SE OUVIR SE ANDAR, SE FIZER SE GUARDAR
I Rs 11 & I Rs 12
I Rs. 11.38.
Se ouvires tudo o que eu te ordenar, e andares nos meus caminhos, e fizeres o que é reto perante mim, guardando os meus estatutos e os meus mandamentos, como fez Davi, meu servo, eu serei contigo, e te edificarei uma casa estável, como edifiquei a Davi, e te darei Israel.
Quatro condições para o sucesso de alguém na obra de Deus e na vida pregressa: se ouvir se andar, se fizer, se guardar. (Dt.28.2)
Estas quatro condições foram ditas a Jeroboão filho de Nebate quando este saindo de Jerusalém encontrou-se com o profeta Aías pelo caminho.
O plano divino era tomar o reino das mãos de Salomão, dividindo-o em duas partes deixar a parte maior (o reino do Norte) com Jeroboão formado por dez tribos de Israel.
Ao pegar as vestes novas do que estava vestido, Aías (30,31) rasgando-as em doze pedaços, dez destes pedaços doou a Jeroboão.
Enquanto a parte do Sul do reino foi dada aos descendentes de Davi, a parte norte foi tirada de Roboão e dada a Jeroboão.
E as condições sugeridas para o sucesso do reino e do próprio Jeroboão era justamente esta: se ouvir se andar se fizer se guardar.
Se ouvir o que? Tudo que o Senhor ordenar. Se andar por onde? Nos caminhos do Senhor. Se fizer o que? O que é reto perante o Senhor.
Se guardar o que? Os estatutos e mandamentos do Senhor.
O resultado da obediência aos preceitos do Senhor seria a permanência da família de Jeroboão no trono de Israel se este fosse fiel ao Senhor.
Foi oferecido a Jeroboão um reino e uma oportunidade de estabelecer sua dinastia em Israel. Mais sob estas condições de: ouvir as ordens; andar no caminho, fazer o que é reto e guardar os mandamentos do Senhor.
Ouvir andar fazer e guardar foi a causa da desobediência generalizada por parte de Jeroboão. Apesar de ter diante de si a promessa de um reino, que lhe seria dado por Deus, Jeroboão abriu mão do que mais precisava.
E o que mais Jeroboão precisava para ser bem sucedido em todo o Israel?
Só precisava obedecer. Pois apoio divino ele já tinha, lhes fora declarado.
Com o desenlace do rei Salomão (43) Jeroboão voltou do Egito, pois para lá havia fugido temendo ser morto pelo próprio Salomão. (12.2)
Ouvindo todo o Israel que Jeroboão havia voltado o chamaram para a congregação e o fizeram rei sobre todo o Israel. (I Rs. 12.20)
E agora, mesmo tendo se cumprido a palavra profética entregue a ele pela boca do profeta Aías, palavra vinda da parte do Senhor, Jeroboão se mostrava inseguro e preocupado.
O reino do sul (Judá e Benjamim) passou a ser o reino de Roboão e deste reino a capital era Jerusalém. Roboão até intentou através da luta armada recuperar o reino do Norte, Israel; mais foi proibido por Deus. (24)
De posse do reino Jeroboão extremamente preocupado com a conduta do seu povo que ia a Jerusalém para adorar ao Senhor no Seu santo templo construído pelo pai de Roboão e projetado por seu avô,
Ele passou a achar que o seu povo se voltaria para Roboão considerando-o legitimo rei, se voltariam contra ele e poderiam assassiná-lo. (27)
Em vez de confiar em Deus Jeroboão tomou o rumo da desconfiança e da ansiedade pelo possível mal que o povo poderia lhes fazer.
A recomendação bíblica para estes casos é bem simples: ficar debaixo das mãos de Deus (I Pd.5.6,7) e lançar sobre Deus toda nossas ansiedades.
Por não confiar em Deus Jeroboão tomou algumas decisões que o levaram a pecar contra Deus.
O reino foi dividido mais a fé, a unidade religiosa foi conservada pelo povo. Jeroboão destruiu a fé e a unidade religiosa do povo.
Jeroboão criou uma adoração paralela onde os verdadeiros símbolos da religião e da fé: a arca da aliança, o altar do holocausto e o santo templo foram substituídos por bezerros de ouro e altares em Dã e Betel. (28-30)
Jerusalém foi o lugar que o Senhor escolheu e ali Salomão construiu o templo apesar de no passado Betel tenha sido chamada a casa de Deus por ter Jacó encontrado Deus em Betel. (Gn.28.10-22)
Deus nunca escolheu Betel e muito menos Dã; mesmo antes de a terra prometida ser alcançada Deus falou e determinou que designaria um lugar exclusivo para comemorações e sacrifícios e cultos a ele. (Dt.12.10-13)
O fato de ter Deus aceito um sacrifício ou comemoração numa época não se torna uma prova real que ele aceitará os mesmos em outra época.
Além de quebrar a unidade religiosa do povo mudando também o lugar da adoração, ainda introduziu na terra um culto paralelo, idólatra, com base numa religião falsa. (12.28-30)
Concernente à lei de Deus dada por Moisés sobre o sacerdócio, Jeroboão não respeitando a referida lei nomeou sacerdotes dos mais baixos do povo; não pertencentes à tribo de Levi, (12.31) não da linhagem arônica.
Nomeou sacerdotes sem genealogia espiritual e de família. Ainda hoje isto vem acontecendo; é incrível o que tem de pastor, apóstolo, evangelista sem genealogia espiritual.
Alguém que faz um “cursinho” qualquer e à distância pela net mesmo; alguém que paga uma mensalidade qualquer e sem nenhuma vocação e qualificação dada por Deus é guindado à categoria de obreiro do Senhor.
Deus ordenou a celebração de algumas festas no calendário judaico; entre estas, a Festa dos Tabernáculos sempre comemorada no sétimo mês.
Jeroboão inventou uma festa que era comemorada no oitavo mês. (12.32)
Quando a nossa vontade está acima da palavra de Deus ainda que o serviço que realizamos seja bom, este serviço não o agrada. Cl.3.17
Deus não é repetitivo, mas no caso de Jeroboão Deus se repetiu por cinco vezes dizendo: não!
Disse não pelo profeta novo que veio de Judá; disse não pela lei; disse não pela boca de Aias e depois pela boca de Abias.
Sl.66.18
Se eu atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá.
Atender aos anseios da iniquidade no coração tem sido a razão de muitas orações não serem respondidas.
Mas no caso de Jeroboão o processo foi inverso.
Por atender a iniquidade do próprio coração Jeroboão não ouviu a voz de Deus.
Guganic