A INSOLENTE PERSONALIDADE DO SOBERBO
Pv.30.7
Duas coisas ti pedi; não mas negues antes que eu morra:
Vs.8
Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume;
Vs.9
Para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e profane nome de Deus.
Agur, um homem em busca de um caráter nobre; que devido às circunstâncias da vida busca em Deus a possibilidade de não colocar em risco este mesmo caráter: nobre.
Agur queria distância da vaidade, distância da mentira e também da soberba evitando as circunstâncias que poderiam favorecer tais atitudes.
- A soberba é um traço de personalidade que certos indivíduos têm e que causa forte repulsa ao Deus Criador. Deus os abomina.
A minha Bíblia diz (Sl.39.6) que na verdade todo homem anda numa vã aparência.
- E as circunstâncias fazem brotar nossas realidades ou o que verdadeiramente somos.
Nabucodonosor é um exemplo clássico de que as circunstâncias cooperam para fazer aflorar em nós sentimentos que mascaramos não possuir; e estão latentes em nossa personalidade.
No capitulo três do livro do profeta Daniel podemos identificar o orgulho político de Nabucodonosor e o orgulho de exorbitar castigos aos seus subalternos.
E no capitulo quatro escrito por ele mesmo, na sua trajetória de orgulho ele entra na estação da soberba onde é confrontado por Deus.
Nabucodonosor não caiu em desgraça sem antes em sonho ser advertido por Deus e pelo próprio Daniel que o avisou:
Aceita o meu conselho ó rei meu senhor (Dn.4.27) e põe termo em teus pecados usando de misericórdia para com os pobres; e talvez se prolongue a tua tranquilidade.
- Se há uma virtude que você nunca vai encontrar num soberbo é justamente a misericórdia e também a humildade
Depois de avisado por Deus pela pessoa de Daniel, Deus ainda esperou 12 meses para Nabucodonosor se arrepender do seu orgulho e da soberba que cada dia se fortalecia em seu coração.
Está escrito que a soberba precede a ruína (Pv.16.18.) e a altivez do espírito precede a queda. E Nabucodonosor caiu: foi comer grama por sete anos seguidos. (Dn. 4.32,33).
Agur tinha medo que ficando farto viesse a negar o nome do Senhor ou viesse a desconhecer e perguntar: quem é o Senhor?
Negar ao Senhor ou desconhecê-lo é as atitudes de um soberbo.
O soberbo desconhece que sem arrependimento não há a mínima chance de ele obter a misericórdia de Deus em sua vida.
Na Bíblia não há uma palavra de esperança ou consolo para o soberbo no seu orgulho; muito pelo contrário: por duas vezes a Bíblia diz que o Senhor o resiste. (Tg.4.6; I Pd.55).
O soberbo só consegue se relacionar bem com outros soberbos. Pois eles pensam e age igual.
A soberba nada mais é do que o egoísmo no grau mais elevado da egolatria o endeusamento de si mesmo e suas “virtudes”.
O soberbo é tão seguro de si que acha Deus dispensável em sua vida e seus negócios; atribuindo a si mesmo os poucos bons resultados que têm, à sua capacidade humana.
A Bíblia diz que a soberba da vida não é do Pai, mas do mundo e que o mundo passa; (I Jo.2.16,17) logo tanto a soberba como o soberbo um dia deixarão de existir: passarão! Mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.
Nabucodonosor passou a glorificar e exaltar a Deus e reconhecê-lo como Santo, e Justo, Rei do céu e Único e Verdadeiro Deus, depois que a ferro e fogo foi duramente humilhado.
O soberbo não faz a vontade de Deus e sim a sua própria.
Na analogia do cinto de linho que o profeta Jeremias usou por alguns dias e depois o enterrou a beira do rio Eufrates aonde depois de alguns dias veio a apodrecer?
O tal cinto retrata o estado de miséria que fica o soberbo que por sua soberba é que se afasta de Deus.
“E eis que o cinto tinha apodrecido e para nada prestava”.
Disse o Senhor: “Do mesmo modo farei apodrecer a soberba de Judá e a muita soberba de Jerusalém”. (Jr.13.7-10).
A soberba cheira mal porque o soberbo tem a alma apodrecida por estar separado de Deus como o cinto de linho ficou separado dos lombos de Jeremias.
E neste caso o soberbo começa a receber o duro castigo do justo juízo de Deus antecipado: aqui na terra mesmo e com acréscimos no juízo vindouro, caso não se humilhe antes. Nas raríssimas vezes que o soberbo faz algo por alguém, ele o faz como algo que só ele é o único capaz de fazer.
Daí ele transforma a ação que praticou em algo que possa ser visto pelos homens e ele venha a ser publicamente elogiado; mesmo que o elogiante o faça por força da educação.
Quando um soberbo contribui em alguma coisa para o bem ou para alguma coisa boa é porque há neste ato intenções para o alcance de benefícios próprio.
O soberbo nunca se coloca na posição de um bem feitor a favor de alguém ou de alguma coisa se isto não lhe render ganhos.
Suas contribuições em qualquer área da vida são carregadas de segundas intenções.
Os soberbos têm uma virtude: eles são obstinados na prática da soberba; e eles não hesitam em prejudicar o semelhante; para eles não interessa os meios empregado e sim o fim almejado.
Conclusão: lembra da analogia do cinto que separado dos lombos do profeta Jeremias e enterrado na lama do Eufrates apodreceu?
Pois bem: o lugar de todo soberbo é enterrado na lama da sua soberba o Eufrates da impiedade e da arrogância.
Por estas poucas razões até aqui apresentadas, porém suficientes para Deus resistir ao soberbo no tempo oportuno que é agora e que se chama hoje eu os aviso:
Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno (o soberbo) os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele. (Is.55.7)
Torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.
Guganic
P.S.
Esta é a minha homenagem aos soberbos, aos prepotentes e aos arrogantes.
Pois todo estes têm o mesmo nível espiritual: nenhum.