CRISTO, O PAI DA ETERNIDADE?
Sl. 90.2
Antes que os montes nascessem, ou tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus.
Eterno, é tudo aquilo que não tem um começo e não tem e nunca terá fim. Tudo que há, existe porque teve um começo, não entra neste conceito e, portanto não é eterno.
Tudo que teve, tem ou ainda terá um começo certamente terá um fim ou poderá existir para sempre; mais isto não é ser eterno.
A quem então podemos aplicar o conceito de “eterno”, aos anjos? Aos homens, a todos os seres espirituais? Não.
A diferença entre ser eterno e ser para sempre está atrelada ao início da existência; se é autoexistente ou não.
Teve um início não é eterno, mesmo que exista para sempre.
Como está escrito “de eternidade a eternidade tu és Deus”, muitos há que só associam este termo a Yahweh (Is. 40.28.) o Deus Eterno (El Olam). Que o termo “de eternidade a eternidade” só se aplica ao Deus Pai.
E a impressão que fica (pelo menos para mim) é que a Segunda Pessoa da Trindade mais a terceira Pessoa desta mesma Trindade não entram e fazem parte da declaração de Moisés principalmente se estas duas Pessoa está delimitadas por conceitos pessoais.
Com relação à eternidade muitos creem que o Cristo que conhecemos hoje, é como dizem alguns indivíduos: “um deus” e não Deus.
Outros não creem na deidade do Espírito Santo reconhecendo-o apenas como uma “força ativa”. Se estas declarações não tiverem influências malignas, pode ser falta de inteligência, ou má vontade em aceitar a palavra de Deus como a verdade que liberta.
“Alguns até afirmam: Jesus não pode ser “Pai da eternidade” porque na Bíblia, “Pai”, é aquele que gera e a eternidade nunca foi gerada”.
Segundo estes que fazem “tal a firmação”, o correto é dizer: “Pai para sempre”.
Eu vos pergunto: isto não vos parece uma declaração inteligente? E ainda: Isto é uma declaração bíblica?
Vou te responder de um modo simples e categórico: Não é uma declaração inteligente e nem uma declaração bíblica.
Primeiro porque nenhum pai ou mãe biologicamente falando gera nada; toda pessoa ou ser gerado só é gerado pela intervenção divina ainda que o gerado seja divino, ou não.
A geração de uma vida é uma obra de Deus seja ele (Deus) a primeira ou segunda ou terceira Pessoa da Trindade é uma obra de Deus.
O que os por determinação divina fornecem em se tratando de seres vivos é a semente se forem férteis; sendo que fertilidade é concessão divina.
Se Deus não colocar o espírito de vida dentro do homem (na união espermatozóide e óvulo feminino) mesmo que seja numa proveta ou no útero, não é gerado nada; pois a Bíblia diz que Ele, Deus forma o espírito do homem dentro dele. (Zc.12.1).
Portanto não é a Bíblia quem diz que pai é aquele que gera e sim pai é aquele que sendo fecundo e fértil tem a concessão de Deus para em um útero ser gerado um novo ser.
É evidente que o Cristo como nós o conhecemos, na Sua própria carne era fecundo e fértil mais não veio a este mundo para gerar filhos na carne e sim buscar e salvar os que se haviam perdido.
Agora o Deus, a segunda Pessoa da Trindade, o Verbo Divino na Sua fase de vida espiritual antes da Sua humanização era e é tão Pai da Eternidade quanto a Primeira e Terceira Pessoa da Trindade são: Pai da Eternidade.
A eternidade nunca foi gerada; a eternidade existe porque Deus o Pai, Deus a Segunda e a Terceira Pessoa da Trindade são a causa.
Deus é auto-existente porque baseia sua existência em Si mesmo; e este fato é assim porque o Deus a segunda Pessoa e Deus a Terceira Pessoa auto-existentes também são e também baseiam Sua existência em Si mesmas.
Nós temos a nossa base de existência fora de nós mesmos, mais Deus a Primeira, Deus a Segunda e Deus a Terceira pessoa não dependem de coisa alguma além de Si mesmos para poder existir.
Agora veja o que acontece com os homens: “Se Deus pusesse o Seu coração contra o homem, e recolhesse para Si o seu espírito e o seu fôlego de vida (Jó. 34.14,15) toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria para o pó”.
É por isto que o profeta Isaías falando da escuridão espiritual de Israel viu um menino que haveria de nascer e este menino seria uma grande Luz para o povo; na visão de Isaías o menino já havia sido dado e era o Pai da Eternidade. (Is. 9.2 e 6).
A existência de Deus não é baseada em Sua vontade e sim na Sua natureza; isto também é verdade em relação a Segunda e Terceira Pessoa da Trindade que é: Deus.
Eternidade significa a infinidade de Deus em relação ao tempo; significa que ele não tem começo nem fim; Como Deus está livre de toda passagem do tempo; Ele é a causa do tempo; a causa da Eternidade, logo: Pai da Eternidade.
O que falamos, escrevemos ou exemplificamos a respeito de Deus aplica-se á Trindade, ainda que alguns haja que não creem ou aceite a existência da mesma; mais isso não muda os fatos sobre o Pai da eternidade.
Tempo como normalmente conhecemos, é a duração medida por sucessão.
Mas tanto o tempo como o espaço que há entre todas as coisas “foram feitas por intermédio Dele e para Ele.
Para Deus Pai, Filho e Espírito Santo a eternidade não é uma sucessão de tempo; para Deus a eternidade é “um agora”, é “este dia”, segundo a Bíblia.
Deus é a causa do tempo e a eternidade é um tempo ainda que nós só percebemos o presente Ele percebe passado presente e também futuro como o agora nós nitidamente percebemos.
Deus não tem começo nem fim do fato da realidade de Sua existência necessária a base da nossa existência.
Deus é Eterno e Pai da Eternidade não porque criou e sim porque é a causa da mesma existir.
Já os montes, a terra, o mundo e seus habitantes, o mundo dos espíritos e anjos teve um início quando criados; logo, nenhum deste podem ser o Pai da Eternidade.
Guganic