NEM POR FORÇA NEM POR VIOLÊNCIA
Zc. 4.6
Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência mais pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos. Ed.4.1-5
No primeiro ano do seu reinado (Ed.1.1-5) Ciro, rei da Pérsia, despertado pelo Espírito do Senhor, baixou um decreto dizendo-se encarregado a edificar a este mesmo Deus, uma casa em Jerusalém.
Ciro fez por escrito, passar pregão por todo o seu reino, convocando todo israelita para subir a Jerusalém e ordenando aos judeus e não judeus que contribuíssem com prata ouro e com dádivas voluntárias para a casa de Deus a ser reedificada.
Está escrito que se levantaram os chefes dos pais de Judá e Benjamim, e os sacerdotes e os levitas e todos aqueles israelitas cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a Casa do Senhor em Jerusalém.
Ciro se fez não somente um servo como também um instrumento de Deus para libertar Israel do cativeiro como também decretar a reconstrução de Jerusalém e do templo e ainda devolver todos os utensílios da casa do Senhor tomados por Nabucodonosor.
Dos que foram transportados para Babilônia e puderam provar a genealogia de sua família e assim fazer parte da primeira expedição de retorno a Jerusalém foram 24mil homens sob a liderança de Zorobabel.
Zorobabel, seu nome significa: Nascido no cativeiro. Tinha diante de si, uma grande obra a realizar: a reconstrução do templo que um dia Salomão edificara.
Nascido no cativeiro babilônico e líder da tribo de Judá, como chefe da mesma que era, saiu de Babilônia nomeado governador de Judá enquanto uma província persa.
Com um grande número de israelita não só das tribos de Judá e Benjamim, Zorobabel, nomeado por Ciro chegou a Jerusalém para governar e reedificar o templo.
Despertado pelo Espírito de Deus, Ciro fez-lhes ofertas de madeira, ouro, prata, e todo bem necessário à reconstrução não só do templo como do recomeço da vida do povo de Deus em Jerusalém.
Após o decreto de Ciro, o rei que autorizou todos os israelitas a voltar à Palestina, levantou-se os chefes dos pais de Judá e Benjamim, assim como os sacerdotes e levitas com todos que Deus despertou para restaurar a nação.
No sétimo mês após o decreto de Ciro, estando já os filhos de Israel nas suas cidades, se ajuntou o povo, como um só homem. (Ed.3.1) Havia um traço de união entre eles.
Sob a liderança espiritual de Jesua e seus irmãos, e sob a liderança política do governo de Zorobabel e seus irmãos, eles firmaram o altar do Senhor sobre as suas bases. (Ed.3.2,3)
Porém os fundamentos do templo ainda não estavam postos. (Ed.3.6)
Somente no segundo ano do retorno do cativeiro é que Jesua e Zorobabel e irmãos constituíram levitas da idade de vinte anos para cima, para que aviassem o material necessário à obra da casa do Senhor. (Ed.3.8.)
Bastou o povo se entregar a obra da reconstrução e Deus a abençoar o Seu povo e o Diabo levantou adversários, pessoas para se oporem à obra de Deus e seus servos.
Os opositores começaram a conturbar a obra fingindo-se irmãos, passando-se como amigos do povo (Ed.4.1-3) e também adoradores de Jeová desde os dias Esar-Hadom rei da Assíria, até colocaram seus préstimos a favor da obra: deixa-nos ajudar.
Era um povo que até temiam ao Senhor, (II Rs.17.28-41) mas eles serviam mesmos aos seus próprios deuses: Sucote-Benote, Nergal, Adramaleque, Anamaleque e outros
Como a oferta da prestação de serviços foi rejeitada pelos anciãos do povo (Ed.4.3) que queriam permanecer separados por que isso era o que Deus tinha requerido de Israel desde o inicio da existência deles,
Os inimigos da reconstrução tentaram outros métodos com o intuito de enfraquecer a vontade dos judeus para a reedificação.
Contrataram pessoas habilidosas, conselheiros da corte de Ciro que deviam influenciar Ciro a paralisar ou atrasar a obra. (Ed.4.4,5)
E por incrível que pareça os inimigos de Deus, e do Seu povo lograram êxito junto ao rei Dario (Histaspes) no segundo ano do seu reinado: o embargo da obra. (Ed.4.23,24)
Está escrito que os impediram à força de braço e com violência: Então cessou a obra da casa de Deus, que estava em Jerusalém.
- Assim que a obra parou Deus começou levantar profetas no meio do Seu povo; Deus levantou: Ageu e Zacarias. (Ed.5.1)
Independente do decreto da paralisação ser confirmado ou não, estes dois profetas de Deus começaram a encorajar os judeus para retornarem à obra do templo; foram instruídos e inspirados pelo Espírito de Deus que sabia que um novo decreto ia sair.
Não mais um decreto para paralisar a obra e sim um decreto para se avançar na obra da reconstrução.
O inimigo não perdia tempo; e, a cada vez que se começava uma nova etapa da obra, surgiam também novas formas de perseguições.
Diante dos muitos obstáculos surgidos, o entusiasmo do povo pela obra arrefeceu e por dezesseis anos a obra de reconstrução ficou paralisada; o povo agora se voltava para a reconstrução de suas próprias casas. Ageu (Ag. 1.2-11) os alertou:
Subi o monte, (Ag. 2.8.) e trazei madeira, e edificai a casa e eu serei glorificado.
Para o povo, além do desânimo que sentia, o maior impecílio para concluírem as obras da reedificação era Dario I,que na visão deles era como um grande monte, o homem que deu a ordem para que a obra do templo cessasse.
Mas veio à palavra do Senhor a Zacarias (Zc.4.8,9) dizendo: As mãos de Zorobabel têm fundado esta casa, também as suas mãos a acabarão.
E pela instrumentalidade do profeta Zacarias o Espírito de Deus bradou:
Quem és tu ó grande monte? Diante de Zorobabel (Zc.4.7) serás uma campina.
Esta foi uma mensagem de encorajamento para o povo.
O povo entendeu que assim como se desbasta um monte e o deixa plano como uma campina assim o decreto de Dario seria removido, deixando de ser um obstáculo à obra da reconstrução.
Um dos objetivos da sétima visão do profeta Zacarias era encorajar Josué e Zorobabel em sua obra de restaurar o templo e a nação de Judá após o cativeiro na Babilônia.
Quando o Senhor disse a Zorobabel: Nem por força nem por violência mais pelo meu Espírito, foi lhe mostrado que a verdadeira fonte de poder não era pela força nem pelo poder humano, mas sim pela unção do Espírito Santo.
Foi assegurado a Zorobabel que assim como ele começou a obra, assim também ele acabaria a obra porque Deus estaria com ele o tempo todo. (Zc.4.9)
A oposição de Dario e dos inimigos da obra de um modo em geral, cessaria como um monte sendo removido ou tornando-se uma campina.
Em todos os tempos e em qualquer lugar, a obra de Deus não está livre da ação de ferrenhos opositores; mais nada pode ser resolvido pela violência e pela força do braço humano.
Não podemos fazer nada para Deus e para sua obra por força e violência.
Ninguém contribui, ninguém prega,ninguém deve servir ao Senhor por força e violência.
Tudo tem que ser pelo poder de Deus e Seu Espírito. A Bíblia diz que ninguém pode dizer que Cristo é o Senhor se não for pelo Espírito de Deus.
Está escrito que a terra era sem forma e vazia; (Gn.1.2) e, havia trevas sobre a face do abismo.
Mas o Espírito de Deus é quem se movia sobre a face deste mesmo abismo.
Até para os que estão mergulhados nas trevas, vivendo um caos de valores morais e espirituais...
A solução é o Espírito de Deus se mover na vida desta pessoa.
O trabalho recomeçou não por força de decretos de quem quer que fosse; mas pelo poder do Espírito Santo de Deus falando ao povo através de seus profetas: Ageu e Zacarias.
Zorobabel, Josué e todo o povo puseram decididamente mãos à obra; e no sexto ano de Dario estava o templo acabado, sendo efetuada a dedicação do mesmo com grande regozijo.
Esta é uma mensagem de encorajamento e de fé.
Quando fazemos a obra de Deus movido pelo Espírito de Deus a alegria e o regozijo é a melhor maneira de glorificar ao Senhor pela obra realizada.
Guganic