UM HOMEM COM UM CÂNTARO: QUEM É ELE?
Lc. 22.7-13
Vs.10
Quando entrardes na cidade, encontrareis um homem levando um cântaro de água. Segui-o até a casa que ele entrar.
Avizinhava-se a Páscoa que ia mudar radicalmente a história espiritual da humanidade. No seu inicio, a Páscoa foi um coisa nova na vida dos judeus.
A Páscoa era o símbolo de um grande livramento e do juízo de Deus para os egípcios. Cristo é uma coisa nova em nossas vidas; e naquela noite ia instituir uma coisa nova: a santa ceia; e hoje é dele que nos alimentamos.
Jesus não queria que Judas tivesse conhecimento prévio do lugar aonde haveria de se reunir com os seus, para a Sua última Páscoa.
E para cortar qualquer possibilidade do traidor antecipar o plano maléfico enraizado no seu coração, Jesus manda que seus dois discípulos sigam um homem que carregava um cântaro de água até a casa onde ele entrasse.
A princípio parecia ser fácil seguir um homem com um cântaro de água, pois era comum encontrar homens carregando baldes ou cântaros, vazios; enquanto as mulheres carregavam jarros.
E se assim fosse, Pedro e João iam ter grandes dificuldades para achar o homem certo. Pois era até fácil encontrar homens carregando cântaros vazios, pois carregar jarros ou cântaros cheios era tarefa de mulheres.
Entre os homens com cântaros nas mãos, aquele que tivesse carregando um cântaro cheio seria o homem indicado, o homem de quem Jesus falara.
Um homem diferenciado na obra de Deus é destaque por onde passa; ele é notado por outros como alguém que tem algo a oferecer a Deus a Cristo e aos seus semelhantes.
O homem do cântaro tinha um trajeto e um destino bem definido: uma casa para entrar; ele não estava andando às cegas, ou ao léu.
Altamente recomendados, Pedro e João devia encontrar o tal homem, e assim, segui-lo e entrar na casa aonde ele entrasse.
Não cabia a Pedro e João acostumados a seguir o Mestre desobedecer tal ordem, e sim: entrar aonde o homem entrasse.
– Mas quem era ele ao ponto de ser notado por Jesus e recomendado a ser seguido?
Ele era o homem que fazia a diferença entre tantos que havia na cidade.
Ele era simplesmente o homem do cântaro cheio d’água; ele era alguém que se destacava de entre os demais pela boa índole que tinha de ser um bom servidor.
Era alguém capaz de levar para casa o bem mais precioso e que todos precisavam e estava faltado nela: água.
Era alguém que tinha algo de bom e necessário à vida de outros, era um despenseiro de boas dádivas.
Fazendo um paralelo entre a vida deste homem e a vida de algumas pessoas inclusive a vida de Cristo, podemos tirar profundas lições.
Um cântaro na realidade é um objeto frágil, geralmente feito de barro, sua capacidade de armazenamento é proporcional ao seu tamanho, e é de fácil quebradura.
Isto nos faz lembrar o que somos: um cântaro de barro. (II Co. 4.7).
Pedro e João não foram atraídos para o tal homem pelo que o mesmo era e sim pelo que ele possuía, ou carregava: um cântaro cheio.
Não devemos atrair a atenção das pessoas para nós e pelo que somos e sim pelo que temos e carregamos dentro de nós: Cristo e a Sua palavra
Quantos há na cidade, na igreja, na sociedade, que suas vidas são vazias; andam ao léu sem um porto seguro para invernar, perambulam pelas ruas da vida sem um destino certo para alcançar.
Pessoas que não têm nada a oferecer nem a Deus, nem a sociedade e nem à própria casa, e sua família.
É mais do que certo que a água que o homem do cântaro cheio transportou à casa do seu senhor foi de grande utilidade não só para Jesus lavar as mãos e os pés dos discípulos na celebração da páscoa...
Como também deve ter matado a sede de outros que lá estiveram com Jesus na última celebração da mesma e instituição da Santa Ceia.
O homem ao chegar à casa do seu senhor com a água que buscou foi motivo de beneficio e regozijo para todos que os esperavam.
Com certeza usou a água do cântaro para saciar a sede de alguém, lavar pés e vasos de outrem também.
Aparentemente carregar um cântaro era uma tarefa insignificante; e só uma pessoa um homem com um espírito excelente, com um desejo ardente de servir bem ao próximo se prestou a fazê-lo sem ser por obrigação.
O que fazemos por amor ao próximo tem muito mais valor.
O cântaro é uma figura de nossas vidas daquilo que somos entre os homens e a sociedade e perante Deus.
Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento; (Ec. 12. 1,6,7).
Antes que se rompa o cordão de prata, e se quebre o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se quebre a roda junto ao poço;
E o pó volte a terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.
O cântaro que se quebra é a cessação da concessão da vida que nos é dada por Deus o encerramento total das nossas atividades no seu Reino.
Aonde você chega você tem levado vida? Tem comunicado vida?Tem contribuído para que muitos se sentem à mesa do Senhor no partir do pão?
Na casa que o homem do cântaro cheio entrou chegada à hora, pôs-se Jesus á mesa, e com eles, os apóstolos e disse-lhes: Desejei ansiosamente comer convosco esta Páscoa; (Lc. 22.14,15).
Imagina se Jesus não tivesse escolhido o homem certo; imagina a alegria daquele que carregou o cântaro cheio até a casa onde Jesus desejou e realizou a Sua última Páscoa?
Será que há alegria maior do que fazer as coisas por amor? E não só por dever ou obrigação?
Os que seguiram ao homem indicado por Jesus (Pedro e João) não cabiam em si ao saber que mais uma vez o Mestre escolheu a pessoa certa.
A Páscoa que Jesus desejou ansiosamente comemorar foi e era o marco inicial de uma nova vida, o inicio de um novo ano: Abibe para os judeus.
Mas na noite em que Jesus desejou ansiosamente comemorar e comemorou com os seus, o novo ano, iniciado no mês de Abibe, ia começar com uma nova perspectiva: a instituição da santa ceia.
A Páscoa ficou para trás, apenas como uma lembrança na mente de Pedro Tiago e João e demais discípulos e seguidores de Cristo.
E desde a noite em que Cristo foi traído, comemos o pão e tomamos o cálice da nova Aliança no sangue dele até que ele volte.
Hoje o homem do cântaro cheio é o Espírito Santo que liberando a palavra prepara o ambiente onde à mesa celebramos e anunciamos à morte de Cristo até que ele venha.
Guganic