Vs.9
A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite (repouse) o poder de Cristo.
Conhecendo a natureza de Paulo que era tão humana quanto a nossa, o Senhor faz a ele uma declaração incrível: a minha graça te basta.
Quem, em sã consciência, nunca orou assim: Oh! Senhor! Dá-me da Tua graça ou dá-me mais da Tua graça!
Nesta gloriosa passagem Deus revela ao apóstolo Paulo que ele já tinha esta tão almejada graça; a graça que também desejamos.
Porque o Senhor declarou ao apóstolo algo que ele já possuía?
Teria ele até o memento desta gloriosa declaração não percebido que a graça de Deus repousava ou habitava nele?
Há momentos em nossas vidas que não sabemos o que possuímos ou não percebemos o que Deus já nos deu por sua imensa graça.
Paulo o homem que ao impor as mãos sobre doze discípulos de Jesus na cidade de Éfeso (At.19.6.7) os viu falar em línguas e profetizar; Não sabia que isto era uma graça de Deus dada a ele?
O homem tinha uma graça tão especial que pelas mãos deles Deus fazia milagres extraordinários.
At.19.11
E Deus pelas mãos de Paulo fazia milagres extraordinários.
Vs.12
A ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vitimas e os espíritos malignos se retiravam.
Esta é uma graça que poucos homens ou quase nenhum a tem alcançado na terra. (Graça não é sugestionar alguém; não é auto-sugestão.).
Será que Paulo não sabia que a possuía? Sabia sim e é aí que morava o perigo a grande ameaça á vida de Paulo: sua natureza humana.
A tendência da natureza humana é partir para a autoglorificação, para a autolatria; ser ídolo de si mesmo. (II Co. 10.12).
Estamos vendo isto hoje na mídia; há uma infestação nela de (pretensos) superpregadores.
Alguns chegando até pensar que é o milagreiro o pregador número um do Brasil. - Superado apenas pela Bíblia – anunciam eles.
Está escrito: E Deus pelas mãos de Paulo (At.19.11) fazia milagres extraordinários.
Na auto-suficiência de alguém as funções se invertem e fica assim: E o auto-suficiente pelas mãos de Deus faz os milagres extraordinários.
Na auto-suficiência as mãos de Deus (para não dizer o próprio Deus) ficam a disposição do milagreiro e não o milagreiro ficar à disposição das mãos de Deus.
Para evitar as inversões de valores, evitar que Paulo viesse a ter momentos de autoglorificação chegando até a esquecer-se de quem o chamou e quem era ele próprio?
Deus lhe deu um espinho na carne para que em Paulo não à pessoa, não os milagres, mas a graça de Deus, o poder de Cristo fosse o destaque.
Não vou entrar aqui em discursos teológicos ou em debates intermináveis a respeito do “espinho na carne” de Paulo. Mas está escrito:
Foi me dado um espinho na carne, (vs.7), a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear a fim de não me exaltar.
Esta é a explicação mais racional e mais simples que Deus pode nos comunicar (a fim de podermos entender) a respeito desta passagem: um mensageiro de Satanás.
O “mensageiro (do Gr. Aggelos) de Satanás”.
Na Bíblia “aggelos” é traduzido 179 vezes como sendo anjo; e “mensageiro” traduzido apenas sete vezes.
Anjo e mensageiro nunca é traduzido como enfermidade física ou doença física ou mental ou emocional.
Uma coisa é certa: Um anjo de Satanás, um espírito caído do céu (Lc.10.18.) juntamente com ele seguia Paulo e o esbofeteava quando Paulo era tentado a se exaltar.
Como disse antes: não vou entrar em discursos teológicos a respeito; vá estudar, vá pesquisar e veja o que o Senhor há de ti revelar.
Deus garantiu a Paulo que este “anjo” ou “mensageiro” de Satanás era de sua vontade e por esta razão graça seria concedida a ele para que suportasse todas as coisas.
Paulo deveria (caso fosse tentado e cedesse à tentação de se exaltar) aprender a depender totalmente do poder de Cristo.
Hoje tem gente invertendo os papéis. É Cristo que tem que depender do poder que “ele” o superpregador, ou a “igreja dele” alardeia na mídia, ter.
Será que eles não estão precisando de um espinho na carne?
Para que neles realmente habite o poder de Cristo e não o poder da propaganda enganosa e miraculosa da autoglorificação?
Paulo aprendeu sim a se gloriar em suas fraquezas e o poder de Deus habitou nele.
A minha graça te basta, (vs.9a) porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.
Fraqueza (Gr. Astheneia) seria falta de força? Fraqueza moral? Debilidade física ou mental? Fraqueza na habilidade?
Certo é que Paulo possuía uma fraqueza acentuada e quando ele via os resultados dos sinais apostólicos e maravilhas que possuía?
Sabia que tais maravilhas não procediam dele, mas daquele que repousava nele: o poder de Cristo.
Quando Cristo em nós realiza maravilhas a glória tem que ser dele e Paulo aprendeu isto.
Abaixo toda tentação de se achar o melhor, o maioral, o número um da Igreja, aqui do fórum, ou do Brasil.
A maior glória que alguém pode ter é ter permanente em si mesmo o poder de Cristo; e isto só acontece quando nosso eu adoece, entra em coma, se torna fraco e impotente.
É a partir deste instante que tudo que realizamos não se realiza; ele O Cristo realiza em nós ou através de nós nas horas mais absurdas de nossas fraquezas morais e intelectuais.
Para muitos hoje, a graça de Deus não basta, o poder de Cristo também não.
Se para estes a graça de Deus não basta, você acha que os milhões de reais ou dólares nas contas fantasmas, as fazendas os aviões, as cabeças de gado, os canais de TV e emissoras de rádios amealhados pelo poder do “evangelho” que eles pregam bastam?
Fica a pergunta no ar. Pelo menos aqui no fórum; não é mesmo?
Deus que nos guarde pelo Seu amor.
Guganic
Querendo opinar faça-o aqui:
A GRAÇA QUE BASTA (II Co.12.2-10) Te basta mesmo? Participe aqui: