viagem será desastrosa e acarretará grande prejuízo para o navio, para a carga e também para a nossa vida.
Vs.11
Mas o centurião, em vez de ouvir o que Paulo falava, seguiu o conselho do piloto e do dono do navio.
Isto não era uma “suposição” e sim uma revelação de um homem de Deus com uma visão espiritual aguçada pela comunhão com Cristo, o seu Deus.
Há muitos anos o mundo está confiando totalmente nas ciências; o progresso da humanidade está baseado nas linhas da biologia, sociologia, engenharia, nanotecnologia e tantos outros “ias”.
Já os pregadores da Palavra de Deus que têm a visão espiritual aguçada pela comunhão com Cristo o seu Deus, têm sido considerados loucos, visionários, sem valor prático.
O povo em geral confia mais em conclusões de peritos nas ciências do que nas advertências dos homens de visão espiritual aguçada pela comunhão com Cristo o seu Deus.
Homens de Deus tinham a convicção espiritual de que um castigo cairia na libertina cidade de Saint-Pierre, capital da Martinica.
Uma comissão cientifica havia examinado o vulcão que lá existia, concluíram não haver perigo algum.
O governador confiou no “relatório cientifico” e as pessoas que queriam sair da cidade porque criam nos homens de Deus, não obtiveram permissão em nome da ciência.
Em 1902, um violento terremoto destruiu Saint-Pierre, e mais de 30 mil pessoas morreram.
Isto prova que a ciência divorciada do temor de Deus, pode destruir sociedades e civilizações inteiras.
A vida humana passa por mudanças de clima assim como os oceanos.
Às vezes sentimos frio diante de ventos gelados e ás vezes calor.
Às vezes o momento é de uma brisa suave, mas justamente quando tudo vai bem, surgem repentinas tempestades ou um Euro-Aquilão:
Doenças, decepções, lutas, tentações, não marcam entrevistas de antemão; São estes acontecimentos, estas tempestades, que testam a profundidade das nossas experiências com Deus.
O vento suave da prosperidade, do comodismo, da frieza espiritual, da vida sossegada, é mais perigoso do que um vento tempestuoso.
Os ventos suaves da prosperidade nos dão um falso senso de “suficiência” própria, e imperceptivelmente eles nos levam a “supor” que somos auto-suficientes – Não dependemos de Deus.
Quando a Bíblia diz justamente o contrário
I Cr. 29.12
A riqueza e a honra vêm de ti; tu dominas sobre todas as coisas. Nas tuas mãos estão a força e o poder para exaltar e dar força a todos.
O senso de suficiência própria afasta a pessoa de Deus; é daí, do afastamento da comunhão com Deus que surgem as crises que revelam todas as nossas franquezas morais e espirituais.
Como vai você? Como vai sua casa? Sua família? Sua saúde? Seu emprego?Vai tudo Bem? Graças a Deus por isso!
Todavia dedique-se aquilo que fortalece a sua vida espiritual: Cristo e a Sua Palavra.
Afinal, seu barco (sua vida) pode ser testado por uma tempestade quando menos você estiver esperando, a qualquer momento.
Não faça nada para Cristo baseado em “suposições”, pois imperceptivelmente as “suposições” nos afastam da realidade bíblica de Deus e sua Palavra.
O conselho de Cristo é: Seja, porém, a tua palavra: sim, sim; não, não. (Mt. 5.37). - Nada de “suposições”.
Bom fim de semana a todos com Cristo.
Guganic