CARTA PARA O CRISTÃO LAODICEIA
Ap.3.14-22
Vs.20
Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.
Os cristãos da igreja de Laodiceia foram avaliados por Cristo, e os resultados desta avaliação não foram nada favoráveis a eles.
A começar pela temperatura espiritual que estava num estado deplorável um estado muito crítico: mornos na fé.
Foi constatado que esta temperatura (a mornidão espiritual de Laodiceia) tinha sua origem na incapacidade que eles tinham em reconhecer o seu verdadeiro estado de misérias. Achavam-se ricos (17), porém eram pobres.
Pensava de nada ter falta, porém não possuíam nada. Estavam satisfeitos consigo mesmos quando tinham necessidade de tudo.
Não estavam completamente mortos na fé; mas também não tinha nenhum zelo ou cuidados pela mesma.
Quando um cristão se encontra nesta condição, só Deus sabe aonde ele vai parar.
Havia um toque de soberba um tanto acentuado quando racionalizava: estou enriquecido e de nada tenho falta; quando na realidade precisavam de algo: visão apurada.
Visão apurada para perceber a desgraça e a miséria espiritual em que estavam mergulhados: a cegueira espiritual.
A vida espiritual dos crentes de Laodiceia provocava náuseas em Cristo e náusea não estancada leva ao vômito.
Para não vomitá-los antes de dar a eles uma oportunidade de regeneração, Cristo bate à porta da igreja que deveria estar escancarada para Ele.
Ao bater na porta, ainda do lado de fora Ele gentilmente diz: Se alguém ouvir as batidas; se alguém abrir a porta; se alguém estiver disposto...
Ele também estaria disposto a entrar e com este alguém: cear com ele.
Jesus não só queria entrar mais ter um lugar à mesa para repartir o pão.
Laodiceia é um símbolo fiel e perfeito de algumas igrejas e de alguns cristãos da atualidade. Laodiceia significa: “direitos do povo”.
O crente de Laodiceia se sente no direito de fazer o que quer, quando quer e para quem quiser; inclusive se sente no direito de deixar Cristo fora de suas vidas ou fora da igreja a que pertence.
Os cultos da igreja e dos cristãos de Laodiceia eram desprovidos da graça, eram verdadeiras fraudes, cultos vazios da vivencia de Cristo entre eles.
Cultuavam a Deus com o próprio Cristo fora de suas vidas, fora da igreja.
A glória da igreja de Laodiceia era como ouro de tolo, como o bronze polido, o brilho do mesmo só durava dois dias e ao terceiro dia, de longe não dava para se notar tamanha fraude.
Quando Sisaque rei do Egito tomou os tesouros da casa do Senhor, levou com ele paveses e lanças de ouro (II Cr 12.9-11); para que o povo não soubesse a verdade Roboão mandou confeccionar utensílios iguais;
Porém em bronze; e proibiu o povo de se aproximar da casa do Senhor para não ver de perto tamanha fraude.
Quando vejo igrejas que o brilho vem da parafernália eletrônica, da fama do preletor da noite, das coreografias com um sutil apelo sensual eu me pergunto: será que Jesus está nesta igreja ou fora dela?
Igrejas festeiras que só estão abarrotadas por força de artifícios humanos.
Tivesse Cristo e a sua palavra uma oportunidade nelas e todos a uma diriam: duro é este discurso (Jo. 6.60) quem o pode ouvir.
Por ser uma das cidades mais rica da Ásia Menor, orgulhosamente Laodiceia recusou a ajuda de Roma quando foi destruída por um terremoto em 60 d.C.
Por ser uma cidade próxima de fontes que jorravam águas mornas, águas eméticas, ou seja, que provocavam vômitos e que por isto os viajantes as rejeitavam com nojo estas mesmas fontes com suas águas.
Cristo estava oferecendo a eles uma nova oportunidade com sua visitação.
Tal oportunidade já havia sido dada também a Jerusalém que também foi destruída por não ter reconhecido o tempo da sua visitação. (Lc.19.43,44).
Não há nada que provoque nojo ou ânsia de vômito em Cristo do que um cristão ou uma igreja tipo Laodiceia: morno na fé. Aquele tipo de cristão ou igreja que não fede nem cheira.
Há mais esperança em qualquer outra condição espiritual que uma igreja ou um cristão possa estar vivendo do que a condição de uma igreja ou um cristão morno na fé.
“Estou rico” - Dizia Laodiceia – Por ser Laodiceia uma das cidades mais ricas da Ásia Menor, a igreja local estava de braços dados com a atitude prevalecente da soberba que as riquezas matérias geram no individuo.
Igrejas ou cristãos tipos Laodiceia vivem no limiar das trevas e da luz, pois as escolhas que devem fazer os deixam em dúvidas: prosperidade material ou falência espiritual? Eis o dilema de cada um deles.
E você cristão Laodiceia escolhe o que? Sua prosperidade material ou sua falência espiritual?
Neste instante você estar sendo avaliado por Cristo e os resultados desta avaliação não nada favoráveis para o teu lado.
Algumas igrejas da atualidade têm grandes riquezas materiais e por isto se ufanam de serem ricas; porém desprovidas das riquezas espirituais estão nuas; e sem ter o que vestir exibe suas vergonhas e vexames.
Estas igrejas e cristãos não percebem que as riquezas matérias produzem uma conformidade generalizada com o sistema mundano da atualidade e a condição espiritual nestes casos desce pelo ralo da indiferença a Cristo.
Está escrito que Efraim se apascentava de vento, todo dia multiplicava a mentira e a destruição, fez aliança com a Assíria e comerciava azeite com o Egito e dizia:
Tenho enriquecido, tenho adquirido para mim grandes bens e em todo meu trabalho não acharão em mim iniquidade alguma que seja pecado.
Só que a Bíblia diz que Efraim era um pão que não foi virado. Um lado assado e outro cru.Este também é um retrato fiel do cristão Laodiceia.
Mais eis que o Senhor estar à porta e bate e se o crente Laodiceia ouvir o convite de Cristo para cear com ele e abrir a porta do seu íntimo para Cristo, Este lhes permitirá que ele viva no conforto da sua comunhão à mesa.
Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.
Guganic